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Em resposta a redes sociais, primeiro-ministro do Canadá diz que cortar notícias é um erro grave
Em resposta a redes sociais, primeiro-ministro do Canadá diz que cortar notícias é um erro grave| Foto: EFE/ Mariscal

O Senado do Canadá aprovou nesta quinta-feira (22) um projeto de lei que obrigará plataformas como Facebook e Google a pagar jornais, revistas e outros meios de comunicação social para incluírem os seus conteúdos em seus serviços, como resultados de busca e compartilhamento de matérias, por exemplo.

Após a aprovação pelo Senado, o projeto de lei ainda precisa passar pelos trâmites parlamentares. A lei entrará em vigor somente após sua promulgação, o que ocorre depois de receber a sanção real.

Momentos após a aprovação pelo Senado, o Facebook anunciou que deixará imediatamente de compartilhar esse tipo de informação com os seus usuários no Canadá.

Da mesma forma, a Meta, empresa-matriz que controla Facebook, Instagram e Whatsapp, emitiu um comunicado no qual afirma que as notícias e conteúdos dos veículos de comunicação "não estarão disponíveis para as pessoas que acessam suas plataformas no Canadá".

O Google também se manifestou nesse sentido e afirmou que impedirá que os usuários façam buscas e acessem notícias no Canadá.

Meta e Google se recusam a fazer qualquer pagamento para as empresas de comunicação, alegando que a indicação e distribuição de links de notícias é "benéfica" para os jornais, revistas, portais de informação e afins.

Com a aprovação da nova lei, especialistas fizeram um alerta, alegando que a supressão das indicações e veiculações de notícias pode multiplicar os efeitos e danos da desinformação já observados no Facebook e no Google.

De acordo com o jornal The Globe and Mail, o ministro de Patrimônio do Canadá, Pablo Rodríguez, tinha previsto uma reunião de urgência com o Google para tentar chegar a um acordo.

Em 2 de junho, a Meta bloqueou temporariamente o acesso às notícias no Canadá para alguns dos seus usuários, em represália ao projeto de lei. Na ocasião, o governo canadense acusou a gigante tecnológica americana de tentar chantagear o país.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, considerou a decisão do Facebook um "erro grave" e acrescentou que a empresa estava sendo "irresponsável". Por seu lado, Rodriguez disse que o bloqueio temporário das notícias da Meta era "uma ameaça inaceitável". "Quando uma grande empresa tecnológica, independentemente do seu tamanho, da quantidade de dinheiro e dos advogados poderosos que tem, vem e nos diz que se não fizermos isto ou aquilo ela vai fechar, isso é uma ameaça que é inaceitável", declarou Rodríguez no Twitter no dia 2 de junho.

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