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“Sob o comunismo, os indivíduos são apenas meios que podem ser usados para que se alcancem os fins coletivos do Estado-Nação. Dessa forma, os indivíduos podem ser facilmente sacrificados em prol dos objetivos do Estado-Nação.”
A fala acima é do assessor de segurança nacional Robert O’Brien. No último dia 24 de junho ele fez um importante discurso endereçado a um grupo de executivos de empresas na organização Arizona Commerce Authority. Na ocasião, ele também disse que:
“Os indivíduos não possuem um valor inerente dentro do Marxismo-Leninismo. Eles existem apenas para servir ao Estado. O Estado não está lá para servi-los.”
Em um claro contraste à ideologia Marxista-Leninista, os indivíduos em uma democracia de livre mercado controlam os frutos de seu próprio trabalho e de sua própria iniciativa. A eles é garantida a possibilidade de perseguir seus sonhos, da forma que bem escolherem.
O cerne da discussão sobre essa liberdade de escolha está, certamente, nas relações entre os indivíduos e o Estado. Componente vital para a dignidade, autonomia e o fortalecimento humano, a liberdade é valiosa como um fim em si mesma.
No entanto, o fato de a liberdade se mostrar como uma fórmula muito bem testada de progresso social e prosperidade econômica é tão importante quanto. Isso diz respeito, no fim das contas, a como fazer a sociedade avançar e, assim, trazer benefícios para o maior número possível de pessoas.
Como mostra o Índice Anual de Liberdade Econômica, feito pela The Heritage Foundation, as sociedades que têm um maior grau de liberdade econômica prosperam porque conseguem tirar um melhor proveito das habilidades dos indivíduos em inovar e prosperar.
Economias classificadas como “Livres” ou “Majoritariamente Livres” alcançam níveis de renda mais de duas vezes maiores do que a média dos outros países. Essa diferença pode chegar a ser cinco vezes maior quando comparada à renda per capita de países de “Economia Reprimida.”
O compromisso em buscar políticas de livre mercado claramente já provou ser um caminho pavimentado em direção a uma maior prosperidade e um crescimento vibrante.
De fato, a História nos conta que o espírito humano prospera quando há equidade, oportunidade, transparência e liberdade.
Essa verdade sempre vem límpida à tona quando nos lembramos do colapso da União Soviética há três décadas. Mesmo assim, é possível encontrar quem ainda persista nos ataques às liberdades individuais em nome do coletivismo, ou mesmo do socialismo.
Essas ideologias, falsas e antiquadas, ainda têm seu apelo emocional e político. Mas quando esses ideais se tornam padrões estabelecidos dentro das políticas de um determinado governo, suas consequências são claras e têm nome: pobreza, privação e opressão.
O economista e filósofo austro-britânico Friederich von Hayek uma vez observou:
“Para construir um mundo melhor, temos que ter a coragem de criar um novo ponto de partida. A tolice e a insensatez humana criaram obstáculos quase intransponíveis, e nós precisamos superar essas barreiras e liberar a energia criativa dos indivíduos. Precisamos criar condições favoráveis ao progresso em vez de ‘planejar o progresso.’ (...) O nosso princípio guia, em qualquer tentativa de criar um mundo de homens livres, tem que ser este: a única política de progresso é a política de liberdades individuais.”
No nosso mundo de hoje, essa observação soa incrivelmente bem. Seria um erro trágico abandonar nosso compromisso com a liberdade em tempos de incertezas. Foi a liberdade que, de forma inequívoca, tornou a nossa sociedade forte, vibrante e próspera.
É tempo de renovar o nosso compromisso com as liberdades individuais e continuar em busca de políticas que garantam essa liberdade.
Anthony B. Kim pesquisa questões econômicas internacionais na The Heritage Foundation, com forte foco na liberdade econômica. Kim é gerente de pesquisa do Index of Economic Freedom.