O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) criticou o jornal Folha de S.Paulo após a publicação de uma reportagem nesta terça-feira (7) sobre seu posicionamento a respeito do aborto.
O jornal, segundo o deputado, fez "fake news" ao atribuir a ele a opinião de que um homem não deve intervir na decisão da mulher sobre o aborto.
A Gazeta do Povo reproduziu a matéria, recebida pela Agência Folhapress, agência de notícias do Grupo Folha contratada por diversos veículos de comunicação brasileiros.
“Mentira, nunca falei isso! Mais uma covardia dessa imprensa suja”, disse em vídeo publicado nas redes sociais e divulgado por ele e seus filhos políticos.
“Eles querem com isso me jogar contra determinados grupos de pessoas”, segundo o candidato.
Bolsonaro frisa que, caso um dia o Congresso aprove uma lei que flexibilize o aborto, ele vetaria a proposta, caso fosse presidente.
Essa declaração foi dada também à Folha de S.Paulo, quando a repórter o entrevistou por telefone, e incluída na reportagem que o presidenciável criticou.
Nessa entrevista, o jornal o questionou sobre uma declaração que ele deu à revista “IstoÉ Gente” em 2000.
Na época, a repórter perguntou o que ele achava da legalização do aborto. Disse Bolsonaro: “Tem de ser uma decisão do casal”. Foi questionado, então, se “já viveu tal situação”.
“Já. Passei para a companheira. E a decisão dela foi manter. Está ali”, afirmou apontando para uma foto do quarto filho, Jair Renan, com um ano e meio.
À Folha de S.Paulo, 18 anos depois, o agora presidenciável frisou que era contra o aborto, mas que fazer ou não o procedimento é uma decisão que cabe à mulher. Indagado se uma mulher deve ser presa se fizer o aborto, como prevê a legislação que defende, Bolsonaro disse que desconhecia qualquer uma que tivesse sido.