| Foto: JONATHAN CAMPOSJONATHAN CAMPOS

Quando descobriu que estava grávida da primeira filha, a economista Marcela Villela, de 36 anos, assim como ocorre com a maioria das mulheres, ficou ansiosa para fazer o primeiro ultrassom. Era a chance de ter sinais concretos da vida que carregava em seu corpo. 

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Ao sair da sala, no entanto, sentiu um misto de sentimentos. Felicidade por saber que a filha estava bem de saúde e frustração por não ter a possibilidade de sentir a presença da bebê.

Deficiente visual desde o nascimento, Marcela não podia ver a filha por meio das imagens do ultrassom reproduzidas no monitor do laboratório. Tampouco pôde ouvir o coraçãozinho da bebê. Como no primeiro ultrassom o feto era muito pequeno, os batimentos cardíacos não apareceram no exame.

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No ultrassom seguinte, Marcela passou a fazer o acompanhamento no laboratório Alta, que oferece para gestantes cegas ou com baixa visão a impressão da imagem do ultrassom em um molde em 3 dimensões.

Quando ela chegou às 29 semanas de gestação, foi possível imprimir um molde do rosto da pequena Luiza para que a mãe pudesse ter uma ideia, antes mesmo do nascimento, de como era a filha. “Foi uma sensação indescritível, porque tornou a emoção da gravidez acessível a quem tem uma deficiência”, conta.

“Quando eu toquei naquela réplica, é como se fosse a concretização da imagem que eu tinha dela. Meu marido me descrevia os traços dela, mas não era a mesma coisa”, afirma Marcela, que deu à luz há dois meses.

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Ela pretende, em breve, colocar em uma moldura, no quarto da menina, o molde do rostinho que fez a chegada da filha ser ainda mais especial desde a gestação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.