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Carl Bernstein, famoso pelo escândalo Watergate, disse recentemente à CNN que pessoas próximas ao presidente Joe Biden — pessoas “que o amam, o apoiam, e entre elas algumas que arrecadam muito dinheiro para ele” — dizem que seu desempenho desastroso no debate não foi um “caso isolado”.
De acordo com fontes de bastidores, houve “15 ou 20 ocasiões no último ano e meio em que o presidente pareceu como naquele show de horror que testemunhamos”.
Sim, nós sabemos. Todos nós vimos o show de horror em uma série de vídeos que vocês, farsantes, nos disseram ser “desinformação” há uma semana.
No mês passado, Oliver Darcy da CNN atacou os “problemas gritantes” de um artigo bem fundamentado do Wall Street Journal detalhando uma lista de deslizes de Biden. Não muito antes do primeiro debate presidencial, a CNN publicou outro artigo intitulado “Veículos de comunicação de direita usam vídeo recortado enganosamente para alegar que Biden se perdeu na cúpula do G7”.
Antes do debate, o repórter sênior de política da NBC News, Alex Seitz-Wald, escreveu um artigo com título “Vídeos enganosos do Partido Republicano sobre Biden estão se tornando virais. As checagens de fatos têm dificuldade em acompanhar”. Nele, Seitz-Wald regurgita a maioria dos clichês transparentemente ridículos da Casa Branca sobre vídeos que ilustravam muito precisamente o declínio mental e físico de Biden.
No mesmo dia, David Ingram da NBC News — um canal que não recebe nem de perto o crédito que merece por sua parcialidade — publicou um artigo intitulado “O vídeo enganoso de Biden no G7 foi rapidamente desmascarado, mas continuou viral mesmo assim”. Foi um esforço total.
A manchete do New York Times antes do debate era “Biden luta contra dúvidas sobre sua idade e uma série de vídeos enganosos”. O Washington Post ativou seus verificadores de fatos para nos mostrar “Como os republicanos usaram vídeos enganosos para atacar Biden em um período de 24 horas”.
Foi um esforço conjunto para esconder a verdade. O que era desinformação corroendo a democracia pelo movimento MAGA ("Make America Great Again", slogan político de Trump) há apenas algumas semanas foi miraculosamente transformado na narrativa aceita por praticamente toda a imprensa política. É um ato de descaramento sobrenatural da parte deles. E nenhum jornalista envolvido vai explicar como isso aconteceu.
Na verdade, vi muitos esquerdistas argumentarem que a cobertura da imprensa sobre as dificuldades de Biden só prova que eles não são realmente tão tendenciosos quanto pensamos. O que é uma afirmação ridícula de se fazer depois que os esforços de gaslighting (manipulação psicológica) já falharam.
Depois do debate, não havia mais como fingir que exemplos da fragilidade e dos deslizes mentais de Biden eram truques sujos do Partido Republicano. O que mais eles poderiam fazer? O presidente é incapaz de realizar uma coletiva de imprensa agora. Ele é incapaz de falar de forma coerente e espontânea. Todos sabiam exatamente o que estava acontecendo. Sabiam desde o momento em que o isolaram durante a campanha de 2020.
De fato, agora a imprensa está apenas cumprindo as ordens dos democratas que querem remover o presidente para derrotar Donald Trump. Nada mudou.
Veja o site Politico, um dos piores infratores na cobertura do declínio de Biden. Agora, tornou-se um porta-voz para uma nova causa. “Todos nós permitimos a situação”, dizem fontes dentro do “santuário interior” de Biden ao Politico. (Onde estavam eles na semana passada?) “É tipo ‘Você não pode incluir isso, isso vai irritá-lo,’ ou ‘Coloque isso, ele gosta disso.’ É um teste de Rorschach, não um briefing. Porque ele não é uma pessoa agradável de se estar por perto quando está sendo informado. É muito difícil, e as pessoas estão morrendo de medo dele. … Ele não aceita conselhos de ninguém além desses poucos assessores principais, e se torna uma tempestade perfeita porque ele fica cada vez mais isolado dos esforços deles para controlar isso.”
Isso é novo? Porque qualquer um que tenha seguido a carreira de mais de 40 anos de Biden sabe que ele sempre foi um fanfarrão desagradável com um intelecto mediano. Basta assistir aos vídeos da audiência de Clarence Thomas ou Joe atacando um repórter que lhe fez uma pergunta legítima sobre seu histórico educacional. Sem dúvida, sua irritabilidade foi exacerbada pela idade.
Não vamos esquecer também que a imprensa dominante ajudou a criar essa mitologia reabilitadora em torno do "Joe da Classe Média", o patriarca de uma família política sombria que é tão propenso a alugar uma casa de mil metros quadrados por US$ 20.000 por mês quanto a pegar o trem barato da Amtrak.
Assim como o incidente do laptop de Hunter Biden, como os surtos sobre cada decisão em que perderam na Suprema Corte, como os problemas de “ética” fabricados dos juízes da Suprema Corte, como toda a farsa da conspiração russa (para eleger Trump), a cobertura sobre Biden é racionalizada em nome da decência.
A maioria da grande mídia política internalizou a noção de que seu dever não é dizer a verdade, mas a defesa da “democracia” — um conceito maleável que pode ser aproximadamente traduzido para significar qualquer coisa que os democratas do Calvinball (jogo fictício da série de quadrinhos Calvin e Haroldo, em que as regras são inventadas na hora) decidam a qualquer ponto. E isso permite que eles transitem sem problemas de uma operação partidária desonesta para a próxima.
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