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Desculpe-me se fica ofendido, mas o socialismo leva à miséria e à indigência

Homem leva no colo um estudante que desmaiou ao atravessar a ponte internacional Simón Bolívar, em Cúcuta, Colômbia, na fronteira com a Venezuela. Um oficial da Guarda Nacional Bolivariana os observa | Foto: Schneyder MENDOZA/AFP
A situação deplorável da Venezuela é apenas um dos muitos exemplos do que acontece quando se adota o socialismo. (Foto: Schneyder MENDOZA/AFP )

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No mesmo dia que a Venezuela “democraticamente” elegeu o presidente socialista Nicolás Maduro, que anunciou que estava cortando cinco zeros da moeda do país para criar um “sistema monetário e financeiro estável” e cuja nação outrora rica tem agora cidadãos à procura de comida, Meghan McCain, do The View, foi alvo de críticas em toda a Internet por ter declarado algumas verdades óbvias sobre o coletivismo.

Na mesma semana que descobrimos que o presidente socialista-democrata da Nicarágua, Daniel Ortega, foi acusado de massacrar centenas de manifestantes cujo futuro econômico foi dizimado por ele e suas políticas econômicas, Soledad O’Brien e escritores de veículos como GQ, BuzzFeed e Daily Beast estavam dizendo para McCain se acalmar.

Na verdade, McCain estava calma demais. Afinal, o socialismo é a principal causa, criada pelo homem, de morte e miséria na existência humana.

Quer seja implementado por uma multidão ou por um único ditador, o coletivismo é um gerador de pobreza, um ataque à dignidade humana e um destruidor dos direitos individuais.

É verdade que nem todo socialismo termina na tirania do leninismo ou do stalinismo ou do maoísmo ou do castrismo ou do baathismo ou do chavismo ou do Khmer Vermelho – apenas a maioria.

E não, a vencedora das primárias de Nova York, Alexandria Ocasio-Cortez, não pretende criar gulags no Alasca. A maioria dos tais socialistas democráticos – o adjetivo sempre vai junto para denotar que vivem em um sistema democrático e não têm outra escolha que pedir votos – não estão endossando consciente ou explicitamente a violência ou a tirania.

Mas quando eles adotam o termo “socialismo” e as idéias a ele associadas, eles merecem ser tratados com o tipo de desprezo e escárnio que todos aqueles que adotam filosofias autoritárias merecem.

Mas e a Noruega?!

O socialismo é talvez a única ideologia que os americanos são solicitados a julgar apenas com base em seus insignificantes "sucessos".

Não se atreva a mencionar a Albânia ou Argélia ou Angola ou Myanmar ou Congo ou Cuba ou Etiópia ou Laos ou Somália ou Vietnã ou Iêmen ou, bem, qualquer outra das dezenas de outros lugares inconvenientes onde o socialismo foi tentado.

Não quando há um punhado de países escandinavos operando generosos programas de bem-estar social sustentados por um capitalismo vibrante e recursos naturais subjacentes.

É claro que o socialismo existe em um espectro, e mesmo se aceitarmos que os experimentos do programa social nórdico são a iteração mais benigna do coletivismo, eles certamente não são a única versão.

Fingir o contrário seria como dizer: “O estado policial de Cingapura é mais bem-sucedido do que a Dinamarca. Vamos dar uma olhada.”

Acontece, porém, que o "Dinamarca é incrível!" é apenas o segundo ponto de discussão mais absurdo usado pelos socialistas. É mais ou menos assim: se você é fã de “estradas, escolas, bibliotecas e coisas do gênero”, embora possa nem estar ciente disso, você também é um defensor do socialismo.

Isso pode ser uma surpresa para alguns, mas cada centavo dos US$ 21.206 gastos no distrito de Ocasio-Cortez a cada ano com cada estudante, rico ou pobre, é fornecido com os lucros derivados do capitalismo. Não existe um sistema de bem-estar, nem uma biblioteca que se mantenha apenas de boas intenções.

Fazer com que o Estado assuma todo o sistema de saúde poderia corretamente ser considerado um esforço socialista, mas reunir os dólares dos impostos locais para colocar livros em um prédio é chamado de governo local.

A verdadeira face do socialismo

Também deve-se notar que os socialistas de hoje são ridicularizados fingindo que políticas coletivistas só levam a resultados inócuos como bibliotecas locais. Mas por muitos anos eles também elogiaram os ditadores de Cuba, Nicarágua e Venezuela.

O senador Bernie Sanders, o socialista de maior sucesso da nação, não está apenas impressionado com os acontecimentos na Dinamarca. Não muito tempo atrás, ele elogiou a Venezuela de Hugo Chávez como uma personificação do "sonho americano", ainda mais do que os Estados Unidos.

Os socialistas gostam de colocar a culpa de toda iniquidade, das ações de todo criminoso ganancioso, de toda crise e de todo mal social na injustiça do capitalismo. Mas nenhum deles admite que o capitalismo foi a forma mais eficaz de eliminar a pobreza na história.

Hoje, em antigos estados socialistas como a Índia, houve grandes reduções de pobreza graças ao aumento do capitalismo. Na China, onde infelizmente o comunismo ainda priva mais de um bilhão de pessoas de seus direitos básicos, centenas de milhões se beneficiam de um sistema que está lentamente abandonando o socialismo.

Desde a queda da União Soviética, a taxa de pobreza extrema no mundo caiu pela metade. E isso não aconteceu porque os asiáticos do sudeste estavam aumentando o salário mínimo.

Nos Estados Unidos, apenas 5% das pessoas estão cientes de que a pobreza diminuiu no mundo, de acordo com a Fundação Gapminder, o que quase certamente se deve em parte à obsessão da esquerda com a "desigualdade" e a normalização do “socialismo”.

Quase metade dos millennials americanos preferem viver em uma sociedade socialista do que em uma capitalista, de acordo com uma pesquisa do YouGov.

Dito isso, apenas 71% dos entrevistados foram capazes de identificar adequadamente alguma. Podemos agora ver a manifestação dessa ignorância em nossas eleições e na co-apresentadora de The View, Joy Behar.

Mas se tudo o que você realmente defende são alguns impostos mais altos e um bem-estar social mais generoso, pare de se associar a uma filosofia que geralmente traz miséria e morte.

Chame-a de outra coisa. Do contrário, McCain tem todo o direito de associá-lo à ideologia que você adota.

David Harsanyi é redator sênior da National Review e autor de "First Freedom: A Ride through America's Enduring History With the Gun, From the Revolution to Today".

©2020 Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.

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