À medida que legisladores dos Estados Unidos se articulam para impor restrições ao direito de norte-americanos honestos terem a posse e o porte de armas, alguns desses mesmos cidadãos passaram o primeiro mês de 2019 provando que civis armados exercem um papel importante na defesa dos direitos inalienáveis à vida, liberdade e propriedade.
Pesquisas geralmente apontam que cerca de um em cada três norte-americanos adultos tem armas, o que significa que dezenas de milhões de cidadãos honestos optam regularmente por fazer valer seus direitos previstos na Segunda Emenda da Constituição dos EUA.
Pesquisas recentes indicam que 60% dessas pessoas têm armas principalmente para a autodefesa e para defenderem outras pessoas de crimes.
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Essa preocupação não é infundada. Um relatório de 2013 feito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças e autorizado pelo governo Obama analisou estudos abrangentes sobre o uso de armas para a autodefesa. Ele concluiu que os norte-americanos usam suas armas para se defenderem e defender os outros entre 500 mil e três milhões de vezes por ano.
O relatório também apontou que estudos “perceberam taxas de ferimentos consistentemente menores entre vítimas de crimes que portavam armas do que as comparadas com vítimas que usaram outras estratégias de autodefesa”.
O mês de janeiro foi cheio de exemplos amplamente divulgados do uso defensivo de tais armas:
• 1º. de janeiro: pouco depois do Ano Novo, um homem em Beaumont, Texas, foi alertado da presença de um invasor por sistema triplo de alarme. Ele atirou e feriu o assaltante e ligou para a polícia.
• 2 de janeiro: o segurança de uma mercearia em Loomis, California, enfrentou um casal suspeito de furto. Assim que um deles tirou uma faca e tentou esfaqueá-lo, um “bom samaritano” com permissão para portar armas pegou seu armamento, interrompeu o confronto e manteve o casal na cena do crime até que a política chegasse.
• 7 de janeiro: um segurança em Huntsville, Alabama, evitou uma chacina em potencial atirando num cliente de uma casa noturna que, furioso por ter sido retirado do local, voltou atirando com um rifle semiautomático.
• 8 de janeiro: um homem de 68 anos em Corpus Christi, Texas, chamou a política depois de atirar num ladrão que tentava entrar em sua casa pela varanda do segundo andar.
• 8 de janeiro: uma mulher de Chicago com porte de arma atirou e matou um homem que tentou assaltá-la num ponto de ônibus depois que o assaltante lhe mostrou uma arma. Uma câmera de vigilância numa farmácia próxima filmou o incidente e o dono da farmácia contou aos repórteres que esse tipo de violência acontece “por toda” Chicago. Neste caso, contudo, a vítima pôde se defender. “Eu a apoio completamente”, disse o farmacêutico. “Acho que é uma das melhores formas de ensinar às pessoas que não se pode pegar as coisas dos outros”.
• 9 de janeiro: No Arizona, um homem acordou ao som de quatro invasores que entraram em sua casa. Ele piscou a luz várias vezes para alertar os assaltantes de que havia alguém em casa, na esperança de que isso os fizesse ir embora. Mas os invasores quebraram janelas e entraram pela porta dos fundos. O homem abriu fogo, atingindo os quatro invasores e matando um deles.
• 10 de janeiro: Um morador da Flórida manteve um invasor sob a mira da arma até que a polícia chegasse. O assaltante entrou pela garagem e estava prestes a encher uma mochila com as armas e munição do dono da casa.
• 13 de janeiro: Na Pensilvânia, um homem de 90 anos de idade se recusou a abrir a porta às três da manhã para um jovem que batia repetidamente nela, exigindo um cigarro. Assim que o jovem decidiu arrombar a porta, o idoso atirou na perna dele antes de chamar a polícia.
• 15 de janeiro: Um ladrão de 18 anos entrou pela portinha do cachorro de uma casa perto de North Pole, Alaska, e se lançou contra o dono da casa. O adolescente fugiu depois que o dono da casa deu um tiro de advertência.
• 17 de janeiro: Um cliente desordeiro atirou e matou um funcionário da IHOP em Huntsville, Alabama. Assim que o cliente começou a atirar contra as outras pessoas no restaurante, outro funcionário sacou sua arma e provavelmente salvou muitas vidas.
• 19 de janeiro: Em Chicago, uma mulher com porte de arma se defendeu de um ladrão na região do Hyde Park.
• 20 de janeiro: Em Houston, um homem se percebeu desprotegido e em minoria durante uma invasão à sua casa, mas conseguiu usar sua arma para matar três invasores e ferir o quarto.
• 23 de janeiro: A política atendeu a uma chama de emergência em St. Louis, Missouri. Um homem usou sua arma para proteger as outras pessoas em sua casa de três homens também armados que tentavam invadi-la. Um invasor foi morto enquanto os outros dois fugiram.
• 28 de janeiro: Uma mulher chegou em sua casa em Campobello, Carolina do Sul, e a encontrou invadida e assaltada pela segunda vez num intervalo de poucas semanas. Ela atirou em um dos três invasores, enquanto os demais fugiram e foram presos pela polícia.
• 29 de janeiro: Um cliente dentro de uma loja Family Dollar no Condado de Dekalb, Geórgia, atirou e matou um ladrão que havia sacado a arma para dois funcionários. Havia vários outros clientes na loja na hora do ocorrido.
Todos os dias, cidadãos honestos abrem suas portas, comem em restaurantes, vão ao mercado, usam o transporte público e, mais do que isso, dormem em suas próprias casas.
Eles têm o direito natural à autodefesa em todos esses cenários. Mas, sem os instrumentos necessários, os direitos inalienáveis à vida, liberdade e propriedade não passam de palavras.
O exercício dos direitos previstos pela Segunda Emenda na autodefesa e na defesa dos outros não é um acontecimento raro ou extraordinário, e sim algo rotineiro na vida de norte-americanos comuns fazendo coisas extraordinárias.
Pense no que aconteceu em janeiro.
*Exemplos foram adicionados a esse artigo desde sua publicação original.
Amy Swearer é analista de políticas jurídicas no Meese Center for Legal and Judicial Studies da Heritage Foundation.
Peyton Smith é membro do Programa de Jovens Líderes da Heritage Foundation.
Tradução: Paulo Polzonoff Jr.