• Carregando...
Canibalismo: tem gente levando isso a sério
Canibalismo: tem gente levando isso a sério| Foto: Imagem de <a href="https://pixabay.com/pt/users/Ahmadreza89-2736528/?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=1666584">ahmadreza heidaripoor</a> por <a href="https://pixabay.com/pt/?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=1666584">Pixabay</a>

A julgar pelo celebrado e zombado discurso da ativista adolescente sueca Greta Thunberg nas Nações Unidas, está claro que alguns jovens estão convencidos de que o mundo acabará em breve, a não ser que façamos algo drástico.

“Vocês roubaram meus sonhos e minha infância com suas palavras vazias”, disse Thunberg. “(…) Estamos no início de uma extinção em massa e vocês só sabem falar em dinheiro e em contos de fadas de crescimento econômico eterno. Como ousam?!”

No começo do ano, falei de algumas das previsões climáticas apocalípticas extraordinariamente erradas feitas nos últimos cinquenta anos. As previsões assustadoras ainda são muitas e desta vez estão relacionadas às mudanças climáticas – e algumas pedem medidas drásticas para resolver o problema.

A maior parte das soluções dos ativistas para o clima até aqui estão voltadas para o fim do uso dos combustíveis fósseis e para encontrar formas de acabar com o capitalismo e nos colocar na trilha do socialismo. Mas essas não são as únicas sugestões propostas para resolver o desastre climático.

Enquanto a elite mundial viaja pelo mundo espalhando o evangelho do despertar climático, eis como os ativistas querem nos obrigar a lidar com o que eles chamam de crise climática.

Acabar com as viagens aéreas

A proposta inicial do New Deal Verde, de autoria da autodeclarada socialista democrata Alexandria Ocasio-Cortez, deputada por Nova York, fazia mais do que apenas dar o dinheiro dos pagadores de impostos àqueles incapazes ou “indispostos” a trabalhar. Ele estabelecia um plano radical para transformar radicalmente o estilo de vida norte-americano.

Parte do plano era tornar as viagens aéreas algo completamente obsoleto – objetivo necessário para se alcançar emissões nulas de gases do efeito estufa.

Como isso seria feito?

Construindo ferrovias de alta velocidade em todo os Estados Unidos.

Embora os norte-americanos do século XIX tenham construído a Ferrovia Transcontinental – que se estendia por mais de 3 mil quilômetros – em apenas seis anos, nosso glorioso projeto de ferrovias de alta velocidade do século XXI pode demorar bem mais.

Afinal, o projeto de Ferrovia de Alta Velocidade da Califórnia, assolado por problemas de impacto ambiental, entre outros, está em execução há mais de uma década. Da linha inicial, inicialmente planejada para unir Los Angeles a San Francisco, pouca coisa foi feita fora da região mais agrícola do Central Valley.

Bilhões de dólares foram despejados no projeto, orçamento que sem dúvida consumirá alguns bilhões a mais. O custo total chega a US$77 bilhões.

É um fracasso tão monumental que até mesmo o governador do estado mais rico do país, o progressista Gavin Newsom, admitiu que “simplesmente não há como” concluir o projeto sem mais dinheiro.

Sem dúvida, nosso futuro sem viagens aéreas está logo ali.

Deixar de ter filhos

A situação era bem ruim na Idade das Trevas e a Peste Negra foi um período bem difícil, mas esses períodos não são nada em comparação com o apocalipse climático.

Ele é tão ruim que os ativistas agora sugerem que deveríamos parar de ter filhos a fim de proteger suas vidas não-existentes dos horrores que certamente os aguardam.

Como sempre, Ocasio-Cortez mostra o caminho. Numa transmissão pelo Instagram, ela disse: “Basicamente, o consenso científico é o de que a vida das crianças será muito difícil. Isso leva, acho, os jovens a uma questão legítima: ainda vale a pena ter filhos?”

Algumas celebridades, como a cantora Miley Cyrus, embarcaram nesse movimento.

