Na Bolsa de Nova York, o movimento de pessoas hoje é pequeno em comparação com algumas décadas.| Foto: Pixabay
Ouça este conteúdo

A cena emblemática que marcou o mercado financeiro até pouco antes da virada do século era marcada por centenas de operadores aglomerados falando ao telefone, alguns aos berros, fazendo suas apostas nos melhores rendimentos. Diante deles, grandes telões com letras coloridas e códigos decifráveis apenas por uma pequena parcela de privilegiados e endinheirados tornava aquele mundo ainda mais glamourizado. A revolução digital e a popularização das informações democratizaram o acesso aos fundos de investimentos, permitindo que um maior número de pessoas pudesse participar desse cenário.

No entanto, a transformação digital trouxe também novos modelos de investimentos, parte deles inclusive mais discretos, silenciosos e a apenas um toque das mãos.

A internet é o ambiente de atuação dos novos investidores. | Pixabay

Em alguns casos, sequer precisam de um espaço físico como a Bolsa de Valores. São conhecidos por nomenclaturas variadas como criptoativos, criptomoedas, startups, open bankings, entre outras que ainda causam um certo espanto em boa parte da população.

Conheça o curso Planejamento Financeiro, Investimentos Digitais e Tendências de Mercado da pós-digital da PUCPR.

Os fundos de investimentos tradicionais, por sua vez, continuam existindo e o número de investidores continua crescendo. Um estudo da B3, a bolsa de valores brasileira, mostrou que o Brasil já conta com cerca de 5 milhões de investidores pessoas físicas. São cidadãos querem buscar novas formas de aplicar seus recursos e precisam de orientação para conhecer as possibilidades de investimentos que mais combinam com seu perfil.

ESG e “investimentos verdes”

Mas as demandas do mercado têm atribuído novos valores às empresas de capital aberto. Um exemplo foi o documento Supertrends 2022, elaborado pelo Credit Suisse, que reuniu as seis “super tendências” sociais para os próximos anos.

O material reúne as oportunidades de negócio que devem registrar crescimento e que os investidores precisam acompanhar. Todos os temas estão relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). São os “investimentos verdes”.

As empresas com grande potencial de crescimento futuro estão relacionadas aos temas: Sociedades Ansiosas (capitalismo inclusivo), Infraestrutura, Tecnologia, Economia Grisalha, Valores da Geração do Milênio e Mudanças Climáticas.

Para Marina Cançado, Head de Sustainable Wealth na XP Private e uma das professoras no curso Planejamento Financeiro, Investimentos Digitais e Tendências de Mercado da pós-digital da PUCPR, empresas que estão se dedicando à agenda ESG (Environmental, Social and Governance ou Ambiental, Social e Governança) irão atrair a atenção dos investidores por estarem mais preparadas para lidar com essas questões e, por isso, menos vulneráveis às oscilações do mercado financeiro.

Criptoativos

Andrew Urquhart, da Henley Business School da Universidade de Reading, é um dos professores no curso Planejamento Financeiro, Investimentos Digitais e Tendências de Mercado da pós-digital da PUCPR. | Divulgação

Outra temática em alta diz respeito aos ativos digitais e até que ponto podem ser um investimento arriscado. Uma das grandes apostas futuras do mercado financeiro, esses investimentos têm a vantagem de não depender de agenda, horário ou local. Podem ser realizados de qualquer lugar do mundo, uma vez que o seu “ambiente” de negociação é a internet.

O professor Andrew Urquhart, uma das autoridades no assunto e titular na Henley Business School da Universidade de Reading, aponta, entre as tendências futuras, a criação de moedas eletrônicas regulamentadas e emitidas pelos governos. Segundo ele, trata-se de um novo modelo de mercado financeiro mais digital, prático e eficiente.

A diferença das moedas eletrônicas para as criptomoedas, como o Bitcoin, por exemplo, é que estas são considerados ativos descentralizados. No curso da PUCPR, Urquhart leciona o módulo sobre Criptoativos: Investimento e Especulação.

Conheça outros cursos da Pós PUCPR Digital