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Neste início de fevereiro, realizou-se na Colômbia um aborto de uma criança de sete meses de gestação. O pai do menino (que receberia o nome de Juan Sebastián), Juan Pablo Medina, de 25 anos, havia tentado recorrer à justiça para evitar que sua namorada, uma estudante de 22 anos, levasse o ato a cabo.
O aborto foi descriminalizado na Colômbia em casos de risco de vida da mãe, estupro e malformações fetais em 10 de maio de 2006, quando o Tribunal Constitucional (a suprema corte do país) emitiu a sentença C-355/06. Em 2018, a instituição emitiu uma sentença (n.º 096) ratificando a de 2006 e colocando o aborto como um "direito humano" e com a possibilidade de ser praticado durante toda a gravidez, requisitando ao Executivo e Legislativo que regulamentassem o tema.
Segundo o pai da criança, até a última ecografia que ele pôde acompanhar, realizada no dia 6 de dezembro do ano passado, o bebê estava bem de saúde. A mãe da jovem teria afastado o casal quando descobriu a gravidez no dia 27 do mesmo mês.
Em 7 de janeiro, o rapaz soube por um familiar que sua namorada estava internada em um hospital de Cali por um suposto “estado crítico de saúde” e “malformações do bebê”, mas ela teve alta no dia de 21.
Foi quando entrou em ação uma instituição que sarcasticamente se chama Profamilia. No dia 22 de janeiro, a instituição disse que havia feito uma avaliação psicológica da mãe que confirmava a “saúde mental” comprometida dela. Sob a justificativa de que a mulher podia cometer suicídio, a instituição, que entre outras atividades fornece "acompanhamento em aborto seguro em 24 cidades do país", levou o procedimento adiante.
Foi quando Juan P. Medina tentou acionar a justiça para impedir o aborto do filho. O caso chegou a ser divulgado na imprensa e nas redes sociais do país, mas a Profamilia realizou o aborto antes que a justiça analisasse questão. Não se sabe quando exatamente o aborto foi realizado. No dia 11 de fevereiro, o pai do menino emitiu o comunicado abaixo:
Comunicado de Juan Pablo, el padre de Juan Sebastián. Nuestro sentido pésame para su familia y los acompañamos en este momento de dolor ???? pic.twitter.com/uRKBUJOkvS
— Unidos Por La Vida (@UnidosxlaVidaCo) February 11, 2020
O caso escandaliza pelo estado avançado da gestação, 7 meses, e por ignorar completamente os apelos do pai da criança que queria a sua guarda.
Medina procura, agora, meios para punir os responsáveis pela morte do filho e já adiantou querer terminar seus estudos em Direito para lutar pela causa pró-vida.