A Covid-19 provavelmente se originou no Instituto de Virologia de Wuhan (IVW), segundo um relatório divulgado na quarta-feira pelo gabinete do senador Marco Rubio (republicano da Flórida).
O relatório cronológico de 328 páginas, que depende fortemente de fontes em língua chinesa não relatadas anteriormente, contribui com evidências circunstanciais significativas para apoiar a teoria do vazamento do laboratório. Produto de meses de investigação pela equipe do senador, o relatório examina a história da pesquisa em armas biológicas do Partido Comunista Chinês, que remonta a décadas, bem como o comportamento do partido antes e após o surto.
O relatório sugere que, em 2018, Pequim começou a exercer uma "pressão política intensa" sobre o Instituto de Virologia de Wuhan e outras instituições de pesquisa biológica para "produzir avanços tecnológicos" com aplicações militares.
Parte desse esforço envolveu pressionar os cientistas a se afastarem do uso de equipamentos essenciais adquiridos de concorrentes estrangeiros, mesmo quando esses cientistas começaram a alertar sobre preocupações significativas com a segurança, de acordo com o relatório.
"Uma leitura cuidadosa dos relatórios do IVW por mais de três anos revelou uma imagem de uma instituição em dificuldade: subfinanciada, sub-regulada e com falta de pessoal. A liderança do IVW reclamou que uma parte de sua equipe sobrecarregada estava também mal treinada, enquanto alguns relatórios revelaram uma cultura de trabalho com pouca rigidez em relação à segurança e descreveram dificuldades em se adaptar ao ambiente de trabalho em suas instalações recém-construídas", diz o documento. "Problemas persistentes apareceram mês após mês em relatório após relatório, lançando dúvidas consideráveis sobre as afirmações do IVW de solução bem-sucedida."
A resposta do Partido Comunista Chinês ao surto também sugere que ele compreendia a escala do provável dano muito antes de tornar pública a verdadeira natureza do vírus e que estava ansioso para enganar o público sobre as prováveis origens do vírus.
"A consciência de um incidente laboratorial parece ter moldado a resposta da liderança do Partido Comunista Chinês ao vírus SARS-CoV-2: uma resposta caracterizada pelo controle estrito das informações, confusão, desvio de atenção, punição de denunciantes e destruição de evidências clínicas cruciais", afirma o relatório.
"Mesmo quando Pequim compartilhou informações com a comunidade internacional — como o aviso inicial de um surto de pneumonia, a posterior admissão de que um novo coronavírus era seu agente causador e a publicação de sua sequência genômica — fez isso tardiamente. Em todos os três casos, Pequim possuía as informações relevantes por algum tempo antes de compartilhá-las e as divulgou apenas quando obrigada a fazê-lo por circunstâncias fora de seu controle."
Enquanto mantinha silêncio publicamente, o relatório diz que a China estava trabalhando para aprimorar seus procedimentos de laboratório e aderência aos protocolos.
"Assim como Pequim estava descartando a teoria do vazamento do laboratório sobre a origem da COVID-19 em âmbito internacional, internamente, Pequim estava alertando seus funcionários de que o risco de infecções adquiridas em laboratório pelo SARS-CoV-2 era significativo e ordenava que reformas regulatórias fossem implementadas imediatamente para melhorar as condições de biossegurança dos laboratórios", lê-se no relatório.
A investigação de Rubio é uma entre um número crescente de relatórios de dentro e fora do governo que consideram a teoria do vazamento do laboratório não apenas plausível, mas a explicação mais provável para as origens da Covid-19. O FBI e o Departamento de Energia relataram confiança média e baixa, respectivamente, na teoria, e os céticos, como o Dr. Anthony Fauci, citaram pressões políticas como o principal motivo de suas dúvidas públicas.
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©2023 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.
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