“Estão nos entregando um planeta de m*$#! e me recuso a entregá-lo assim a um filho”, disse Cyrus numa entrevista à revista Elle no começo do ano, antes de ela pedir o divórcio do marido e começar uma relação lésbica à qual recentemente pôs um fim.

“Não vou trazer uma pessoa a este mundo até sentir que meu filho viva num planeta com peixes na água”, disse ela.

Mas não são apenas as celebridades ricas que estão prometendo corajosa e altruisticamente poupar seus filhos não-existentes de uma vida sofrida. Outros ativistas tem se mobilizado pela causa também.

Mas, como alguns desses ativistas antifilhos já reconheceram, simplesmente diminuir a quantidade de crianças no mundo não resolverá o problema.

“Nem mesmo com políticas eugenistas, draconianas e drásticas de redução populacional — que são totalmente imorais — seríamos capazes de nos salvar”, disse a ativista britânico Blythe Pepino numa entrevista para o jornal The Guardian. “Temos de mudar nosso estilo de vida”.

Algumas dessas mudanças virarão a vida de cabeça para baixo.

Proibir carne vermelha e estimular o consumo de insetos

O consumo de carne é um enorme obstáculo na guerra dos ativistas contra as mudanças climáticas. Por isso a sessão de perguntas e respostas do New Deal Verde menciona a eliminação de “vacas flatulentas” que emitem metano na atmosfera.

Alguns ativistas progressistas propuseram proibir completamente o consumo de carne como forma de deter as mudanças climáticas.

Mas parece que nem todo mundo está disposto a ir tão longe.

A senadora Kamala Harris recentemente disse que, embora “ame cheeseburgers”, ela acha que precisamos “aprender sobre o efeito dos nossos hábitos alimentares sobre o meio-ambiente” e reduzir a quantidade de carne vermelha em nossa dieta.

Para aqueles que não suportam a ideia de eliminar completamente a carne, os ativistas sugerem algumas alternativas.

Eles sugerem uma dieta à base de insetos não apenas como uma forma sustentável de ração animal, mas também para os seres humanos. De acordo com alguns pesquisadores, basta um pouco de marketing para convencer as pessoas a consumirem larvas e besouros.

Comer o vizinho

A mudança nutricional mais ousada proposta talvez seja a feita por um cientista sueco num painel chamado “Você se imagina comendo carne humana?”

O que está acontecendo com a Suécia ultimamente?

No chamado GastroSummit, o cientista comportamental Magnus Soderlund sugeriu que, para se lidar com as mudanças climáticas no futuro, os seres humanos terão de comer outros seres humanos para sobreviver.

Soderlund disse que a oposição ao consumo de carne humana é um “tabu conservador”, dizendo ainda que isso nada mais é um do que um exemplo do capitalismo egoísta.

De acordo com o Epoch Times, entre os pontos de discussão do seminário estavam as seguintes perguntas:

Nós, seres humanos, somos egoístas demais para vivermos de forma sustentável? O canibalismo é a solução para a sustentabilidade alimentar no futuro? A Geração Z tem as soluções para nossos problemas alimentares? Os consumidores podem ser levados a tomarem as decisões corretas? No GastroSummit, você terá algumas respostas para essas perguntas — e também terá acesso às mais recentes descobertas científicas e conhecerá importantes especialistas.

Ao menos Soderlund não parece ser hipócrita. Ele disse estar disposto a pelo menos experimentar carne humana.

“Me sinto um tanto quanto hesitante, mas não quero parecer conservador demais. Eu diria que... estou aberto a pelo menos experimentar”, disse Soderlund.

Quer dizer que os zumbis eram heróis socialmente conscientes em “A Noite dos Mortos-vivos?”

Não é de se admirar que crianças tenham tanto medo do fim do mundo.

Jarrett Stepman é colaborador do Daily Signal e coapresentador do podcast The Right Side of History.

© 2019 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]