Durante sua campanha, Donald Trump dizia sempre que, com ele, os republicanos e os americanos em geral teriam tantas vitórias que chegariam a enjoar. O que muita gente via como uma brincadeira parece se aproximar cada vez mais da realidade.
Você certamente não verá nada sobre isso no New York Times ou na CNN, mas o novo presidente americano, que muitos dizem ser um ignorante sem qualquer capacidade de liderar uma nação, está promovendo uma verdadeira revolução na economia: ele está diminuindo os impostos, eliminando as regulações, refazendo os acordos comerciais onerosos, facilitando a exploração dos recursos energéticos do país e adotando uma série de outras medidas que incrementam a produtividade americana e impulsionam a força de trabalho dos EUA.
Mais empregos
O número de pessoas fora do mercado laboral já é menor do que o apresentado dez anos atrás, em junho de 2007, antes da crise financeira e da recessão. O número de pessoas desempregadas é o menor em 16 anos, estando abaixo da taxa de desemprego apresentada em maio de 2001, meses antes do duro golpe que os americanos sofreram com os atentados do 11 de setembro. O percentual de americanos efetivamente trabalhando também tem melhorado mês a mês.
Desde que Trump foi eleito, cerca de 600 mil novos empregos foram criados; desde sua chegada à Casa Branca, o percentual de americanos efetivamente empregados tem se mantido acima dos 60%, um patamar que nunca foi alcançado durante o Governo Obama — isso para não mencionar as 6 milhões de vagas de emprego disponíveis em abril deste ano, o maior número da série histórica do Bureau of Labor Statistics.
A qualidade dos postos de trabalho também tem melhorado significativamente: desde que Trump assumiu o governo, 589 mil pessoas conseguiram empregos em período integral, se livrando das dificuldades, e dos salários menores, encontrados por quem trabalha em regime de meio período. Do mesmo modo, o número de pessoas que dependem de benefícios como o seguro desemprego é o menor desde janeiro de 1974 — 43 anos atrás —, quando a população e a força de trabalho americana eram substancialmente menores.
Aumento da renda
Vale destacar ainda um dado que talvez seja o mais relevante para o americano médio quando o assunto é a economia: o aumento da renda familiar média, que nos três primeiros meses do Governo Trump já cresceu mais do que ao longo de todos os oito anos do Governo Obama. De 2009 a 2016, a renda familiar aumentou mil dólares. De fevereiro a abril, a renda familiar média aumentou mil e trezentos dólares, indo de US$58.061,00 a US$59.361,00, a maior renda registrada desde que a Sentier Research começou a registrar os dados.
Isso tudo foi obtido em poucos meses e a despeito de todo o ruído que os democratas e os jornalistas do mainstream têm gerado para inviabilizar o avanço da agenda do presidente. As especulações maliciosas sobre um possível impeachment, as polêmicas vazias e o falatório em torno da suposta interferência russa nas eleições não impediram Donald Trump de demonstrar que o liberalismo pragmático que ele tem adotado em sua política econômica funciona e traz resultados.
Confiança dos investidores
Os investidores já se deram conta disso, passaram a ignorar a cortina de fumaça lançada pela imprensa e a se concentrar nos números e nos resultados. Uma das consequências disso é que, desde novembro do ano passado, quando a vitória de Trump foi anunciada, indicadores como o Dow Jones Industrial Average, o NASDAQ e o S&P 500 vêm subindo e batendo recorde atrás de recorde. Respectivamente, esses índices subiram 16, 18 e 13 por cento, números nada desprezíveis.
Evidentemente, as vitórias não se restringem ao campo econômico. Se é verdade que ainda teríamos que lembrar o provável impacto dos investimentos bilionários anunciados por multinacionais que pretendem levar, ou devolver, suas operações para o território americano; e se é verdade que a reforma tributária proposta pela Casa Branca iniciará, caso aprovada, um ciclo econômico virtuoso em um momento em que o novo governo ainda tenta superar os riscos de um recessão herdados do governo anterior; também é verdade que Donald Trump obteve vitórias significativas ao conseguir nomear o respeitado jurista Neil Gorsuch para a Suprema Corte; ao conseguir aprovar, na Câmara dos Deputados, a revogação do Obamacare; ao lançar os fundamentos para a retomada da soberania americana nas fronteiras, na política migratória e em outras áreas essenciais; e ao, dentre outros feitos notórios, conseguir projetar força e pragmatismo em sua política externa.
