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Deu M no debate. E não foi de Marçal...

Estava na cara que o debate entre os candidatos a prefeito da cidade de São Paulo daria m…e deu uma m das grandes. Definitivamente, os debates televisivos se tornaram uma simples caricatura do que já foram um dia. Os tempos mudaram, é claro. Os problemas, talvez não. Mas o despreparo dos postulantes ao cargo tem se mostrado mais evidente a cada novo embate.

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O vídeo discute o debate entre candidatos a prefeito de São Paulo, destacando a falta de preparo dos candidatos e a transformação dos debates em espetáculos de entretenimento. Compara os debates atuais a programas de luta livre ensaiados, como o Telecatch. Também menciona a influência das redes sociais e a falta de profundidade nas discussões políticas, no comentário de Guilherme Oliveira.

Deu M no debate entre os candidatos, mas não foi de Marçal

Como era de se esperar e eu sei que você também imaginava que isso aconteceria, o debate promovido pela TV Cultura no último domingo, dia 15, foi um verdadeiro evento de luta livre.

O suco de entretenimento que nos foi apresentado ao vivo, é um tanto do que vivemos nas redes sociais há bastante tempo e precisamos nos acostumar, em certa medida. Seja com a falta de preocupação em apresentar propostas no novo formato que temos disponível ou muito pelo fato das pessoas não assistirem debates completos. As pessoas acompanham cortes dos candidatos que gostam, batendo naqueles que detestam.

O entrevero baseado nas lutinhas fakes, mas que teve a cadeirada real, não são parte da essência apenas do candidato José Luiz Datena (PSDB), faz parte dos nossos tempos.

Clima político

A discordância de ideias e todo aquele papo clichê é uma balela inventada em uma época onde todo nós fazemos nossas próprias censuras, criamos nossas regras e tentamos, ainda, viver em sociedade. Me lembrei até de uma determinação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), após uma quase briga entre André Janones (Avante-MG) e o Nikolas Ferreira (PL-MG).

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Lira simplesmente disse que dá próxima vez, a polícia legislativa não iria intervir e, portanto, poderiam brigar à vontade, que depois o Plenário decidiria o que seria feito. O que aconteceu desde então? Ninguém mais quis brigar.

No caso de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) seguiu o manual que tem cumprido com maestria. Provoca os candidatos, se mostra muito bem informado sobre a vida pregressa de cada um, inclusive, na ocasião que gerou a cadeirada de Datena, e se coloca como o único candidato com chance de vencer que é, de fato, alinhado com a direita.

PL e o apoio de "telecatch" a Ricardo Nunes

O prefeito Ricardo Nunes (MDB), que conta com o apoio do Partido Liberal, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e por esse motivo alguns acreditam que ele seja de direita, só possui mesmo o apoio teórico do partido e seus filiados. Mas na prática, parlamentares do PL afirmam que o partido manda votar no Nunes, mas lá na casinha, vão "fazer o M".

O apoio é ensaiado e encenado, como os telecatchs que parecem ter sido inspiração para Datena e sua "cadeira voadora".

Assista ao Em Alta todas as terças e quintas

O programa Em Alta promove uma análise política ácida, sem medo e cheia de boas sacadas, pautada por um tema pertinente da semana. Com comentários de Paulo Polzonoff Jr. e Guilherme Oliveira, o programa vai ao ar todas as terças e quintas às 10h, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.

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