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A inscrição 'Abra espaço para a reviravolta energética' é projetada com por ativistas do Greanpeace em uma torre de resfriamento da usina nuclear desativada em Philipsburg, Alemanha, 13 de maio de 2020: a "reviravolta energética" desejada pelo Greenpeace aumentou a uso de combustíveis fósseis pela Alemanha
A inscrição ‘Abra espaço para a reviravolta energética’ é projetada com por ativistas do Greanpeace em uma torre de resfriamento da usina nuclear desativada em Philipsburg, Alemanha, 13 de maio de 2020: a “reviravolta energética” desejada pelo Greenpeace aumentou a uso de combustíveis fósseis pela Alemanha| Foto: EFE/EPA /RONALD WITTEK

O movimento verde, obcecado pelo clima, sem dúvida é a força de maior estupidez autodestrutiva no mundo de hoje, deixando um rastro de irracionalidade e desvario aonde quer que vá.

Vejamos o recente recorde: a destruição do Sri Lanka, a dependência desnecessária da Europa Ocidental, rendida à chantagem energética de Vladimir Putin, e a alta dos preços de energia nos EUA, que contribuiu para a perda salarial mais rápida em quarenta anos.

Os verdes estão a todo vapor, tomando a dianteira dos socialistas como os principais sabotadores econômicos e sociais do mundo moderno (e, naturalmente, os dois agora trabalham lado a lado).

Se um agente hostil fosse especular sobre o melhor jeito de prejudicar uma sociedade por dentro, sem sombra de dúvidas a resposta seria aumentar a influência de alarmistas climáticos e outros ambientalistas, cuja missão na terra (segundo creem) é dificultar e encarecer o crescimento econômico, bem como a construção de coisas novas.

À milenar busca humana por energia mais barata, abundante e confiável, eles gritam "meia volta, volver!", enquanto lançam obstáculos a outras empreitadas humana.

Uma vez inflamados pela visão algo religiosa de uma crise climática existencial às vésperas do fim do mundo, eles rejeitam toda análise de custo e benefício — bem como o realismo básico. O resultado são as ruínas à nossa volta.

O Sri Lanka alcançou uma das maiores notas ESG (Governança Ambiental Social, em inglês) e destruiu a própria economia nesse processo. O país baniu fertilizantes químicos em abril de 2021, enquanto corria para se tornar o primeiro país inteiramente orgânico. Isto se mostrou um pequeno passo à frente para a devoção ambientalista, e um grande salto para trás para os agricultores cingaleses. Uma grande proporção da terra ficou ociosa, e a produção de arroz, chá e outras coisas caiu vertiginosamente. A calamidade econômica resultante levou ao colapso do governo.

É basicamente o New Deal Verde em miniatura. [O New Deal foi o programa econômico keynesiano implementado por F. D. Roosevelt para sanar a crise de 1929. Economistas de distintas convicções políticas alegam que os EUA se recuperaram ou por causa do New Deal, ou apesar dele. Os Democratas, convictos da relação causal, batizaram como "Green New Deal" o seu projeto intervencionista verde. (N. t.)]

O Sri Lanka [antes conhecido como Ceilão] é uma pequena nação insular no Oceano Índico. A Alemanha é uma potência energética no meio da Europa continental. Mas a peste verde não discrimina o doente por tamanho nem riqueza.

Por anos, a Alemanha seguiu a política de buscar a independência do petróleo e (sobretudo) do gás russo, enquanto se autocongratulava por sua grande virtude ambientalista: fechava as usinas nucleares e aumentava as fontes renováveis. Berlim não pode dizer que não foi avisada dos riscos dessa abordagem. Tamanha é a força do modismo da ortodoxia climática, que a coisa seguiu adiante, mesmo com todas as luzes vermelhas piscando. Com toda a certeza, agora a Rússia pode cortar o estoque de gás durante o inverno. Enquanto isso, as fontes renováveis se mostraram insuficientes, bem quando todos os olhos se voltaram para elas. São irregulares demais, além de terem outros problemas técnicos que não serão resolvidos em um futuro próximo.

Do alto de sua sabedoria, a Alemanha decidiu fechar a fonte de energia que é limpa, confiável e independe de um Estado autoritário hostil ao Ocidente: a saber, a energia nuclear.

A Alemanha está até agora fechando suas últimas três usinas nucleares. Está voltando ao carvão para tentar correr atrás do prejuízo neste inverno, insistindo no seu erro desastroso de fechar essas fontes de energia já testadas.

Aqui nos EUA, é claro que Biden jurou "acabar com o combustível fóssil" em 2019, uma promessa que, dadas as nossas prodigiosas reservas de petróleo, gás e carvão, seria quase tão sensata aqui quanto na Arábia Saudita ou na Rússia. Mesmo com a inflação puxada pela energia destruindo o governo Biden, ele e os apoiadores teimam em seguir a agenda climática que vai fazer subir os custos e criar ineficiências domésticas enquanto nada se faz para afetar as temperaturas globais.

Isso não faz sentido nenhum. Exceto para os verdes, o que nunca foi um critério particularmente importante.

©2022 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.
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