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Você enviaria um cheque para apoiar o alegre massacre de inocentes civis israelenses pelo Hamas? Sua alma mater [NT: universidade na qual o estudante se forma] pode ajudá-lo a fazer isso.
Israel, o grande aliado da América, enfrentou no sábado o dia mais negro da sua história. Simplesmente não há justificativa moral para o terror do Hamas. A única resposta normal é condenar tal violência.
No entanto, nos campi universitários de todo os EUA, administradores, professores e estudantes ativistas revezaram-se para culpar Israel e para expressarem apoio entusiástico ao Hamas. E embora os antigos alunos tenham ficado chocados e consternados com estes espetáculos, muitas vezes é o dinheiro deles que alimenta tais ultrajes ao expandir as burocracias de “diversidade, equidade e inclusão” [DEI, na sigla em inglês].
Uma das rubricas orçamentárias de crescimento mais rápido nas universidades atualmente é a explosão de pessoal para tratar de diversidade, equidade e inclusão [DEI]. Estes funcionários da DEI estão supostamente lá para promover um ambiente onde todos os grupos étnicos e nacionalidades se sintam respeitados. Que melhor ocasião para um gabinete do DEI expressar apoio incondicional aos estudantes judeus do que diante dos crimes de guerra do Hamas?
À exceção de que as burocracias da DEI são criadouros de antissemitismo. Jay Greene, estudioso da Fundação Heritage, analisou os tweets dos funcionários do DEI em faculdades e universidades e descobriu que eles “prestam uma atenção desproporcionalmente elevada a Israel e quase sempre atacam Israel”. (O Daily Signal é o veículo de notícias e comentários da Fundação Heritage.)
Na verdade, 96% dos seus tweets ou retuítes sobre Israel eram críticos ao Estado judeu. Em contraste, 62% dos seus tweets sobre a China (que atualmente está levando a cabo um genocídio contra a sua minoria muçulmana uigure) foram positivos.
Em outras palavras, em vez de combater o antissemitismo nos campi para torná-los mais “inclusivos”, o pessoal do DEI está alimentando a hostilidade contra os judeus. E agora estamos vendo os resultados.
A declaração de missão do DEI da Universidade de Harvard afirma que o departamento “estabelece um profundo sentimento de pertencimento para cada membro da nossa comunidade”. No entanto, esta semana, 33 grupos de estudantes assinaram uma carta que “considera o regime israelense inteiramente responsável por toda a violência que se desenrola”.
Enquanto as imagens de pesadelo de israelenses inocentes sendo assassinados, torturados e sequestrados povoavam os noticiários e as redes sociais, Harvard levou dias para dar uma resposta aos ativistas do campus. Quantos estudantes judeus em Harvard poderiam sentir um sentimento de pertencimento àquele campus?
Na Universidade de Yale, a professora associada de estudos americanos Zareena Grewal recorreu ao X (antigo Twitter) em apoio ao Hamas. Com mais de mil israelenses mortos, incluindo crianças massacradas, Grewal elogiou o tratamento dispensado pelo Hamas aos israelenses cativos: “Hoje, os combatentes da liberdade palestinos mostraram a sua humanidade no tratamento dispensado aos colonos israelenses, em comparação com as ações brutais das forças de ocupação de Israel para com as mulheres e crianças palestinas."
Recentemente, Yale tem estado repleta de violações da liberdade de expressão em seu campus, incluindo a interrupção de uma palestra de Kristen Waggoner, da Alliance Defending Freedom [NT: Aliança em Defesa da Liberdade]. Mas optou por defender a liberdade de expressão de Grewal. Como é que a “diversidade” e a “inclusão” são contempladas ao silenciar os conservadores, ao mesmo tempo em que permite que um membro do corpo docente celebre o assassinato de mais de mil judeus?
Em Stanford, um instrutor de um curso de “Educação Civil, Liberal e Global” usou o ataque do Hamas para ensinar uma lição aos judeus. O instrutor exigiu que os estudantes judeus se instalassem no canto da sala de aula, dizendo-lhes: “isto é o que Israel faz aos palestinos”. Então o instrutor disse que embora 6 milhões de judeus tenham sido assassinados no Holocausto, “os colonizadores mataram mais de 6 milhões. Israel é um colonizador.”
De acordo com o site do DEI de Stanford, “uma comunidade diversificada e inclusiva oferece diferentes perspectivas, experiências e culturas que enriquecem a experiência educacional”. Os oficiais do DEI de Stanford não têm nada a dizer sobre este ultraje?
Exemplos como esse estão surgindo por toda parte. Mas não precisa ser assim.
O presidente da Universidade da Flórida, Ben Sasse, ofereceu uma carta inequívoca de apoio à comunidade judaica da escola e uma advertência severa contra os ativistas do campus que apoiam o terror do Hamas. Sasse escreveu: “Também quero deixar isso claro: protegeremos nossos estudantes judeus contra a violência. … Se ocorrerem protestos anti-Israel, estaremos absolutamente prontos para agir se alguém se atrever a ir além do protesto pacífico. A fala é protegida – a violência e o vandalismo não.”
Que postura ousada e racional. Mas por que isso é tão raro? À medida que as universidades e os colégios se esforçam por aparecer como refúgios de diversidade e inclusão, a declaração convincente de Sasse deveria ser o status quo.
É claro que a liberdade de expressão deve ser protegida nos campi universitários. E não há nada de errado com uma universidade que aspira a criar um ambiente onde todos os estudantes, independentemente da sua cultura ou etnia, possam sentir-se bem-vindos.
Mas de que serve um exército (muito caro) de oficiais do DEI se os ativistas do campus se sentem capacitados para celebrar o dia mais mortal de violência contra os judeus desde o Holocausto?
Em breve, os antigos estudantes poderão receber uma carta de sua alma mater pelo correio pedindo dinheiro para ajudá-la a cobrir os custos de uma burocracia do DEI cada vez maior. E eles podem sentir uma sensação de obrigação para com uma instituição que ajudou a moldar suas vida.
Mas antes de preencher esse cheque, podem ligar para o escritório do DEI e perguntar sobre a situação do ativismo pró-Hamas no campus.
Este ano, suas respostas podem simplesmente ser “não”.