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A escola não ensina nada aos pobres – e os impede de aprender em outro lugar

No livro "Homeschooling ao Alcance de Todos", Rodrigo Mocellin afirma que as camadas menos favorecidas são as mais prejudicadas pela educação obrigatória.
No livro "Homeschooling ao Alcance de Todos", Rodrigo Mocellin afirma que as camadas menos favorecidas são as mais prejudicadas pela educação obrigatória. (Foto: Unsplash)

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Pastor, teólogo e criador de um canal no YouTube com mais de meio milhão de inscritos, Rodrigo Mocellin é um dos maiores especialistas em educação familiar do Brasil.

No livro ‘Home Schooling ao Alcance de Todos’, lançado em janeiro pela Editora Vida, ele explica que o expediente de educar os filhos em casa não algo é novo, tampouco complicado — está ao alcance de todos.

Também afirma que as camadas menos favorecidas da população são as mais prejudicadas pelo sistema da escola obrigatória, como você lê no trecho a seguir.

Os pais pobres colocam os filhos nas escolas crendo num futuro melhor. Mal sabem eles que o sistema de educação obrigatória é a raiz da miséria de muitos.

É engraçado que os esquerdistas estejam sempre falando de igualdade e mesmo assim promovam a escola obrigatória, a coisa mais elitista e promotora de desigualdade que existe.

Um garoto de escola pública ficará preso numa instituição de ensino por pelo menos 15 anos e impedido de trabalhar, o que lhe daria um ofício e renderia dinheiro para abrir muitas portas.

Mas não! A escola se encarrega de fechar todas as oportunidades do pobre, que chega aos 18 anos sem ter aprendido nada, o que o impossibilita de ingressar numa faculdade federal gratuita, pois não possui conhecimento suficiente, ou, em uma particular, já que não tem dinheiro.

Assim, o que lhe resta são os piores empregos.

Um jovem rico pode se dar ao luxo de ficar até os 21 anos aprendendo nada, mas para um pobre, o sistema que o obriga a permanecer durante anos perdendo tempo de sua vida apenas para arranjar um diploma, que lhe autorizará trabalhar, é uma verdadeira sentença de morte.

Merilee Jones foi demitida depois de 28 anos de excelente trabalho. Por causa dela, o número de matrículas no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) triplicaram.

Ela havia recebido as mais altas honras por seus excelentes serviços prestados. Você deve estar se perguntando: que crime ela cometeu?

Molestou crianças? Desviou dinheiro? Não! Ela não tinha diploma.

Ela mentiu em seu currículo, dizendo que possuía diploma, sendo que, na realidade, era cantora de boate country. Não importava quão capaz era, um canudo a excluiu do mercado de trabalho.

Os diplomas só servem para isto: colocar a maioria dos pobres para fora de muitos empregos. Não importa quão bom, quão hábil, quão inteligente você seja, se não possuir um canudo você é inapto.

Não há nada mais preconceituoso e elitista do que isso.

O estudo Fat and Mean: The Corporate Squeeze of Working Americans and the Myth of Managerial Downsizing [numa tradução livre: ‘Gordo e Mesquinho: A Pressão das Empresas sobre os Trabalhadores Americanos e o Mito do Enxugamento Gerencial’], do economista David Gortdon, mostrou que a escolarização da sociedade americana provocou perda do poder de compra dos trabalhadores e, no fim do século, a riqueza estava 250% mais concentrada do que no início.

Em ‘Emburrecimento Programado: O Currículo Oculto e a Escolarização Obrigatória”, o premiado professor John Taylor Gatto afirma: “As escolas são irrelevantes nas empreitadas do planeta. [...] elas não ensinam nada”.

Ele continua: “Pessoas bem-escolarizadas são irrelevantes. Podem vender filmes e lâminas de barbear, mas como seres humanos são inúteis”.

Vale lembrar que essa afirmação é de um professor que lecionou durante 30 nos em Nova York. Você acha que ele foi radical demais?

Então pense comigo: o que você usa na sua vida que foi aprendido na escola?

