Membros da comunidade judaica participam de homenagem às vítimas dos ataques do Hamas contra Israel, no Clube Hebraica, na cidade de São Paulo, no dia 07 de outubro de 2024.| Foto: EFE/ Sebastião Moreira
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Os companheiros citados estão organizando uma imensa manifestação no dia 18/11 a favor da Palestina — algo que parece  nobre. Milhares de pessoas serão transportadas dos mais distantes rincões do Brasil de forma gratuita, financiadas por...?

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Bem, não sei quem financia — pode ser o PT, pode ser o Hamas, pode ser o Irã, pode ser o MST ou qualquer outro grupo com o qual este pessoal se identifique. Seguramente não é pelos participantes — estes certamente receberão o transporte, a alimentação e talvez mais algumas benesses.

Mas será realmente um objetivo nobre? Nesta segunda-feira (11), pela primeira vez, apareceu na imprensa um novo número de mortos no presente conflito de Gaza. Dos anunciados 43.500 mortos, 15.500 são civis — ou seja, quase 30.000 são terroristas e seus colaboradores. Se estes números forem corretos (as fontes são sérias), as alegações de “genocídio” caem por terra. Há que se considerar que o Hamas usa hospitais, escolas, bibliotecas, mesquitas e outras instalações civis como postos militares, o que logicamente coloca em risco os civis Palestinos. No dia 10 de junho deste ano, Ismail Haniyeh, então todo poderoso chefe político do Hamas, questionou Yahya Sinwar, o chefe militar, sobre a morte de tantos civis. Sinwar respondeu ao Comitê Político em Doha: “O derramamento de sangue de civis em Gaza é um sacrifício necessário que levará à libertação da Palestina”.

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O Wall Street Journal publicou no dia 11 de junho que Sinwar comunicou aos compatriotas do Hamas e às partes mediadoras que não tinha interesse em buscar um cessar-fogo com Israel, pois acreditava que o crescente número de mortos civis beneficiaria mais o Hamas do que uma cessação dos combates.

A esmagadora maioria dos que estarão presentes na manifestação jamais tiveram acesso a estas informações — porém as lideranças sabem disso mas preferem ocultar para evitar deserções.

A “imensa preocupação” com os Palestinos não passa de um show. As mortes em Gaza se devem exclusivamente aos terroristas do Hamas. Enquanto isso, não recebem a mesma “solidariedade” os civis de Mianmar (180 mil mortos em conflitos dos muçulmanos rohingya contra os budistas rakhine). Em Mianmar há 17,6 milhões de pessoas em situação de fome extrema, segundo a ONU, mas isso não sensibiliza o PT e os companheiros.

As insurgências no Maghreb tampouco lhes importa. Já há cerca de 71 mil civis mortos pelo comando de grupos Islâmicos como a Okba Ibn Nafaa, e grupos do Exército do Estado Islâmico. Também aqui morte não sensibiliza os companheiros. Afinal, são os islâmicos que fazem as matanças.

A guerra do tráfico no México, que já matou cerca de 380 mil pessoas, é outro conflito que não interessa. Nem o Cartel do Golfo nem os Zetas enfrentam islâmicos ou aliados de terroristas. Assim, não há interesse nos que morrem diariamente há 17 anos.

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A guerra russo-ucraniana tampouco interessa. São 306.143 mortos até julho de 2024, mas, para o PT e os demais companheiros, a Rússia tem o direito divino de invadir a Ucrânia, matar e seviciar a população em nome da ideologia comum — nada de manifestação pois para o PT 306 mil mortos não configura genocídio. Lembremos: genocídio é apenas quando há 15.500 mortos.

Finalmente, no Sudão morreram 150 mil negros. Como não são brancos e não estão na primeira página, os companheiros preferem deixar tudo debaixo do tapete.

Mas a Palestina — oh, a Palestina... A direção do PT e aliados optam por “esquecer” que Gaza é liderada por sanguinários terroristas que matam e seviciam sua própria população, que invadem um país vizinho, sequestram crianças, torturam inválidos e matam, estupram, queimam vivos seres humanos. Acusam Israel de guerrear contra os palestinos — mas devem saber que a guerra não é contra palestinos e sim contra terroristas palestinos. A supressão da palavra terroristas faz toda a diferença, incita contra Israel e os judeus e atinge em cheio o objetivo das esquerdas de demonizar a única democracia no Oriente Médio.

Que vergonha ter lideranças e partidos como estes manipulando a população do Brasil.

Marcos L. Susskind é escritor, ativista comunitário, palestrante e guia de turismo em Israel.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]