A esquerda radical sequestrou o debate sobre os monumentos dos Estados Unidos para travar uma guerra cultural. Seu objetivo: negar a legitimidade moral de nossa república democrática.
Ataques violentos a estátuas e memoriais não são mero vandalismo. Eles são um ataque aos Estados Unidos e aos valores sobre os quais essa grande nação se apóia. Os americanos devem permanecer unidos na defesa de sua herança, cultura e estado de direito.
Tanto nos Estados Unidos como na Grã-Bretanha estátuas foram construídas para lembrar indivíduos e eventos que representam alguns dos momentos mais nobres de nossa civilização. Essas obras de arte nos ajudam a lembrar e defender nossos mais altos ideais políticos, morais e religiosos.
A violência da multidão contra elas é um ataque à própria civilização.
Os manifestantes estão mirando heróis nacionais de todos os tipos. Nos EUA, eles foram atrás de estátuas de George Washington, Thomas Jefferson, Abraham Lincoln, Ulysses S. Grant -- indivíduos que investiram suas vidas para estabelecer e preservar a democracia.
No entanto, mesmo esses gigantes não foram poupados da cultura de ódio. Tentativas de destruí-las são um ataque a uma das grandes realizações da democracia: o respeito ao Estado de Direito.
Não devemos ceder ao domínio das multidões. Os responsáveis por atos criminosos devem ser responsabilizados e enfrentar o peso da lei. Todos os americanos devem condenar qualquer tentativa de demolir e vandalizar estátuas e monumentos em todo o país.
Se os manifestantes tiverem permissão para continuar derrubando estátuas, eles não vão parar por aí. Os vândalos encontrarão cada vez mais coisas ofensivas, e sua destruição se espalhará por mais e mais ruas, mais e mais cidades.
Se não enfrentarem oposição, eles terão como alvo todas as figuras e símbolos queridos da terra, sejam seculares ou religiosos.
Nos dois lados do Atlântico, a civilização ocidental está sitiada. Em Londres, manifestantes atacaram a estátua de Winston Churchill na Praça do Parlamento, bem como o Cenotáfio em Whitehall, o memorial sagrado para os mortos nas guerras travadas pela Grã-Bretanha.
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson e o presidente francês Emmanuel Macron tomaram uma posição firme contra as tentativas da extrema esquerda de derrubar estátuas que representam a herança cultural de seus países.
Johnson condenou os ataques a Churchill e outros monumentos, declarando que “a estátua de Winston Churchill na Praça do Parlamento é um lembrete permanente de como salvou este país -- e toda a Europa -- de uma tirania fascista e racista. É absurdo e vergonhoso que este monumento nacional esteja hoje em risco de ser atacado por manifestantes violentos.”
Ele também alertou que “não podemos agora tentar editar ou censurar nosso passado. Não podemos fingir que temos uma história diferente. ”
Do outro lado do Canal, Macron enviou uma mensagem enfática semelhante em um discurso televisionado à nação francesa: "Serei muito claro esta noite, compatriotas: a República não apagará nenhum nome de sua história. Ele não esquecerá nenhuma de suas obras de arte, não derrubará estátuas. "
No Reino Unido, as autoridades britânicas estão identificando e processando ativamente indivíduos que atacaram monumentos históricos. O governo britânico se recusou a passar a mão na cabeça daqueles que buscam reescrever a história e atropelar as fundações e realizações daqueles que tiveram um papel importante no passado do país.
O mesmo deve ser feito nos Estados Unidos. As autoridades policiais, prefeitos, governadores e autoridades federais devem fazer todos os esforços para garantir que mais destruição seja evitada.
O presidente Donald Trump agiu corretamente ao assinar uma nova ordem executiva na semana passada protegendo monumentos, memoriais e estátuas. Ele envia uma mensagem clara de que a ilegalidade não será tolerada.
Os Estados Unidos são os líderes do mundo livre. Nenhuma nação da história fez mais para defender a liberdade. As fundações dos EUA hoje estão sob ataque de anarquistas de esquerda que procuram semear medo, desordem, violência e ódio.
Não podemos permitir que as forças da anarquia substituam o estado de direito. Eles não devem ter permissão para vencer.
Nile Gardiner, uma das principais autoridades em relações transatlânticas, é diretor do Margaret Thatcher Center for Freedom da Fundação Heritage.
© 2020 City Journal. Publicado com permissão. Original em inglês
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