Usina Nuclear Alvin W. Vogtle, em Waynesboro, Geórgia, EUA, 13 de março de 2024.| Foto: EFE/EPA/Leszek Szymanski

Já se passaram mais de 40 anos desde que o acidente nuclear de Three Mile Island interrompeu a produção de energia nuclear nos EUA. O Departamento de Energia afirma que "nenhum ferimento, morte ou efeito direto à saúde foi causado pelo acidente", mas levou décadas até que uma nova usina nuclear finalmente fosse inaugurada no estado da Geórgia, no ano passado. Agora, um novo reator rápido de sódio está sendo construído em Wyoming.

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Até mesmo o governo Biden anunciou que removerá barreiras à construção de novas usinas nucleares em resposta aos apelos de investidores que estão prontos para financiar novos projetos. O investimento em tecnologias avançadas de fissão cresceu mais de dez vezes, para US$ 3,9 bilhões, nos primeiros sete meses de 2024, em comparação com US$ 355 milhões em todo o ano de 2023.

O conselheiro climático do presidente Biden, Ali Zaidi, diz que "precisamos usar o máximo de ferramentas de descarbonização possíveis." Claro, ele ainda apoia os gigantescos subsídios de Biden para a energia verde, mas foi forçado a admitir que, por enquanto, a energia eólica fornece menos de um décimo da geração de energia dos EUA, e a solar, apenas 4% — enquanto a nuclear ainda representa quase um quinto.

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A Alemanha, que começou a eliminar seu programa de energia nuclear em 2011, logo viu sua produção de carvão aumentar. Como Markham Heid, do Vox, apontou, devido a essa realidade constrangedora, "ninguém menos do que a evangelista da mudança climática Greta Thunberg argumentou publicamente que, para o bem do planeta, a Alemanha deveria priorizar o uso de suas instalações nucleares existentes em vez de queimar carvão."

Nos EUA, embora o Congresso tenha recentemente aprovado uma lei bipartidária destinada a aliviar os desafios financeiros e regulatórios da indústria de energia nuclear, o fechamento de reatores continua superando a construção de novos. De acordo com um relatório recente do Pew Research Center:

Os americanos continuam mais propensos a favorecer a expansão da energia solar (78%) e da energia eólica (72%) do que da energia nuclear [56%]. No entanto, embora o apoio à energia solar e eólica tenha diminuído em dois dígitos desde 2020 — impulsionado em grande parte por quedas no apoio republicano — a parcela que apoia a energia nuclear cresceu 13 pontos percentuais nesse período.

Uma pesquisa de março de 2023 do Pew Research Center descobriu que 41% dos eleitores querem que o governo incentive a produção de energia nuclear e apenas 21% acham que deveria ser desencorajada. Outros 36% disseram que o governo não deve nem prejudicar nem subsidiar o desenvolvimento de energia nuclear — uma visão razoável de livre mercado.

O Pew relata que "americanos de ambos os partidos agora veem a energia nuclear de forma mais positiva", com o apoio entre os democratas aumentando 12 pontos desde 2020, para 49%, e subindo 14 pontos entre os republicanos durante o mesmo período.

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Como um sinal adicional de que a histeria antinuclear está diminuindo, até mesmo Tim Walz, companheiro de chapa de Kamala Harris e o mais verde dos governadores, suspendeu a moratória de Minnesota sobre a construção de usinas nucleares. Em um país polarizado em quase todas as questões, a energia nuclear pode ser uma em que lentamente se está alcançando um novo consenso.

©2024 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês: Is Nuclear Power Poised to Make a Comeback?