No Resumão da Semana, trazemos o lado mais inusitado da política e da sociedade, para rir das nossas próprias desgraças (mas, se quiser, pode chorar também).
Um político e sua obra – Nosso destaque principal não poderia ser outro: o veterano Cesar Maia flagrado sem calça, sentado no vaso sanitário, enquanto participava de uma reunião online da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Segundo a assessoria de Maia, que atualmente é vereador pelo PSD, ele teve uma “indisposição repentina, mas se manteve na sessão”. Ou seja, fez força para estar ali.
Um político e sua obra 2 – A ironia é que o ex-prefeito do Rio (e pai de Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados) foi um dos primeiros políticos brasileiros a se aventurar pela internet. Seu blog pioneiro mostrou a importância do contato direto, via web, com os eleitores e a opinião pública. Na última quarta, no entanto, ele se tornou vítima da realidade que ajudou a criar – e, sem querer, protagonizou uma espécie de “Resumão do Brasil” em 2024.
LGBTChe – Mais uma da série “Todo dia alguém cai na pilha do MBL”. O nervosinho da vez foi Jean Wyllys, abordado durante a Parada Gay por uma integrante do movimento. A moça perguntou por que o ex-deputado fazia apologia a Che Guevara, um homofóbico assumido, e acabou levando um banho de cerveja. Dessa vez, pelo menos, ele não cuspiu.
Bas-fond do bafão – Por falar em petistas que cospem nos outros, o “amável” José de Abreu voltou a brigar na internet, agora com a ex-colega Maria Zilda. Questionada, numa live, se já havia beijado em cena alguém com bafo, ela não pensou duas vezes e entregou Abreu. O ator, como é de costume, se defendeu atacando. Ou melhor, apelando: acusou a ex-colega de trair o marido com ele durante a gravação de uma novela.
Gastronomicamente corretos – Muita gente fez cara feia para as “comidas do futuro” apresentadas durante uma feira de tecnologia de alimentos realizada em Campinas. O cardápio incluiu delícias como brigadeiro de grilo, linguiça de açaí e hambúrguer de tucumã (fruta típica da Amazônia). De acordo com os organizadores, esses quitutes reduzem os riscos ambientais, pois são produzidos com energia limpa. Só de ler, dá vontade de comer um bom e velho bife de vaca, passado numa chapa bem usada.
Azedou o dendê – A maré não está boa para a empresária Paula Lavigne, mulher de Caetano Veloso e quase uma Janja da MPB. Na semana passada, veio a público um processo “cabeludo” movido por uma ex-governanta contra o casal. Além de pedir uma indenização de R$ 2,6 milhões por direitos trabalhistas não recebidos, a funcionária relatou à imprensa uma série de assédios praticados pela patroa – de xingamentos a acusações de roubo.
Azedou o dendê 2 – Dias depois, ficamos sabendo que Paulinha, como é chamada por Caê, está travando outra batalha na Justiça – e com uma artista. Trata-se da sambista Teresa Cristina, que alega ter sido ludibriada e induzida a assinar um contrato “leonino” com a empresa de Lavigne (segundo o acordo, ela está impedida de gravar músicas inéditas até 2027).
Samba do “faz o L” – Aliás, Teresa Cristina vai engordar a já inchada folha de pagamento da TV Brasil. Ela será a apresentadora da próxima temporada do programa Samba na Gamboa, produzido pela emissora estatal. E olha só que coincidência: no último mês de março, Teresa foi a atração musical do jantar de aniversário dos 44 anos do PT, que contou com a presença de Lula, Alckmin e 12 ministros do governo.
Miss Super Size – Lembra da modelo argentina de 60 anos que venceu uma seletiva para o Miss Universo? Ela não conseguiu a vaga na final do concurso, porém passou o bastão simbólico da inclusão para outra pessoa “disruptiva”. Trata-se da nova Miss Alabama, Sara Milliken, que vem causando polêmica por pesar quase 150 quilos. O problema, segundo os críticos, não está apenas na lacração dos jurados que a elegeram – e, sim, no fato de que a jovem de 23 anos promove a “romantização” de uma doença grave, a obesidade.