Como dito anteriormente, você não lerá nada sobre isso na mídia engajada. Mas quem é que dá atenção ao que dizem o New York Times, o Washington Post ou a CNN senão as criaturas do pântano que Trump prometeu drenar? Os investidores e o setor financeiro de modo geral já não dão mais a mesma atenção à grande mídia e a população americana, a bem da verdade, já não faz isso há muitos anos. Apenas 6% dos americanos confiam na mídia e pesquisas recentes mostram que a maioria da população acredita que Trump tem recebido uma cobertura inadequada ou injusta por parte da imprensa americana.
Realidade bate à porta
Esse descompasso entre a mídia americana e a realidade popular de seu país tem levado aqueles que se informam por meio dos veículos tradicionais a serem pegos de surpresa em uma série de disputas eleitorais recentes. Nos EUA, diferentemente do Brasil, as eleições legislativas nem sempre coincidem com as eleições presidenciais.
Na realidade, a maioria dos deputados e senadores são eleitos na chamada “midterm election”, ou eleição da metade do mandato, que ocorre dois anos após a eleição presidencial. Por essa razão, as eleições legislativas costumam ser encaradas como uma espécie de referendo popular sobre o governo: se o partido do presidente obtém maioria nas duas casas, isso indica um alto índice de aprovação popular; se é o partido da oposição que obtém a maioria, pode-se concluir que a população está insatisfeita.
No entanto, mesmo antes das midterm elections, são realizadas algumas disputas eleitorais especiais com a finalidade de preencher eventuais vacâncias deixadas por parlamentares que são nomeados para o executivo, que se aposentam ou que deixam o cargo por qualquer outro motivo. Essas eleições são sempre acompanhadas com muita atenção, pois não apenas antecipam as tendências gerais das midterm elections como oferecem, aos parlamentares, os subsídios necessários para decidir se devem se aproximar ou se afastar do presidente.
Quatro eleições desse tipo foram realizadas desde que Donald Trump chegou à Casa Branca. Ao julgar pela cobertura da mídia e pelas pesquisas sobre o índice de aprovação do novo governo, era de se esperar que os republicanos sofressem derrotas humilhantes, mas a realidade tem sido muito diferente: os candidatos republicanos venceram todas as quatro disputas realizadas até agora e, quanto mais os candidatos colam a sua imagem à do presidente, maior têm sido as suas vitórias.
Imagem forte
Todas essas disputas — no quarto distrito do Kansas, no sexto distrito da Georgia, no quinto distrito da Carolina do Sul e no distrito de Montana — são dignas de atenção, mas algumas merecem destaque. É o caso da vitória de Greg Gianforte em Montana. Gianforte, um magnata do setor tecnológico, fez questão de colar sua imagem à do Presidente Trump desde o início de sua campanha, defendendo até mesmo as medidas mais polêmicas da Casa Branca. Mais do que isso, Gianforte criou suas próprias polêmicas e atraiu a ira de toda a mídia quando foi acusado de agredir um jornalista. Para a imprensa, essa polêmica enterrava definitivamente as chances do candidato republicano. Os eleitores, entretanto, deram uma vitória arrasadora para Gianforte, elegendo-o com mais de seis pontos de vantagem sobre seu adversário.
Outra disputa digna de nota é a que chegou a um desfecho ontem, no sexto distrito da Georgia. Abraçada pelos democratas e pela mídia como a melhor chance de emplacar a narrativa de que o eleitorado está insatisfeito com o presidente republicano, essa eleição distrital recebeu uma atenção sem precedentes.
Dezenas de celebridades hollywoodianas correram ao apoio de Jon Ossoff, o candidato democrata, e a campanha acabou se tornando a mais cara da história das eleições legislativas americanas, com gastos estimados em 50 milhões de dólares (dos quais pelo menos 35 milhões foram para a campanha do candidato democrata). A republicana Karen Handel, por sua vez, buscou amparo em Donald Trump, que se valeu do Twitter para dizer aos eleitores da Georgia que essa era uma disputa entre as pessoas comuns daquele estado e as celebridades de Hollywood e da grande mídia.
O resultado?
A candidata de Donald Trump derrotou o candidato da grande mídia e das celebridades com uma vantagem próxima dos 4 pontos percentuais, enviando aos parlamentares e futuros candidatos republicanos uma mensagem bastante clara: "não se pautem pela mídia, não se deixem enganar pelas pesquisas que medem o índice de aprovação presidencial, se vocês querem vencer, se aproximem do presidente e demonstrem apoio à sua agenda".
Esses triunfos eleitorais se somam aos demais elementos aqui elencados para demonstrar que as vitórias prometidas por Trump estão sendo entregues. Mas eles demonstram mais do que isso. Elas demonstram que os americanos não parecem nem um pouco enjoados ou cansado de vencer. É por isso que eles estão votando nos candidatos republicanos e, muito provavelmente, continuarão votando até que o presidente consiga realizar uma outra promessa: a de tornar a América grande outra vez.