Estamos vivendo um momento notável na história. Quase diariamente, aqueles em posições influentes que antes pareciam intocáveis estão perdendo poder à medida que seus abusos são expostos.
Na semana passada, uma instituição particularmente corrupta precisou lidar com sérios contratempos: a Planned Parenthood, a maior empresa de aborto dos Estados Unidos.
Em 13 de novembro, o site The Hill informou que o FBI pode estar investigando a Planned Parenthood e seus parceiros pela venda de partes do corpo de bebês abortados com o objetivo de lucro. É a última novidade em meio a um escândalo que começou em 2015 com a revelação de vídeos secretos explosivos.
Esses vídeos mostravam executivos da indústria do aborto discutindo o preço dos corações, fígados, cérebros e rins e descrevendo, em detalhes chocantes, suas técnicas para esmagar os bebês tardios para obter os órgãos mais frescos.
O Comitê Judiciário do Senado e o Painel de Investigação sobre Vidas Infantis da Câmara passaram quase um ano e meio realizando uma investigação nacional, analisando 30 mil páginas de documentos e ouvindo horas de testemunho.
Eles encontraram evidências suficientes para juntar provas contra várias filiais da Planned Parenthood e empresas associadas. O procurador-geral Jeff Sessions sugeriu esta semana que, se o FBI concordar, as acusações podem ser investigadas.
Então veio o segundo baque.
Logo que as notícias sobre o inquérito do FBI ganharam as manchetes, um Tribunal de Apelações não quis rever sua decisão de que o estado do Arkansas pode redirecionar os fundos do Medicaid para longe de empresas de aborto como a Planned Parenthood, o que é completamente justificado ao considerar o escândalo sobre a venda de partes de fetos abortados.
Esses dois avanços importantes seriam inconcebíveis no governo Obama, que repetidamente abusava do poder federal para sustentar a indústria do aborto.
Sob administração agressiva pró-aborto do presidente Barack Obama, o Departamento de Justiça tornou-se uma ferramenta para assediar e intimidar defensores pró-vida, rotulando-os terroristas domésticos ao lado de grupos como o Ku Klux Klan.
Em vez de investigar a Planned Parenthood pelas práticas chocantes e potencialmente ilegais expostas nos vídeos, a procuradora-geral Loretta Lynch, pró-aborto, decidiu investigar os denunciantes.
A administração de Obama também interferiu ativamente para defender a Planned Parenthood. Kansas, Tennessee, Indiana, Texas, New Hampshire, Nova Jersey, Carolina do Norte — todos esses estados tentaram retirar o dinheiro dos contribuintes da indústria do aborto, apenas para que o governo federal ignorasse as autoridades locais para delegar contratos lucrativos diretamente à Planned Parenthood ou ameaçar reter os fundos federais do Medicaid.
Como um último presente de despedida, durante as últimas semanas de Obama na Casa Branca, sua administração emitiu uma ordem que proibia os estados de retirar fundos da Planned Parenthood, o que entrou em vigor dois dias antes da posse do presidente Donald Trump.
Além disso tudo, os nomeados de Obama como juízes federais geralmente foram defensores do aborto. Um dos juízes nomeados por Obama comparou o aborto a uma tonsilectomia, em um caso recente que criaria novos "direitos" ao aborto para imigrantes ilegais.
Mas há um novo xerife em Washington agora, e é possível sentir uma sensação de terror palpável entre o pessoal da Planned Parenthood. Sem o seu defensor em chefe ou os tribunais para resgatá-los, eles finalmente estão sendo responsabilizados.
Trump preparou-se para desfazer o legado destrutivo pró-aborto de seu antecessor. Ele encheu seu gabinete com funcionários pró-vida e completou as vagas judiciais com juízes excepcionais como Neil Gorsuch, que interpreta fielmente a Constituição.
De imediato, Trump assinou legislação (H.J. Res. 43) revendo o presente de despedida de Obama para a indústria do aborto — algo que, em uma nota pessoal, me orgulhei de testemunhar no Salão Oval.
O forte compromisso de Trump com as políticas pró-vida ajudou a encorajar governadores e legislaturas estaduais. O Texas solicitou a recuperação do financiamento federal que foi negado sob a última administração. O governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, em agosto, retirou com sucesso o financiamento da Planned Parenthood e solicitou à administração Trump para que o estado possa fazer o mesmo com o Medicaid, de onde o negócio de aborto recebe a maior parte do seu financiamento por meio do dinheiro dos contribuintes.
O próximo passo para a administração Trump é emitir novas orientações para que os estados restaurem a liberdade de priorizar os fundos da Medicaid da maneira que acreditam ser melhor aos seus cidadãos. A administração deve estar preparada para defender vigorosamente essa política caso a demanda vá para a Suprema Corte.
As maiorias pró-vida em ambas as casas do Congresso também devem cumprir sua promessa de redirecionar meio bilhão de dólares do dinheiro dos contribuintes para longe da Planned Parenthood.
Às vezes, a justiça é demorada, mas como dois dos maiores pensadores de nossa nação — Thomas Jefferson e Martin Luther King Jr. — apontaram: "ela não pode dormir para sempre" e "o arco do universo moral ... se curva para a justiça".
Há boas razões para esperar que, para a gigante do aborto da América, a justiça esteja logo depois da esquina.
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