Integração de prontuários eletrônicos permite que médicos acessem as informações dos pacientes em qualquer lugar do mundo
Integração de prontuários eletrônicos permite que médicos acessem informações dos pacientes em qualquer lugar do mundo.| Foto: Pixabay

De todos os setores da sociedade, provavelmente um dos mais beneficiados pela revolução tecnológica foi o da saúde. A nanomedicina, descoberta de novos medicamentos, telemedicina, vacinas, Inteligência Artificial, cirurgias robóticas e os diagnósticos de imagem são alguns exemplos de recursos que chegaram para dar mais segurança, agilidade e eficácia ao diagnóstico e tratamento de diversas doenças ou condições de saúde.

Esse processo de transformação digital se consolidou no conceito de Saúde 4.0, ao qual os profissionais e serviços do setor precisam estar profundamente alinhados. Também conhecido como Saúde Digital ou Health 4.0, o objetivo é a integração dos sistemas buscando a melhoria e a eficiência dos processos. Ou seja, é um modelo que integra a Tecnologia da Informação (TI) com todos os demais processos que envolvem os serviços no setor de saúde.

Esse cenário exige que os profissionais da saúde, sejam eles das áreas clínica ou de gestão, estejam atentos e acompanhando as novidades que podem impactar o modelo de assistência– o que, automaticamente, reflete no diagnóstico preciso, na qualidade de vida do paciente e nas estatísticas epidemiológicas da população.

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LONGEVIDADE

 <em>Avanços da ciência e da tecnologia contribuem para aumentar a longevidade da população. | Pixabay</em>
Avanços da ciência e da tecnologia contribuem para aumentar a longevidade da população. | Pixabay

Os avanços da ciência e da tecnologia refletiram diretamente no aumento da longevidade da população. No início deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um novo levantamento das Estatísticas Mundiais de Saúde. Os números mostram uma evolução significativa nas duas últimas décadas, com a expectativa de vida global aumentando de 66,8 anos em 2000 para 73,3 anos em 2019.

 <em>Exames de imagem contribuem para resultados mais precisos. | Pixabay</em>
Exames de imagem contribuem para resultados mais precisos. | Pixabay

No final do século 18, a chance de uma pessoa completar 40 anos era remota e doenças infectocontagiosas como pneumonia, tuberculose ou diarreia eram as principais causas de morte da população. Hoje, nos países desenvolvidos a expectativa de vida ultrapassa 80 anos.

No Brasil, em meados do século passado, a expectativa de vida ao nascer era de 52,5 anos. Passou para 76, segundo as projeções mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para 2060, a projeção é que as pessoas com mais de 60 anos sejam mais de 25% da população.

INOVAÇÕES

De acordo com um levantamento da International Data Corporation (IDC- 11-2020), o investimento em digitalização no setor de saúde na América Latina deve chegar a US$ 1,9 milhão até o final deste ano. As soluções de Inteligência Artificial (IA) estão entre as principais apostas para otimizar processos e gerenciamento de equipe.

Tanto que a inteligência artificial já é usada amplamente em diversas situações dentro e fora dos hospitais, como é o caso do Robô Laura, que é capaz de identificar riscos de infecção generalizada em pacientes que estão hospitalizados. Isso se dá a partir da conexão dos prontuários eletrônicos e do monitoramento das condições clínicas do paciente. Ao constatar qualquer alteração no quadro de saúde do paciente, o robô dispara um alerta para a equipe médica. Modelos similares já vêm sendo desenvolvidos ou estão em fase de testes para outras finalidades clínicas.

Outro recurso indispensável atualmente é o cloud computing, que permite a integração das informações e o acesso aos prontuários eletrônicos dos pacientes a partir de qualquer localidade, garantindo maior precisão na hora do diagnóstico, principalmente em situações de emergência.

Para os aficionados em games, a Realidade Virtual (VR) pode ser apenas mais um recurso imersivo na hora do jogo. Já na medicina, uma das suas utilidades é o uso como cenário virtual para treinar os procedimentos sem colocar pacientes reais em risco.

Outra novidade que deve ser um grande avanço na ciência é o cultivo laboratorial de células para formação de órgãos. Em outras palavras, pacientes que dependem da doação de órgãos não terão mais que ficar aguardando um doador compatível. O órgão poderá ser produzido de acordo com as características do paciente, a partir do processo conhecido como bioimpressão ou engenharia de tecidos, que faz o cultivo de células-tronco com o objetivo de reconstruir ou restaurar órgãos e tecidos de seres vivos.

 <em>A médica infectologista Luana Araújo, primeira brasileira a receber a prestigiosa Bolsa Sommer, é uma das professoras do curso Saúde 4.0: Gestão, Tecnologia e Inovação da Pós PUCPR Digital. | Divulgação</em>
A médica infectologista Luana Araújo, primeira brasileira a receber a prestigiosa Bolsa Sommer, é uma das professoras do curso Saúde 4.0: Gestão, Tecnologia e Inovação da Pós PUCPR Digital. | Divulgação

No curso Saúde 4.0: Gestão, Tecnologia e Inovação da Pós PUCPR Digital, além das questões técnicas, também são abordados os aspectos éticos e legais que envolvem o processo de transformação no ambiente da saúde. Entre os professores estão o neurocientista Miguel Nicolelis, titular de Neurobiologia e Co-Diretor do Centro de Neuroengenharia da Duke University, apontado pela Revista Scientific American como um dos maiores cientistas da atualidade.

Quem também ministra aulas na especialização é Pieter Abbeel, diretor do Laboratório de Robótica da UC Berkeley, co-fundador da Covariant.AI e da Gradescope.comz, além da médica infectologista Luana Araújo, mestre em Saúde Pública pela Universidade Johns Hopkins (EUA) e a primeira brasileira a receber a prestigiosa Bolsa Sommer.

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