Os Democratic Socialists of America (DSA) [Socialistas Democratas da América - Ala socialista do Partido Democrata dos Estados Unidos] estão enfrentando uma "crise financeira" que exigirá cortes orçamentários na casa dos sete dígitos e demissões.
Notícias sobre a condição financeira do DSA surgiram enquanto o grupo lidera protestos anti-Israel em todo o país, incluindo um comício pró-Hamas realizado em Nova York apenas um dia após o massacre de 7 de outubro.
"O déficit atual nos forçará a fazer cortes orçamentários de sete dígitos. Isso exigirá decisões dolorosas que afetarão todos os níveis da organização. (…) Dada nossa situação financeira atual, não acreditamos que podemos ter uma organização saudável, democrática e eficaz gastando a quantia que atualmente dispendemos com a equipe", escreveram Alex Pellitteri, Kristin Schall e Laura Wadlin, membros do Comitê Político Nacional do DSA de 2023 a 2025, em um texto publicado na semana passada.
"Se necessário, vamos iniciar as demissões de acordo com o contrato do sindicato do DSA. O Comitê de Recursos Humanos será responsável por determinar a quantidade e o tipo de posições elegíveis para demissão, e eles ajudarão com a logística e um plano de transição de pessoal", continuaram.
Muitos progressistas americanos acreditam que o DSA abandonou seus compromissos políticos domésticos para se dedicar totalmente à causa pró-palestina, disse a diretora executiva da Zioness [um movimento sionista progressista], Amanda Berman, ao New York Post.
Em relação a Israel, o DSA discordou da deputada Alexandria Ocasio-Cortez (D., N.Y.) e do senador Bernie Sanders (D., Vt.), dois dos progressistas mais proeminentes do país, nos dias seguintes ao ataque do Hamas. Em vez de condenar o estupro e assassinato em massa de israelenses, como fizeram Ocasio-Cortez e Sanders em outubro, o DSA disse em 7 de outubro que "os eventos de hoje são um resultado direto do regime de apartheid de Israel — um regime que recebe bilhões em financiamento dos Estados Unidos".
"Após a brutal invasão de Israel pelo Hamas em 7 de outubro, o DSA intensificou sua estratégia de aprofundamento e prolongamento do antissemitismo, pensando que isso poderia tirá-los do buraco", disse Berman. "Em vez disso, essa ideia depravada os afundou ainda mais. Verdadeiros progressistas, seja na base ou na liderança política, continuarão rejeitando este grupo extremista e suas ideias odiosas em nome da verdadeira justiça e equidade, inclusive para os judeus americanos."
Os membros Pellitteri, Schall e Wadlin escreveram que o DSA deveria estar "prosperando", dado que "a luta por uma Palestina livre está mobilizando tantos americanos, especialmente os jovens".
"Apesar de toda essa possibilidade, o DSA ainda está se mantendo à tona, e as coisas vão ficar mais desafiadoras antes de melhorarem", continuaram. "Isso não é apenas uma queda natural no movimento socialista ou problemas técnicos em nossa recrutamento ou captação de recursos. Não tivemos figuras fortes no topo da organização para liderar com uma visão política que inspire as pessoas a se tornarem socialistas comprometidos."
Maurice Isserman foi um membro fundador do DSA que saiu do grupo em outubro "em protesto contra a resposta politicamente e moralmente falida da liderança do DSA ao horrível pogrom antijudeu do Hamas em 7 de outubro, que tirou a vida de 1.400 pessoas".
"Uma organização que não pode tomar uma posição condenando um grupo terrorista de direita que se propôs a assassinar o máximo de civis judeus, incluindo crianças e bebês, que conseguir, perdeu o direito de se chamar de socialista democrática", disse ele.
©2024 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês: Democratic Socialists of America in ‘Financial Crisis’ following Brash Support for Hamas
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