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Como criar um movimento para deter o “socialismo democrático”

Pesquisas mostram que mais e mais pessoas depositam suas esperanças no socialismo. Mas isso só acontece porque não conhecem as soluções conservadoras.
Pesquisas mostram que mais e mais pessoas depositam suas esperanças no socialismo. Mas isso só acontece porque não conhecem as soluções conservadoras. (Foto: Pixabay)

A maré socialista norte-americana chega ao seu ápice à medida que mais e mais pessoas acalentam a ideia de um governo maior e mais intrusivo.

Uma pesquisa do Instituto Gallup realizada no começo do ano mostrou que 43% dos norte-americanos dizem que o socialismo seria bom para o país. Outras pesquisas mostram resultados semelhantes. As porcentagens são ainda maiores para mulheres, minorias e jovens.

Se temos esperança de ver um país decente daqui a dez anos, se queremos transmitir a nossos filhos e netos um país que seja ao menos tão livre e próspero quanto o que herdamos, precisamos direcionar nossos esforços para tirar os norte-americanos do caminho das promessas falsas de um governo maior. E precisamos de uma educação melhor e de maior alcance para isso.

Claro que um dos motivos para essa tendência preocupante é que as pessoas médias veem os problemas deste país que elas querem resolver e os políticos, grupos de pressão e outros lhes oferecem empolgadamente um governo maior como resposta, com muidas das soluções nascidas diretamente do socialismo. Basta ver o programa “Medicare for All”, universidades gratuitas e o New Deal Verde.

O que muitos norte-americanos não enxergam é que os conservadores veem os mesmos problemas que eles e querem resolvê-los, mas por vias diversas. Mas como os convencemos de que temos as melhores respostas?

Felizmente, temos vários fatores do nosso lado.

Primeiro, temos a verdade. O socialismo fracassou em todos os países desde que foi implementado pela primeira vez. Além disso, aqui nos Estados Unidos e em países que têm um “socialismo democrático” mais brando, décadas de dados mostrar que as políticas governamentais amplas insistem em fracassar. Com frequência, elas acabam prejudicando as mesmas pessoas que deveriam ajudar. Os programas assistencialistas norte-americanos são um exemplo.

Depois, algumas pesquisas que mostram que os norte-americanos veem o socialismo com bons olhos também mostram que, quando pressionados, os entrevistados não sabem dizer o que é exatamente o socialismo.

Apesar de inicialmente adorarem a ideia de universidades grátis, saúde para todos e do New Deal Verde, quando ficam sabendo dos detalhes – como quanto isso lhes custará em impostos, como a liberdade deles lhes será tomada, como burocratas em lugares distantes tomarão decisões por eles – eles rapidamente se voltam contra as propostas.

Em terceiro lugar, uma nova pesquisa da Heritage Foundation mostra que os grupos que parecem tender mais ao socialismo – mulheres, minorias e jovens – na verdade concordam com os conservadores em muitos dos nossos princípios, desde que não os chamamos de “conservadores”. É falando com esses grupos e outros que conseguiremos mudar o rumo das coisas e encontraremos os números necessários para nos colocarmos contra a pauta estatista.

Quando perguntamos a uma mistura de jovens progressistas, moderados e conservadores se eles eram capazes de encontrar algo de que gostassem na filosofia conservadora, apenas 39% responderam positivamente. Mas quando deixamos o rótulo de “conservador” de lado e só lhes perguntamos sobre os princípios – como Estado mínimo, mais poder aos indivíduos e programas comunitários no lugar de programas governamentais – vemos que a concordância com esses princípios aumenta em 63%.

Quanto fazemos a mesma coisa com a comunidade hispânica, a concordância salta de 38% para 61%. Entre os afro-americanos, salta de 24% para 57%.

Isso nos diz que os conservadores têm os princípios e as soluções acertadas – mas precisamos ser melhores ao transmiti-los.

Esses norte-americanos querem o mesmo que nós: soluções para combater a pobreza e garantir ar e água limpos. Eles querem saber como criamos empregos com bons salários, como somos capazes de prover uma saúde mais acessível e como preservar a liberdade sem entregarmos nossas vidas e nossos salários para o governo.

Estamos levando a sério as palavras de George Washington, que disse: “A preservação do fogo sagrado da liberdade e o destino do modelo republicano de governo (...) estão em jogo na experiência confiada ao povo norte-americano”.

Nossa liberdade – nosso destino enquanto nação livre – realmente está nas nossas mãos. O movimento conservador tem que fazer todo o possível para salvá-la. E isso significa mudar o discurso para convidar as pessoas a se juntarem a nós.

Kay Coles James é presidente da Heritage Foundation.

© 2019 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.

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