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Alunos da Creche Alecrim, criada pela ex-catadora de lixo Maria de Jesus, na periferia do Distrito Federal | Divulgação
Alunos da Creche Alecrim, criada pela ex-catadora de lixo Maria de Jesus, na periferia do Distrito Federal| Foto: Divulgação

Em 2018 a Gazeta do Povo contou muitas histórias de superação, de caridade, de exemplos positivos, de pessoas que ajudaram a transformar o mundo para melhor. Chegada a época do ano de pensar sobre que passou em 2018 e fazer planos para 2019, selecionamos algumas destas histórias incríveis, que vão te emocionar e te inspirar para este ano que está prestes a chegar.

O homem que superou o vício em drogas e aprendeu a ler aos 37 anos

Freddie Sherrill no dia de sua formatura Divulgação

O americano Freddie Sherrill era sem-teto e viciado em álcool e drogas. Além disso, roubava os presentes deixados para os filhos na árvore de Natal para conseguir algum dinheiro. Comia os restos que encontrava em latas de lixo. Não sabia ler nem escrever.  

Sherrill passou anos entrando e saindo de prisões e centros de reabilitação na Carolina do Norte. Uma vez, em uma noite fria, chegou a quebrar uma vitrine com um tijolo para que a polícia o pegasse e ele passasse a noite sob o teto da delegacia. Mas depois de uma jornada longa e dolorosa, Sherrill conseguiu escalar de volta para a sobriedade e até aprendeu a ler. Uma de suas maiores conquistas até agora é ter completado a graduação com um diploma de bacharel pela Universidade Queens de Charlotte no começo de maio. Sherrill está agora com 65 anos.

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A determinação de um trabalhador

Walter Carr, que caminhou mais de 20 quilômetros para chegar ao seu primeiro dia de trabalho e ganhou um carro do chefe Reprodução/AL.com

Quando o carro do estudante americano Walter Carr parou de funcionar na noite anterior ao seu primeiro dia de trabalho, ele não ligou para avisar que não ia comparecer. Em vez disso, ele caminhou mais de 20 quilômetros a noite inteira para chegar ao compromisso com uma empresa de mudança, na manhã de domingo (15). 

A atitude ganhou a admiração do diretor da empresa, que presenteou o jovem com um carro.

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Faxineira vence prêmio literário da universidade onde trabalhava

Ao longo dos anos, os vencedores do Rooney Prize têm se tornado alguns dos autores mais famosos da Irlanda. Eoin Rafferty

A Trinity College Dublin entregou para Caitriona Lally o Rooney Prize For Literature (Prêmio Rooney Para Literatura Irlandesa, em tradução livre), um dos prêmios literários mais importantes da Irlanda. O comitê enalteceu seu livro, "Eggshells" (Cascas de Ovo, em tradução livre), como "um trabalho de impressionante alcance imaginativo, bem humorado, misterioso e imprevisível". Nos últimos três anos e meio, Lally trabalhou como faxineira na universidade. 

No dia que recebeu a ligação do comitê, Lally ficou tão chocada – e a experiência pareceu tão fora de contexto – que pediu à pessoa que contou sobre o prêmio para lhe explicar novamente. Seu caminho até o sucesso literário, porém, foi marcado por muita rejeição e mudança de empregos. Lally estudou inglês na própria Trinity College Dublin, mas para ajudar nas despesas ela também trabalhou como zeladora.

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Homem que perdeu os pés escalando o Everest alcança o topo da montanha 

A primeira vez que Xia Boyu tentou escalar o Monte Everest, ele perdeu seus pés. Isso aconteceu em 1975. Vinte anos mais tarde, suas duas pernas também foram amputadas por causa de um linfoma, uma forma rara de câncer de sangue. 

Mas nada disso impediu que Boyu tentasse novamente escalar o Monte Everest. Finalmente, na manhã do dia 7 de maio, ele alcançou o topo da montanha – cuja altura é de 8.848 metros em relação ao nível do mar. Foi sua quinta tentativa.

Boyu, que tem 69 ou 70 anos, se tornou pelo menos a terceira pessoa com membros amputados a escalar a montanha e a primeira a fazer isso pelo lado nepalense, segundo o Ministério da Cultura e do Turismo do Nepal confirmou para o jornal Kathmandu Post.

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Aposentado planta 25 mil árvores e recupera área degradada

Hélio da Silva planta mais uma árvore: “Tenho três filhos, três netos e 25 mil filhos ecológicos” Arquivo pessoal

Hélio da Silva, de 67 anos, reflorestou as margens do Córrego Tiquatira, na Zona Leste de São Paulo, em apenas quatro anos. A área de 320 mil m², que estava degradada, suja, cheia de entulhos, e era altamente frequentada por traficantes e usuários de drogas, foi transformada no primeiro parque linear da capital paulista. Sozinho, Silva plantou 25.047 árvores no local, onde agora reina o canto dos pássaros. Sua meta é chegar a 50 mil.

