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Uma mulher que se considera vítima de um aborto químico diz que "não estava preparada para o quão grave e devastador" seriam os medicamentos para induzir o aborto que ela tomou.
Em uma entrevista ao Daily Signal, Elizabeth Gillette disse que tomou medicamentos prescritos em 2010 para abortar seu bebê não nascido.
Ela agora lamenta profundamente o aborto.
Em termos gráficos, Gillette descreveu sua experiência de 14 anos atrás para a repórter do Daily Signal, Mary Margaret Olohan, do lado de fora do prédio da Suprema Corte, enquanto os nove juízes ouviam argumentos orais em dois casos centrados em pílulas indutoras de aborto.
"Eu me encontrei no chão do banheiro, coberta por uma poça de sangue, perguntando se eu sobreviveria ao procedimento, completamente sozinha", diz Gillette.
"Eu me abaixei e retirei do meu corpo o saco transparente perfeitamente formado com um bebê reconhecível dentro", afirma.
Enquanto Gillette falava, ativistas de ambos os lados da questão do aborto químico se reuniam do lado de fora da Suprema Corte em antecipação aos argumentos orais nos dois casos, Food and Drug Administration v. Alliance for Hippocratic Medicine e Danco Laboratories v. Alliance for Hippocratic Medicine.
No ano passado, a FDA aprovou o uso de medicamentos para aborto químico sem salvaguardas anteriores, que os ativistas pró-vida consideram perigosos.
"Foi incrivelmente traumático", afirma Gillette sobre sua própria experiência com medicamentos indutores de aborto. "Sofri efeitos colaterais horríveis, não apenas físicos (…) até hoje, ainda sofro de transtorno de estresse pós-traumático."
"É algo que me persegue desde aquele dia", acrescenta.
Ela estava entre seis e sete semanas de gravidez quando tomou pílulas de aborto químico não especificadas.
"Eles disseram que seria como uma menstruação dupla, e isso simplesmente não era verdade", diz. "Ninguém me disse que eu iria segurar meu filho nas mãos e precisaria decidir o que fazer com aquele corpo. Acabei por descartá-lo no vaso sanitário, na fossa séptica."
Quatorze anos depois, Gillette diz que revive aquele momento de estar "aterrorizada, perguntando se vou sobreviver, esperando e desejando que eu conseguisse sair dessa situação."
"Ninguém estava lá para me ajudar. Eu estava completamente sozinha", afirma.
O uso dos medicamentos para aborto que ela obteve estava sujeito a restrições na época, disse ela, mas ela não acha que recebeu os cuidados aos quais tinha direito legalmente.
"Então, imagine agora, sem restrições em vigor, o que uma mulher vai experimentar sem nenhum desses cuidados?" Gillette questiona.
"Isso não é algo seguro, como Tylenol", afirma. "Isso é algo que seguirá as mulheres pelo resto de suas vidas."
"Estou aqui hoje na Suprema Corte dos EUA porque quero que a FDA faça seu trabalho. Quero que eles mantenham as mulheres seguras."
Outra mulher, Catherine Herring, disse ao Daily Signal que "ficou severamente doente" depois que seu marido colocou drogas indutoras de aborto em bebidas.
"Acabei no pronto-socorro, com uma amostra de urina de cor preta", afirma Herring.
Herring diz que teve dores abdominais graves, diarreia e sangramento após consumir as drogas. Atualmente, ela sofre de transtorno de estresse pós-traumático crônico.
"Profissionais médicos precisam estar envolvidos. Para os estados que continuam a oferecer pílulas abortivas precisam existir padrões de segurança", diz Herring.