O hospital que pode ser controlado na ponta do dedo. A cirurgia de alta complexidade realizada com as diretrizes do especialista que está em outro continente, a milhares de quilômetros. O médico que tem acesso a todas as informações de saúde do paciente, usando apenas uma tela. O laboratório de análises clínicas que, em poucos minutos, processa todas as informações sobre os exames do paciente. São os “novos tempos da Saúde” e que vêm exigindo que administradores e profissionais da área da saúde em geral se adaptem a esse cenário.
Essa é uma pequena amostra da “Saúde 4.0”, como vem sendo chamado o processo de transformação digital na área. Ele usa recursos tecnológicos e a ciência de dados para aprimorar a qualidade de atendimento à população.
Um levantamento do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), realizado em 2019, mostra que 82% das instituições de saúde, públicas e privadas, passaram por processo de digitalização dos registros dos pacientes. Dessa forma, todos os agendamentos, diagnósticos, prescrições de medicamentos e internamentos passaram a ser registrados em sistemas eletrônicos conectados à internet.
Esse dado comprova que a tecnologia se tornou uma aliada da saúde, revolucionado a relação entre médico e paciente e reforçando a importância dos tratamentos inovadores. Com o desenvolvimento constante do setor, é fundamental que os profissionais da área estejam atentos e preparados para as mudanças.
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REVOLUÇÃO
A pandemia de coronavírus e a corrida para conter a doença foram exemplos práticos dessa transformação. Nunca, na História da humanidade, havia sido desenvolvida uma vacina com tamanha rapidez. Em geral, a produção de um antígeno para doença infecciosa demora de 10 a 15 anos.
Porém, em um prazo de apenas dez meses, a vacina das empresas Pfizer e BioNTech virou realidade e foi aprovado para uso emergencial no Reino Unido e com indicação de aprovação pela Food and Drug Administration (FDA, a agência reguladora dos Estados Unidos). A diminuição do tempo para desenvolver vacinas pode ser atribuída principalmente aos avanços tecnológicos do último século.
E esses novos tempos exigem também novos olhares dos profissionais. Não basta apenas conhecer e administrar os protocolos de saúde. É fundamental fazer o gerenciamento desses dados e conectá-los a outros cenários de saúde para fazer a leitura epidemiológica.
A médio e longo prazos, com base nos algoritmos, o cruzamento das informações dos registros de saúde de milhões de pessoas para fins de pesquisa pode resultar em uma nova forma de interpretação das doenças e em diagnósticos mais precisos.
Situações que devem impactar, inclusive, no tempo médio de vida da população mundial. Um brasileiro do final do século 18, por exemplo, tinha uma expectativa de viver até perto dos 40 anos. Hoje, espera-se chegar perto dos 80 anos, fato que se atribui, principalmente, aos avanços da ciência e da tecnologia.
Para os profissionais da área interessados em se atualizar, o curso Saúde 4.0: Gestão, Tecnologia e Inovação da Pós PUCPR Digital conta com professores de renome mundial como o neurocientista Miguel Nicolelis. Ele é professor Titular de Neurobiologia e Co-Diretor do Centro de Neuroengenharia da Duke University e é apontado pela Revista Scientific American como um dos maiores cientistas da atualidade.
Quem também ministra aulas na especialização é Pieter Abbeel, diretor do Laboratório de Robótica da UC Berkeley, co-fundador da Covariant.AI e da Gradescope.comz, além da médica infectologista Luana Araújo, mestre em Saúde Pública pela Universidade Johns Hopkins (EUA) e a primeira brasileira a receber a prestigiosa Bolsa Sommer.
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