A Revolução Comunista chega ao seu centenário carregada por uma carga negativa. As marcas deixadas pelo regime totalitarista que inspirou movimentos de esquerda pelo mundo são difíceis de ser esquecidas, em especial, pelo povo soviético e outros sobreviventes dos métodos criados pelos comunistas. A literatura, ao longo dos anos, tem compilado de maneira diversa os efeitos dessa ideologia.
Opinião da Gazeta: É insensato comemorar a Revolução Russa
A seguir, seis livros que ajudam a entender o legado de horror deixado pelo comunismo:
1 - A Maldição de Stalin - O projeto de expansão comunista na Segunda Guerra Mundial e seus ecos para além da Guerra Fria
Ano de lançamento: 2017
Autor: Robert Gellately
Editora: Record
Preço: R$ 79,90
Por que ler: publicado pela Editora Record por ocasião do centenário da Revolução Russa, A Maldição de Stalin apresenta uma investigação sobre as origens da Guerra Fria. O autor, o historiador Robert Gellately, analisa a estratégia russa para expandir o império soviético e o papel de Stalin ao empregar o terror como método para manter o poder, de acordo com a ideologia marxista-leninista. As consequências desse plano, como erradicação de opositores, abolição do capitalismo e supressão de liberdades individuais, também são pontuadas no livro.
2 - Sussurros - A vida privada na Rússia de Stalin
Ano de lançamento: 2010
Autor: Orlando Figes
Editora: Record
Preço: R$ 114,90
Por que ler: Orlando Figes reconstrói nesta obra as experiências das pessoas que viveram os anos de terror do regime de Stalin e como o ditador teve influência na vida pessoal e familiar do povo soviético. Para isso, o autor tomou como base o trabalho de investigadores que vasculharam registros como cartas, diários e fotografias, além de entrevistas com sobreviventes. O resultado são histórias dolorosas e comoventes de uma sociedade que sussurrava para escapar da prisão e da morte.
3 - A história do comunismo contada aos doentes mentais
Ano de lançamento: 2012
Autor: Matéi Visniec
Editora: É Realizações
Preço: R$ 24,90
Por que ler: o livro narra a trajetória do premiado escritor Iuri Petrovski por um hospício, semanas antes da morte de Stalin, em 1953. O ambiente mistura pacientes reais e opositores políticos internados pelo regime, enquanto o culto à imagem do ditador permeia o enredo. Iuri é convidado a escrever de forma poética e sensível sobre a história do comunismo e a Revolução de Outubro na Rússia.
4 - A grande fome de Mao – A história da catástrofe mais devastadora da China
Ano de lançamento: 2017
Autor: Frank Dikötter
Editora: Record
Preço: R$ 57
Por que ler: a obra se concentra no regime político que imperava na China entre os anos de 1958 e 1962 e a campanha O Grande Salto Adiante, de Mao Tsé-Tung e o Partido Comunista Chinês - ainda vivo após a implosão da União Soviética. A iniciativa tentou acelerar o crescimento do país em menos de 15 anos, mas fracassou. Dikötter relata como as decisões equivocadas do governo, em nome de uma suposta igualdade social, custaram sofrimento e vidas humanas.
5 - O livro negro do comunismo – Crimes, terror e repressão
Ano de lançamento: 1999
Autores: Stephanie Courtois, Nicolas Werth, Jean-Louis Panne,
Editora: Bertrand Brasil
Preço: R$ 114,90
Por que ler: a obra é uma espécie de enciclopédia sobre a violência resultante do comunismo no mundo ao mostrar como o chamado “socialismo real” foi uma tragédia de dimensões gigantescas. Os autores relatam como essa violência comunista se tornou um instrumento político-ideológico na rotina do governo em episódios da história humana como a Revolução Francesa, na fase violenta do jacobinismo, e a industrialização do extermínio judaico pelos nazistas. Também traz relatos sobre os três maiores comunistas da espécie humana, Lênin, Stalin e Mao Tse-Tung, e outros que atuaram no Terceiro Mundo, como o cubano Fidel Castro e o cambojano Pol Pot.
6 - O retrato
Ano de Lançamento: 2015
Autor: Osvaldo Peralva
Editora: Três Estrelas
Preço: R$ 40,90
Por que ler: o livro representa um documento de crítica importante ao comunismo, a partir do relato do jornalista Osvaldo Peralva. Ele chegou à cúpula da comunicação do movimento em Moscou, nos anos 1950, e viveu sacrifícios pessoais para fazer parte da estrutura, após ingresso no Partido Comunista Brasileiro (PCB). O autor conta como funcionava a estrutura centralizada dos partidos comunistas, em meio à conjuntura da época, além do que o levou a romper com a organização.
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