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A violência, os saques e o caos que os Estados Unidos têm visto nos últimos meses têm muitas de suas raízes nas universidades, onde professores de esquerda ensinam aos jovens imaturos todo tipo de absurdo, na contramão do senso comum e dos princípios da liberdade.
A principal entre suas lições é a necessidade de atacar a liberdade de expressão sob a forma de proibições contra o chamado discurso de ódio e as microagressões.
Aqui estão exemplos de microagressões: “Você deve ser motivo de orgulho para sua raça.” “Uau! Como você se tornou tão bom em matemática?” “Só há uma raça, a raça humana.” “Eu não sou racista, tenho vários amigos negros.” “Eu sei o que você passa como uma minoria racial, eu sou mulher.”
Quando a liberdade de expressão e as perguntas precisam ser protegidas nas instituições de ensino superior, isso é sinal de uma tragédia. De fato, a liberdade no campo das ideias fez dos Estados Unidos, assim como outras nações ocidentais, um líder em praticamente todas as áreas do esforço humano.
O monopólio das ideias é tão perigoso quanto um monopólio no poder político ou um monopólio na produção de bens e serviços.
É possível colocar à prova uma pessoa que se diz verdadeiramente comprometida com o direito à liberdade de expressão?
A verdadeira prova não vem quando essa pessoa permite que outros digam coisas que ele considera aceitáveis. O maior teste a esse comprometimento vem quando ele permite que as pessoas digam aquelas coisas que ele considera ofensivas. O princípio idêntico se aplica à liberdade de associação; esse direito é posto à prova quando alguém permite que outros se associem voluntariamente de maneiras que ele considera ofensivas.
A liberdade de expressão está sob ataque, mas parece que começamos a ver uma pequena, porém firme, reação a essa ofensiva. Mais de 12.000 professores, defensores da liberdade de expressão e líderes de organizações de tendência conservadora assinaram “A Declaração da Filadélfia.”
Trago aqui uma parte do documento, que tem ao todo 845 palavras:
“Da mesma forma, as faculdades e as universidades estão impondo regulamentos de fala para tornar os alunos ‘seguros’, não contra danos físicos, mas sim contra desafios à ortodoxia do campus. Essas políticas e regulamentos presumem que nós, como cidadãos, somos incapazes de pensar por nós mesmos e fazer julgamentos independentes. Em vez de nos ensinar a nos engajar, eles promovem o conformismo (‘pensamento de rebanho’) e nos treinam a responder a desafios intelectuais sempre com alguma forma de censura. Uma sociedade pobre em cortesia e que permite que as pessoas sejam envergonhadas ou intimidadas ao fazê-las julgar suas próprias ideias e praticar a autocensura de pensamento não sobreviverá por muito tempo. Como americanos, desejamos um campo próspero e aberto de ideias, sabendo que esta é a maneira mais justa e eficaz de separar a falsidade da verdade. Assim, vozes dissidentes e impopulares — sejam elas de esquerda ou de direita — devem ter a oportunidade de serem ouvidas. Eles têm frequentemente guiado nossa sociedade para posições mais justas, e é por isso que Frederick Douglass disse que a liberdade de expressão é o ‘grande renovador moral da sociedade e do governo’.”
O reconhecimento de que a elite intelectual ataca a liberdade de expressão não é algo novo. Em um discurso de 1991, o presidente da Universidade de Yale, Benno Schmidt, alertou:
“Nossos campuses abrigam hoje os mais graves problemas relacionados à liberdade de expressão em nossa sociedade. Essa situação faz parecer que o real propósito da educação é induzir a uma opinião sempre correta, em vez de ser a busca pela sabedoria e pela liberdade da mente.”
Tiranos por toda parte, dos nazistas aos comunistas, começaram apoiando os direitos de liberdade de expressão. Por quê? Porque a fala é importante para a realização de objetivos esquerdistas de comando e controle. Toda essa forma de propaganda deve atingir as pessoas, para assim torná-las convertidas e convencidas.
Uma vez que os esquerdistas ganham o poder, como fizeram na maioria de nossas faculdades e universidades, a liberdade de expressão se torna um risco. Desafia suas ideias e agendas e deve logo ser suprimida.
Ataques à liberdade de expressão como forma de acomodar o multiculturalismo e a diversidade são na verdade ataques aos valores ocidentais, que são superiores a todos os outros. A garantia de que todos temos nossos direitos individuais é uma conquista indispensável da civilização ocidental, a ideia de que os indivíduos têm certos direitos inalienáveis que não precisam ser concedidos pelo governo. Os governos existem para proteger esses direitos inalienáveis.
Demorou até o século XVII para que essa ideia surgisse, principalmente através das obras de filósofos ingleses como John Locke e David Hume. E agora os esquerdistas do campus do século XXI estão tentando suprimir esses direitos inalienáveis.