O algoritmo do Instagram ajudou a conectar e promover uma vasta rede de contas dedicadas à pedofilia e à compra de conteúdos sexuais de menores de idade. A informação consta de uma investigação feita pelo The Wall Street Journal (WSJ) conjuntamente a pesquisadores da Universidade de Stanford e da Universidade de Massachusetts Amherst, cujos resultados foram publicados pelo jornal norte-americano na quarta-feira (7).
Segundo o estudo, o Instagram não só hospeda estas atividades, como os seus algoritmos as promovem. Os sistemas de recomendação da rede social, de propriedade da Meta, também dona do Facebook e do Whatsapp, promovem ligações entre os usuários que compartilham interesses específicos. Através deste algoritmo e suas sugestões, os pedófilos facilmente encontravam vendedores de conteúdos sexuais de menores.
Os pesquisadores descobriram que o Instagram — que tem mais de 1,3 bilhão de usuários — permitia que as pessoas procurassem tags de sexo explícito. Em alguns casos, dava acesso até mesmo a emojis que remetem a contas que vendem material sexual infantil e "encontros" com menores.
A promoção de conteúdos sexuais de menores de idade viola as regras estabelecidas pela Meta e pela legislação dos Estados Unidos.
A Meta reconheceu os problemas nas suas operações e disse ao "WSJ" que criou um grupo de trabalho interno para resolver as questões levantadas. Com mais de 3 bilhões de usuários cadastrados em suas redes sociais, a empresa afirmou ter eliminado 27 redes de pedofilia nos últimos dois anos.
A Meta declarou que "a exploração infantil é um crime horrível" e que está "continuamente investigando formas de se defender ativamente contra este comportamento".
A empresa também disse que bloqueou milhares de tags que sexualizam crianças, algumas com milhões de mensagens, e restringiu os sistemas que recomendam termos associados a abusos sexuais. Segundo o estudo, "a plataforma mais importante para as redes de compradores e vendedores parece ser o Instagram".
O Observatório da Internet de Stanford utilizou tags associadas a sexo com menores e encontrou 405 fornecedores durante a investigação. Os pesquisadores também encontraram atividades de exploração sexual semelhantes em outras redes sociais menores, mas afirmam que o problema no Instagram é particularmente grave.
No Twitter, a equipe de Stanford encontrou 128 contas que oferecem conteúdo de abuso sexual de menores, menos de um terço do número que encontrado no Instagram, que tem uma base de usuários muito maior do que o Twitter. De acordo com o estudo, o Twitter não recomendou essas contas na mesma medida que o Instagram, mas o Instagram as removeu mais rapidamente.
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