Um relatório recente da McKinsey Global Institute traz um fato surpreendente.
De 1990 a 2013, estima-se que 1,12 bilhão de pessoas escaparam da pobreza extrema – definida como subsistência com menos de US$ 1,90 por dia – nos 71 países em desenvolvimento abrangidos pelo relatório.
Desses indivíduos, estima-se que 1,05 bilhão – cerca de 95% – vêm de apenas 18 países.
Curiosamente, esses são os 18 países que o relatório classifica como “economias emergentes de alto desempenho”, com base em seu crescimento econômico rápido e consistente.
Dois desses países, China e Índia, são responsáveis pela maioria das pessoas que saem da pobreza.
É claro que isso não é surpreendente, visto o tamanho de suas populações. Mas, tirando esses dois países, os outros 16 países de alto desempenho são responsáveis pela maioria (158 milhões de pessoas) do restante desse total, que agora desfruta de maior prosperidade e esperança no futuro.
Além de compartilhar uma história de crescimento econômico rápido e consistente, os 18 países com alto desempenho tendem a ter outra coisa em comum: eles expandiram seu grau de liberdade econômica muito mais, na média, do que os 53 países definidos pelo relatório como “intermediários” e “de baixo desempenho”.
Medimos isso usando dados do primeiro ano em que um país foi classificado no Índice de Liberdade Econômica da The Heritage Foundation – o que, dependendo do país, foi entre 1994 e 2001. Também pegamos dados de índice de 2013, ano em que a McKinsey forneceu números de indivíduos que estariam fugindo da pobreza desde 1990.
Os 18 países responsáveis por mais de 95% do 1 bilhão de pessoas que escaparam da pobreza extrema de 1990 a 2013 aumentaram sua pontuação no Índice de Liberdade Econômica em 7,14 pontos até 2013, superando a média dos 53 países que se enquadram nos critérios de intermediários ou com baixo desempenho por ter um crescimento econômico lento.
A pontuação desses países intermediários ou com baixo desempenho chegou, no máximo, à metade disso.
Isso só mostra que as pessoas que são fortalecidas por políticas que expandem sua liberdade econômica têm a melhor chance de escapar da extrema pobreza.
Tradução de Janaína Imthurm.