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Por que, entre os jovens, cada vez mais as mulheres tendem à esquerda?

61% das mulheres da Geração Z se identificam como “feministas”.
61% das mulheres da Geração Z se identificam como “feministas”. (Foto: Imagem de Patricio Hurtado por Pixabay)

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Não é novidade que os jovens estão mais à esquerda no espectro político do que as gerações mais velhas.

Mas agora chama a atenção o fato de que o movimento para a esquerda é mais desproporcional entre as mulheres jovens do que entre os homens jovens.

Devemos reconhecer que isso está acontecendo nos Estados Unidos e tentar entender por quê.

As mulheres, tradicionalmente, têm sido a influência cultural estabilizadora em tempos caóticos. São as mulheres que trouxeram crianças ao mundo e as criaram quando os homens não foram pais e chefes de família confiáveis.

Considere, porém, os dados de uma recente pesquisa do Pew Research [famoso instituto de pesquisa americano].

De acordo com a pesquisa, os jovens americanos estão menos inclinados a se casar e ter filhos do que nas gerações anteriores.

Entre aqueles de 18 a 24 anos, 7% estão casados agora, em comparação com 18% no mesmo grupo etário há 31 anos, em 1993.

No grupo etário de 25 a 29 anos, 29% estão casados agora, em comparação com 50% no mesmo grupo etário em 1993.

No entanto, nesta pesquisa, quando perguntados se querem se casar algum dia, 72% dos homens solteiros com idades entre 18-34 disseram que sim, e 69% das mulheres disseram que sim.

Quando perguntados se querem ter filhos algum dia, 57% dos homens disseram que sim, e 45% das mulheres disseram que sim.

Casar-se, ter filhos e construir uma família refletem valores pessoais. Então, junto com essas tendências em casamento e filhos, não é surpreendente que encontremos resultados em uma pesquisa feita no American Enterprise Institute com a manchete “Mulheres Jovens Estão Deixando a Igreja em Números Sem Precedentes.”

De acordo com esta pesquisa, 54% dos adultos da Geração Z (nascidos entre 1997-2012) que deixaram sua religião eram mulheres; 46% eram homens.

A desfiliação da religião sempre foi maior entre os homens do que entre as mulheres. A mesma pesquisa relata o seguinte entre jovens adultos que estão deixando a religião: Millennials (nascidos entre 1981-1996), 53% homens em comparação com 47% mulheres; Geração X (nascidos entre 1965-1980), 55% homens em comparação com 45% mulheres; Baby Boomers (nascidos em 1955-1965) 57% homens em comparação com 43% mulheres .

O que está impulsionando a mudança para mais mulheres jovens se desfiliando da religião do que homens jovens?

De acordo com a mesma pesquisa, 61% das mulheres da Geração Z se identificam como “feministas”. E 65% das mulheres de 18 a 29 anos discordam da afirmação de que "a maioria das igrejas e congregações religiosas trata homens e mulheres igualmente".

Tudo isso tem repercussões previsíveis na arena política.

Uma nova pesquisa da Gallup relata que a média percentual de mulheres de 18 a 29 anos que se identificam como “progressistas/muito progressistas” no período de 2017-2024 foi de 40%. O mesmo grupo etário de mulheres no período de 2001-2007 que se identificava como “progressista/muito progressista” era de 28%. Assim, a porcentagem de mulheres que se identificam como progressistas/muito progressistas aumentou 12 pontos.

No entanto, nos mesmos períodos de tempo, não houve mudança na porcentagem de homens de 18 a 29 anos que se identificam como “progressista/muito progressista.” De 2001 a 2017 era 25%, e de 2017 a 2024 foi 25%.

A diferença na porcentagem de mulheres que se identificam como progressistas/muito progressistas em comparação com os homens aumentou de três pontos no período de 2001-2007 para 15 pontos no período de 2017-2024.

Na mesma pesquisa da Gallup, a porcentagem de mulheres que disseram que “o aborto deve ser legal em qualquer/quase todas as circunstâncias” aumentou 18 pontos nos dois períodos. A porcentagem que disse que o meio ambiente deve ser priorizado em relação ao crescimento econômico aumentou 19 pontos.

No entanto, a porcentagem de mulheres jovens que disseram estar preocupadas com a disponibilidade e acessibilidade da energia caiu 11 pontos entre os dois períodos; a porcentagem que disse estar preocupada com os gastos federais e déficits caiu 14 pontos; e a preocupação com a economia caiu 16 pontos.

O relativismo moral e o hedonismo da cultura moderna criaram raízes mais fortemente entre as jovens mulheres do que entre os jovens homens.

Isso não aponta para um futuro saudável, e cabe a nós tentar entender o que está impulsionando essa tendência para fazermos algo a respeito.

©2024 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês: Why Are More Young Women Than Young Men Moving Left?

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