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Muita gente vêm afirmando que o terror que começa contra os judeus nunca termina só com judeus. Na noite da virada do ano, infelizmente, isto voltou a se confirmar em Nova Orleans, nos Estados Unidos. Desta vez, usando uma camionete num atropelamento intencional, houve 15 mortos e 35 feridos.
O primeiro ataque com uso de um veículo ocorreu em fevereiro de 1987 em Israel. A partir de então, terroristas usaram veículos para atropelar e matar em Israel em ritmo crescente. Em 2002, a tática se expandiu para a Europa com o atropelamento intencional de judeus na Sinagoga de Lyon, na França.
Passados 19 anos desde o primeiro ataque, em março de 2006 um muçulmano ataca alunos da Universidade da Carolina do Norte para, segundo ele, seguir os passos de Muhamad Atta, comandante dos ataques contra as Torres Gêmeas. Em 2007 novo ataque, desta vez em Glasgow, na Escócia.
A partir de então ataques semelhantes aos feitos em Israel se alternam: China, França, Inglaterra, Canadá, Suécia, Espanha — e a lista continua.
Não foi diferente com os homens-bomba. Também neste caso, o primeiro ataque ocorreu em Israel, em julho de 1989. Nos anos 90 houve uma explosão de ataques suicidas em Israel com 175 mortos em seis anos e mais de 700 feridos. Estes ataques se expandiram mundo afora.
Entre 1989 e 2015, ataques com terroristas suicidas ocorreram nos seguintes países: Afeganistão, Argélia, EUA, Egito, Índia, Indonésia, Inglaterra, Irã, Iraque, Israel, Quênia, Líbano, Nigéria, Rússia, Síria, Somália, Sri Lanka, Turquia — num total de 2.547 ataques com 22.877 mortos. Lembrando que este levantamento foi feito apenas até agosto de de 2015.
Em outubro de 2023 terroristas do Hamas atacaram em massa as aldeias fronteiriças à Faixa de Gaza, assassinando mais de 1.200 inocentes — adultos, idosos, crianças e até decapitando bebês recém nascidos. Além disso, levaram 251 pessoas de todas as faixas etárias, de seis meses a 89 anos de idade como reféns — dos quais 101 ainda seguem sob sequestrados, sofrendo sevícias, inanição, doenças e humilhação.
É importante que o mundo não se cale, e você também deve fazer ouvir seu inconformismo com esta situação abominável. Do contrário este tipo de acontecimento seguramente ocorrerá em novamente, e em breve, longe das fronteiras de Israel.
O passado mostra que esta preocupação não é vã.
Marcos L. Susskind é ativista comunitário, palestrante, guia de turismo em Israel e autor do livro "Combatendo o Antissemitismo".