Algumas escolas estão abandonando a avaliação tradicional.
Em vez disso, usam a "avaliação baseada no trabalho", uma ideia promovida por Asao Inoue, professor da Universidade Estadual do Arizona.
A avaliação baseada no trabalho significa basear as notas mais no esforço do que na qualidade do trabalho.
Além disso, Inoue palestrou em uma conferência de professores de retórica: "Parem de dizer que temos que ensinar este inglês dominante... Se você usa um único padrão para avaliar a linguagem de seus alunos, você pratica racismo!"
Então, eu dei a notícia que Inoue se opõe ao ensino de inglês padrão. Ele reclamou que eu estava sendo injusto.
"O que estou dizendo é que os alunos devem ter escolhas", diz Inoue em meu último vídeo. "É possível que um aluno queira aprender o inglês padronizado em minhas aulas? É claro."
Meus pais de língua alemã me fizeram aprender inglês correto. Onde eu estaria se não o tivessem feito?
"Há benefícios absolutos em um inglês padronizado", diz Inoue. "Mas esse mesmo mundo cria esses mesmos benefícios através de certos tipos de preconceitos. Isso pode ser ruim."
Em uma palestra para professores, Inoue diz: "Pessoas brancas como você... construíram a jaula de aço da supremacia da língua branca... servindo aos preconceitos brancos no mundo, do tipo que mata homens negros nas ruas!"
O quê? Ensinar inglês padrão mata homens negros?
"Eu acho que pode matar", diz Inoue. "Temos Eric Garner dizendo: 'Eu não consigo respirar'. Mas ninguém está ouvindo e ele morre. Essa é a lógica que temos." [N. do T.: Eric Garner foi um caso similar e anterior (2014) ao caso de George Floyd, morto pela polícia e, na interpretação dos ativistas, vítima de racismo.]
Ainda não entendo. Garner morreu porque pessoas brancas ensinam inglês padrão? Ele usa palavras como "lógicas"? "Linguagem"?
Grande parte do tempo, não entendo do que Inoue está falando. Se é assim que os professores falam agora, entendo por que os alunos estão entediados e deprimidos.
Vinte e seis anos atrás, um conselho escolar em Oakland, Califórnia, anunciou que seus alunos negros eram "bilíngues". Eles falavam inglês negro ("ebonics") e inglês padrão, e as escolas deveriam dar "instrução aos estudantes afro-americanos em sua língua primária".
Os defensores de ebonics disseram aos professores para não corrigirem os alunos que dizem "ela aqui" ("she here") em vez de "ela está aqui" ("she is here").
Quando muitas pessoas, incluindo pais negros, se opuseram, os funcionários de Oakland disseram que nunca tiveram a intenção de ensinar ebonics, apenas reconhecê-lo como uma língua legítima.
Inoue diz que o movimento ebonics não fez o suficiente.
"Todo mundo diz: 'Sim, acreditamos nisso', mas eles não fizeram nada em suas salas de aula."
Não é de se admirar que seus alunos o rotulem de "avaliador fácil". Fico feliz que ele não ensine engenharia.
Inoue se identifica como "nipo-americano".
Eu digo a ele que os nipo-americanos ganham, em média, US$ 21.000 (R$ 105.200) por ano a mais do que os americanos médios, mas ele continua falando sobre a "supremacia branca" dos EUA.
"Que tipo de país supremacista branco permite que isso aconteça?" Eu brinco.
Inoue responde: "As comunidades nipo-americanas queriam ser vistas como mais americanas" e fizeram grandes esforços para se juntar à cultura americana.
Exatamente! Os nipo-americanos prosperaram por causa disso. Assim como outros grupos de imigrantes. Vários agora ganham mais do que os brancos nos EUA. Eles têm sucesso falando inglês padrão e porque os EUA são relativamente livres de preconceitos raciais.
"Fico um pouco desconfortável com a imparcialidade racial", responde Inoue, "Não é assim que os humanos funcionam... não existe neutralidade."
"Mas existe", digo. "Contrate pessoas com base na maior pontuação nos testes, você está sendo neutro em relação a outros fatores."
"Depende de como você vê o teste", ele responde. Testes podem ser tendenciosos. Ele também critica as aulas para alunos de notas altas do ensino médio, chamando-as de "espaços brancos demais".
Inoue diz que acredita em ideias "marxianas" e faz perguntas como: "Quem possui os meios de produção de oportunidades na sala de aula?"
"Onde a filosofia marxiana já ajudou as pessoas?" Eu pergunto.
As filosofias marxianas "não nos dão um plano de ação. Elas não são socialismo", diz ele. Quanto ao capitalismo, "acho que podemos fazer melhor".
Eu duvido. Durante anos, intelectuais prometeram que as ideias de Marx funcionariam melhor do que o capitalismo. Em vez disso, o socialismo perpetuou a pobreza.
No entanto, nas universidades de hoje, as visões de Marx prosperam. Os estudantes frequentemente as ouvem sem contestação.
Pelo menos Inoue estava disposto a participar do Stossel TV para debater. A maioria dos professores "marxianos" se recusa.
©2023 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.
PT apresenta novo “PL da Censura” para regular redes após crescimento da direita nas urnas
Janjapalooza terá apoio de estatais e “cachês simbólicos” devem somar R$ 900 mil
Não há inflação baixa sem controle de gastos: Banco Central repete alerta a Lula
De 6×1 a 4×3: PEC da redução de jornada é populista e pode ser “armadilha” para o emprego
Deixe sua opinião