“Falador passa mal” – Outro ponto alto da semana foi o bafafá entre os deputados mineiros André Janones (Avante) e Nikolas Ferreira (PL). Passada a treta, quem se desculpou publicamente foi Janones. Mas não com Nikolas. Em suas redes, o parlamentar lulista pediu perdão à comunidade LGBT por ter chamado o colega de “boiola”. Os gays, no entanto, não passaram o pano – e lembraram nas redes de diversas outras situações em que o deputado usou termos homofóbicos, como “viado” e “bichona”, durante suas brigas.
Força e fé – Esqueça a música eletrônica “bate-estaca” e o clima de azaração. Uma nova tendência no mundo fitness é o conceito de academia cristã – onde os frequentadores podem malhar e meditar ao mesmo tempo, enquanto ouvem pregações e canções de louvor. “Um espaço de respeito, livre de músicas mundanas e abordagens indesejadas”, como explica um estabelecimento do gênero recém-inaugurado em Curitiba.
Brinquedo novo – Figura “querida” desta seção, o rapper carioca Oruam – filho e sobrinho dos traficantes Marcinho VP e Elias Maluco – aumentou sua coleção de veículos, agora estimada em R$ 14 milhões. O possante da vez é um Corvette conversível no valor de R$ 2,6 milhões, que ele fez questão de exibir em suas redes sociais. “Para mostrar que sou o filho do dono”, afirmou o artista, notório por homenagear o pai e o tio em seus shows – o que, para muita gente, é uma forma de apologia ao crime ignorada pelas autoridades.
Bancada do fio dental – A oposição à PEC das Praias ganhou mais um reforço: MC Bandida, uma funkeira de Brasília que fez questão de ir pessoalmente ao Congresso se manifestar. Suas armas nessa luta? Chapéu, canga, água de coco e um biquíni mínimo.
Bancada do fio dental 2 – A “artista”, também produtora de conteúdo erótico na plataforma OnlyFans, tenta uma vaga na Câmara Distrital desde 2014. Naquele ano, teve de brigar na Justiça para ver seu nome de guerra disponível na urna eletrônica – até finalmente ser autorizada, graças à sensibilidade do generoso juiz Gilmar Mendes.
Ninguém me ama, ninguém me quer – Quer sabotar uma empresa? Chame o petista Guido Mantega. No início do ano, a Vale viu suas ações caírem em cerca de 2% por causa da pressão do governo em emplacar seu nome na presidência da companhia. E, nesta semana, o mercado voltou a reagir contra ele. Bastou o ex-ministro de Lula e Dilma dizer que foi sondado para integrar o conselho da Braskem e pronto: a petroquímica sofreu uma queda de 2,5% na Bolsa. Um fenômeno de rejeição!
Achei que vocês gostariam de saber – Pabllo Vittar é a nova voz de navegação do aplicativo de GPS Waze, em homenagem ao mês do orgulho LGBTQIA+.
Culpados de sempre – Caciques da esquerda foram em peso às redes sociais para acusar a oposição de cometer “violência política” contra a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP). Segundo Janja, Boulos, Randolfe e companhia, o ódio dos parlamentares bolsonaristas causou o mal-estar sofrido por Erundina na última quarta-feira (5). Ela sentiu falta de ar durante uma sessão tumultuada na Câmara, teve de ser internada e foi liberada nesta sexta (7). Vale lembrar que a ex-prefeita de São Paulo tem 89 anos e é a congressista mais velha da atual legislatura.
“Conhece aquela do careca?” – A candidata do Partido do Novo à prefeitura de São Paulo, Marina Helena, está fora do horário gratuito no rádio e na tevê – pois a legenda não cumpriu a cláusula de barreira nas eleições de 2022. Os coordenadores de sua campanha, no entanto, afirmam não estar preocupados. Vão promover lives nas redes sociais e até estudam transmitir, diretamente de um clube de comédia, um concurso de piadas sobre Alexandre de Moraes.
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