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A abolição do DEI pela Meta pode ser um ponto de virada

Zuckerberg: guinada nas políticas de DEI da Meta
Zuckerberg: guinada nas políticas de DEI da Meta (Foto: Tasos Katopodis/EPA/EFE)

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Na semana passada, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, antigo Facebook, fez um anúncio impressionante. Ele estava abolindo os programas de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) da empresa e interrompendo seu relacionamento com organizações de checagem de fatos, o que ele admitiu ter se tornado uma forma de "censura". A mídia de esquerda imediatamente atacou a decisão, acusou-o de abraçar a agenda MAGA e previu um aumento perigoso na chamada desinformação.

A ação de Zuckerberg foi cuidadosamente calculada e impecavelmente cronometrada. As eleições de novembro, ele disse, pareciam "um ponto de inflexão cultural para priorizar novamente a [liberdade de] expressão". As iniciativas de DEI, especialmente aquelas relacionadas à imigração e gênero, tornaram-se "desconectadas da conversa convencional" — e insustentáveis.

Esta não é uma reviravolta pequena. Apenas quatro anos atrás, Zuckerberg gastou centenas de milhões de dólares financiando programas eleitorais de esquerda; sua atuação foi amplamente condenada pelos conservadores. E a Meta esteve na vanguarda de qualquer causa ideológica de esquerda ou identitária.

Não mais. Como parte do lançamento do anúncio, Zuckerberg lançou um vídeo e apareceu no podcast de Joe Rogan, que agora funciona como um confessionário para as elites americanas que não acreditam mais nas ortodoxias de esquerda. No podcast, Zuckerberg soou menos como um progressista da Califórnia do que como um direitista, argumentando que a cultura precisava de um melhor equilíbrio entre as energias "masculinas" e "femininas".

Os executivos da Meta implementaram rapidamente a nova política, emitindo cartas de demissão para funcionários de DEI e movendo a equipe de moderação de conteúdo da empresa da Califórnia para o Texas, a fim de, nas palavras de Zuckerberg, "ajudar a aliviar as preocupações de que funcionários tendenciosos estão censurando excessivamente o conteúdo".

Zuckerberg não foi o primeiro executivo de tecnologia a fazer um anúncio assim, mas talvez seja o mais significativo. O Facebook é uma das maiores empresas do Vale do Silício e, com Zuckerberg estabelecendo o precedente, muitas empresas menores provavelmente seguirão o exemplo.

No entanto, o sinal mais importante que emana dessa decisão não diz respeito a uma mudança específica nas políticas, mas a uma mudança geral na cultura. Zuckerberg nunca foi realmente um ideólogo. Ele parece mais interessado em construir sua empresa e permanecer nas graças da sociedade de elite. Mas, como muitos homens bem-sucedidos e respeitosos, ele também tem uma mente independente e claramente se irritou com as restrições culturais que o DEI impôs à sua empresa. Então, ele aproveitou o momento, percebendo corretamente que a iminente posse de Donald Trump reduziu o risco e aumentou a recompensa de tal mudança.

Zuckerberg certamente não é alguém corajoso que só diz verdades. Ele consentiu com o DEI na última década porque era para lá que os sinais de status de elite estavam apontando. Agora, esses sinais se inverteram, como o indicador de barômetro caindo de repente, e ele está mudando de rota e tentando transferir a culpa para o governo Biden, que, ele disse a Rogan, o pressionou a implementar a censura — uma desculpa conveniente em um momento ainda mais conveniente.

Mas a boa notícia é que, quaisquer que sejam as racionalizações post hoc que os executivos possam usar, o DEI e suas premissas culturais de repente encontraram séria resistência. Podemos estar entrando em um período crucial em que as pessoas se sentem confiantes o suficiente para expressar suas verdadeiras crenças sobre o DEI, que é antitética à excelência, e param de fingir que acreditam na ideologia de seita do "racismo sistêmico" e da culpa baseada em raça.

O DEI continua profundamente enraizado nas instituições públicas, é claro, mas as instituições privadas e as corporações têm mais flexibilidade e podem se livrar esses programas com um golpe de caneta. Zuckerberg revelou como isso pode parecer em uma das maiores empresas. Os conservadores podem elogiá-lo por sua decisão, embora permaneçam cautelosos. "Confie, mas verifique", como Ronald Reagan costumava dizer, é uma boa política em todos os aspectos.

Christopher F. Rufo é pesquisador sênior e diretor da iniciativa sobre teoria racial crítica do Manhattan Institute.

©2025 City Journal. Publicado com permissão. Original em inglês: Meta’s Abolition of DEI May Be a Turning Point

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