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Liberdade de expressão

Após fala polêmica envolvendo nazismo, Monark é afastado do Flow Podcast

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Bruno Aiub, o Monark, e Igor Coelho: a dupla de apresentadores do Flow Podcast (Foto: Waldir Evora/ Divulgação)

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Apresentador do Flow Podcast, Bruno Aiub, de 31 anos, conhecido como Monark, foi afastado do programa nesta terça-feira (8) por conta do episódio que foi ao ar na noite de segunda (7), no qual o podcaster defendeu a possibilidade de criação de um partido nazista reconhecido pela lei. Durante a conversa, da qual participavam os deputados Kim Kataguiri (DEM) e Tábata Amaral (PSB), Monark defendeu a liberdade de expressão irrestrita. "Dentro da expressão, eu acho que a gente tem que liberar tudo. Se o cara quiser ser um antijudeu, eu acho que ele tinha que ter o direito de ser", afirmou o apresentador.

A fala se deu em um contexto no qual a mesa debatia sobre os limites da liberdade de expressão, tema que já rendeu outros "cancelamentos" ao programa. Em novembro do ano passado, o Flow perdeu o patrocínio do iFood quando Monark questionou, via Twitter, se ter uma opinião racista deve ser considerado crime. Desta vez, contudo, a represália foi maior: muitos convidados solicitaram que suas participações no programa fossem retiradas do ar e o grupo perdeu mais patrocinadores. Ao final do dia, os Estúdios Flow publicaram uma nota comunicando a demissão do youtuber.

"Reforçamos o nosso comprometimento com a Democracia e Direitos Humanos, portanto, o episódio 545 foi tirado do ar. Comunicamos também a decisão que a partir deste momento, o youtuber Bruno Aiub @Monark está desligado dos Estúdios Flow. Pedimos desculpas à comunidade judaica em especial e a todas as pessoas, bem como repudiamos todo e qualquer tipo de posicionamento que possa ferir, ignorar ou questionar a existência de alguém ou de uma sociedade", diz a nota.

A polêmica levou o Museu do Holocausto emitir um convite para que Monark faça uma visita ao local, bem como a uma manifestação da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. "Minha solidariedade ao povo israelense e à comunidade judaica. O holocausto não foi brincadeira, jamais devemos esquecer as barbaridades promovidas pelos nazistas", escreveu a ministra.

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