“Ah, pronto, tenho que parar de fazer gol agora”: as frases da semana

"Ela me fez duvidar de mim, da minha escolha, do meu desejo" - a atriz Bruna Liznmeyer, sobre ter sofrido "lesbofobia" no consultório de psicanálise. Quanto tempo será que leva até o STF decidir que o processo psicanalítico, que se apoia fortemente na dúvida, é homofóbico?

"Ninguém entra duas vezes na mesma água de um rio"

- Vera Magalhães, jornalista, atribuindo a frase de Heráclito ao ex-ministro Ayres Britto. Ou ainda Ayres Britto, citando Heráclito sem o devido crédito e confundindo Vera Magalhães. Ou ainda Heráclito, citado por Vera Magalhães que, sem saber que o grego existiu, atribuiu à frase a seu ídolo Ayres Britto.

"Primeiro o governo tem que ver quanto precisa gastar e depois arruma de onde arrecadar" - Ayres Britto, ex-ministro do STF. Mostrando que, data vênia, não entende absolutamente nada de economia.

"[Os talibãs] não são treinados para lidar com mulheres" - Michelle Bachelet , alto-comissária da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos, descobrindo lentamente, bem devagar mesmo, que talvez o Ocidente não seja um lugar tão ruim assim para as mulheres.

"Não teve tanta gente, mas teve qualidade de público"

- Marina Vezoni, coordenadora do Vem Pra Rua, sobre o fracasso das manifestações de 12 de setembro. Será que essa gente não se dá conta de quando tropeça nas palavras ou é intencional?

"Maia falando e um jegue relinchando é a mesma coisa pra mim" - Jair Bolsonaro, presidente da República. Pena que jegue não relinche; jegue azurra.

"Ah pronto, tenho que parar de fazer gol agora"

- Neymar, dando um drible histórico na atriz Patrícia Pillar, que reclamou da intenção dele de passar Pelé na artilharia da seleção.

"O presidente deveria deixar de se considerar um católico praticante e reconhecer que a postura dele quanto ao aborto vai contra os ensinamentos morais católicos" - bispo Joseph Naumann, presidente do Comitê de Atividades Pró-vida da Conferência Norte-americana de Bispos Católicos, sobre Joe Biden, que aparentemente não sabe nem onde nasceu, quanto mais a religião que professa.

"Entenda por que os pênis, duros ou moles, aparecem cada vez mais na televisão" - título de uma matéria da Folha, dura de ler e mole de esquecer.

"Bolsonaro é macho?"

- Hélio Schwartsman, colunista consequencialista da Folha de S. Paulo, externando em público uma dúvida bastante íntima.

"O ônus é a tensão pré-menstrual! Com três mulheres, cada mês é um 'flash'! " - Letícia, personagem de uma matéria do UOL que celebra um trisal lésbico. Será que a relação não dura o suficiente para os períodos se sincronizarem?

"Peço perdão, pois abracei pessoas que amo. Peço perdão, pois não abri mão da presença da diarista quando o lockdown era imprescindível. Peço perdão, pois viajei para o litoral no Réveillon, surfando a segunda onda" - Manuela Cantuária, colunista da Folha, pagando o devido pedágio para a turma negacionista que toma vacina, mas duvida de sua eficácia e acha que precisa continuar em casa até o fim dos tempos.