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Adolescente arrecada US$ 10 mil para pesquisa do câncer

Waylon Klitzman, 15 anos, que arrecadou fundos para a pesquisa do câncer com o leilão de um porcoKim Katzenmeyer/ Divulgação

Waylon Klitzman, um garoto de 15 anos de Evansville, Wisconsin (EUA), leiloou um porco em uma feira nos Estados Unidos. Seu objetivo era doar os lucros para a “Beat Nb” (Derrotando a Nb, em tradução livre), uma organização sem fins lucrativos que trabalha para curar o neuroblastoma, a forma mais comum de câncer que atinge crianças. Ele estava fazendo isso para ajudar sua professora favorita, Kim Katzenmeyer, cuja sobrinha foi diagnosticada com a doença alguns dias antes de seu quarto aniversário.

Durante o leilão, três concorrentes diferentes compraram o porco e o doaram de volta para Klitzman, que acabou levantando mais de US$ 10 mil para a luta contra o câncer.

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Projeto de brasileira combate extremismo islâmico entre jovens

A jornalista Beatriz Buarque, 32, fundadora do Words Heal the World Reprodução

Percebendo que os jovens são os mais visados por recrutadores de grupos extremistas, e que, por isso, é para eles que devem ser dirigidas as mensagens antirradicalização, a jornalista Beatriz Buarque teve a ideia de criar o Words Heal the World (palavras curam o mundo), um projeto que produz conteúdo na internet de combate à intolerância e ao extremismo.

“Existem várias organizações que estão usando a palavra para prevenir o extremismo, mas a maioria não tem equipe de mídia social por falta de recursos. Elas são praticamente invisíveis na internet”, afirma Beatriz. “Buscamos dar visibilidade a essas iniciativas”.

Atualmente, o projeto tem parceria com 22 entidades — três são brasileiras. O conteúdo é produzido por estudantes de comunicação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e da Universidade de Westminster, no Reino Unido.

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Catadora deixa lixão para fundar creche comunitária

Mães não teriam com quem deixar os filhos não fosse o trabalho voluntário mantido por doações na Creche Alecrim Divulgação

Maria de Jesus Pereira de Souza, de 31 anos, é a prova de que ninguém precisa ser rico para fazer o bem e mudar a vida de sua comunidade. Durante grande parte de sua vida, Maria tirou seu sustento trabalhando no aterro sanitário de Brasília. Sem uma creche para deixar a filha e nenhum parente para ajudá-la, ela precisou levar a criança para o ambiente insalubre do lixão, à época a céu aberto. “O que mais doía era olhar minha filha lá, no chão, enquanto eu trabalhava, cuidando para os urubus não carregarem ela”, lembra.

Sem atenção do poder público, outras mães passaram pelo mesmo drama, mas aquela situação começou a mudar quando Maria não pôde mais trabalhar no aterro. Em 2011, com os movimentos do braço esquerdo limitados por uma tendinite crônica, a catadora passou a cuidar dos filhos das colegas em troca de doações. Da iniciativa surgiu a Creche Alecrim, que passou a oferecer os cuidados básicos a cerca de cem crianças da Vila Estrutural, na periferia do Distrito Federal, desempenhando uma função negligenciada pelo Estado.

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Menino de 4 anos doa medula óssea para irmãos bebês

Michael DeMasi Jr., de quatro anos, com seus irmãos gêmeos e sua avóRobin Pownall/Arquivo Pessoal

Os irmãos mais novos de Michael DeMasi Jr. – Santino, "Sonny"; e Giovanni, "Gio" – precisavam de um transplante de medula óssea, e quando seus pais lhe contaram que ele era doador compatível, Michael disse que queria salvar seus irmãos e daria a eles um pouco de sua medula.

Em idade pré-escolar, com 4 anos, Michael sabia o que estava prestes a acontecer, segundo a mãe dele, Robin Pownall – uma agulha comprida seria empurrada para dentro do osso próximo ao quadril dele para extrair a medula, e então as células seriam transplantadas para seus irmãos. 

Ele fez assim mesmo. E no final do dia, quando seus irmãos receberam a infusão de células-tronco, Michael estava lá para assistir, pulando e gritando: "Essa é a minha medula óssea! Essa é a minha medula óssea!", contou a mãe.

Em entrevista ao Washington Post, depois que todos já estavam bem e em casa, Michael falou: “Eu os salvei porque eu sou um super-herói!”.

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Mesmo tendo nascido sem pernas, este jovem se tornou um atleta vencedor

Zion Clark, lutador que teve sua história contada em documentário da Netflix Divulgação/Netflix

A jornada do lutador Zion Clark é inspiradora. Nascido sem as pernas devido a uma má formação congênita, ele foi entregue para adoção pelos pais, sofreu negligência e abuso, mas descobriu uma nova vida ao se dedicar aos esportes. Hoje, ele é um renomado lutador. A sua história é contada no curta-metragem “Zion”, que estreou em agosto na Netflix.

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