Quantas pessoas que passaram nas primeiras posições nas melhores faculdades — o que no Brasil é atestado de genialidade — estão fazendo algo grandioso na vida e na sociedade? Aqueles que aprendem algo o fazem apesar da escola, não por causa dela.

A escola atual é tão inútil que, quando você a completa, precisa fazer um cursinho para passar no vestibular. A faculdade é tão inútil que, quando você a termina, precisa fazer um cursinho para passar na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Você terá de aprender tudo em seu novo serviço, pois, apesar de formado, não sabe nada. Todo esse trilho do “sistema de educação obrigatório” não tem nada a ver com educação. Diploma não é um atestado de conhecimento, é só uma autorização para trabalhar

Em 1909, uma inspetora de fábrica fez uma pesquisa informal com 500 crianças que trabalhavam em 20 fábricas. Ela descobriu que 412 delas preferiam trabalhar nas terríveis condições fabris a voltar para a escola.

A escola é um tédio. Atividades cansativas, sem nenhuma conexão com a realidade, são ensinadas simplesmente em busca da promessa de conseguir um bom emprego.

Esse lugar forma os professores que voltarão para a escola e repetirão, entediados, o ciclo de estar num lugar em que só vale a pena estar devido à questão financeira.

É claro que não haverá ensino real acontecendo ali. E o pior: a afirmação de que ela, somente ela, há de nos dar um bom emprego é falsa.

Há um número significativo de pessoas que gastam uma fortuna de tempo e dinheiro para descobrir que, muitas vezes, o diploma serve apenas de decoração na sala.

E, no caso dos pobres, a escola pode ser uma sentença de condenação perpétua: não lhe ensina nada e o impede de aprender em outro lugar.

Preste atenção nesta história: um rapaz decidiu abandonar a escola aos 12 anos, para trabalhar como borracheiro com o pai.

Aos 21 anos, ele já tinha um carro e um apartamento. Agora, se ele quiser, pode voltar à escola, pois seu próprio trabalho lhe dá essa opção.

Mas alguns não conseguem enxergar o óbvio e insistem em seguir rumo ao precipício, pelo caminho “Escola-lhe-dará-um-futuro-melhor-sempre” só porque todo mundo está nele.

“Poxa! Mas um borracheiro?”, questionam os esquerdistas. A resposta a esse povo que diz não ter preconceito de nada é simples: primeiro, qualquer profissão, que nos dê o pão honestamente, é digna.

Segundo, um borracheiro com um apartamento e um carro parece estar muito melhor que a maioria dos jovens que saem das escolas analfabetos e estão desempregados, drogados e morando com a mãe.

Em terceiro, já que querem exemplos melhores, eu vou lhes dar: Ingvar Kamprad foi considerado disléxico pelos especialistas da educação. Sem diploma, montou uma empresa, Ikea, que chegou a valer 31 bilhões de dólares.

Bill Gates e Steve Jobs não tinham diploma. Edward Hamilton, o maior vendedor de livros por correspondência, contou que sua maior vantagem foi não ter gastado tempo nem dinheiro com faculdade.

Ted Turner, fundador da CNN, disse o mesmo. Aos 6 anos, Warren Buffett, importante investidor, começou seus negócios vendendo Coca-Cola; aos 18, foi rejeitado em um colégio.

Mark Twain foi definido por William Faulkner como o pai da literatura americana; Ernest Hemingway chegou a dizer que a literatura norte-americana começou e terminou com ele. Mark Twain largou a escola no quinto ano, afirmando que nunca deixaria a escola interferir em sua educação.

Thomas Edson, inventor da energia elétrica, do fonógrafo e fundador da General Electric, foi considerado inapto pelos “especialistas” da educação.

Entretanto, também foi reconhecido como o homem mais útil da América. E fez tudo isso praticando homeschooling desde cedo.

Se todas essas histórias não o convenceram de que a educação formal de nossos dias é limitadora, então repare nessa pesquisa realizada pela universidade de Connecticut em 2006, que visava atestar o potencial de aprendizagem de calouros e formandos: os pesquisadores concluíram que os formandos sabiam menos que os calouros.

Ou seja, em nossos dias, mais faculdade é igual a menos inteligência.

Conteúdo editado por: Omar Godoy

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