Elon Musk disse, em entrevista publicada no dia 31 de maio no perfil Babylon Bee, que todas as redes sociais precisam abrir e divulgar seus parâmetros de bloqueio de conteúdos. Segundo o bilionário, tal medida é importante para que o público em geral tenha conhecimento do que está sendo censurado e para que a prática não ocorra de forma secreta. “Há uma enorme quantidade de conteúdos que são limitados atualmente no Facebook, Google, Instagram”, disse Musk.
Ele ainda afirmou que essas práticas são bem mais simples de implementar do que se pode supor. Deixar alguns perfis “no porão”, sem serem indicados ou com baixa visibilidade e alcance é uma delas. Musk ainda cita outras estratégias de banimento disfarçado. “Se você simplesmente desloca algum resultado para a página dois, a visibilidade daquele link é 100% reduzida, já que ninguém consulta a segunda página de buscas do Google”, afirmou.
Em relação aos casos de violação da liberdade de expressão praticadas pelo Twitter, Musk afirmou que trabalha para alcançar a maior transparência possível. Ele citou a recente descoberta de um algoritmo que reduzia significativamente o alcance de posts que continham determinadas expressões “proibidas” ou inadequadas para veiculação. “Nós estamos fazendo uma reconsideração do Twitter, nesse ponto. Não acredite na minha palavra, mas olhe para o algoritmo que está trazendo os resultados que estamos apresentando. Eu quero ter a certeza de que tudo será tratado de forma aberta, sem ocultações”.
Nem tudo são flores
Desde que comprou e assumiu a liderança do Twitter, Musk tem abertamente defendido a liberdade de expressão como um dos princípios de sua gestão. No entanto, nem sempre é possível manter as diretrizes que defende. Em acordo com a legislação e decisões jurídicas em diversos países, o Twitter tem banido posts ou perfis. No Brasil, nas últimas eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decretou o fechamento de perfis como os de Marcos Cintra, candidato a vice-presidência na chapa de Soraya Thronicke, e do parlamentar Nikolas Ferreira, por terem levantado suspeitas sobre a integridade das urnas e das eleições no país em suas postagens.
Nos Estados Unidos, o Youtube acaba de revogar o veto, vigente desde dezembro de 2020, a vídeos que questionavam a lisura no último pleito eleitoral de lá. Segundo comunicado publicado no blog da plataforma, “a capacidade de debater abertamente ideias políticas, mesmo aquelas que são controversas ou baseadas em suposições refutadas, é fundamental para o funcionamento de uma sociedade democrática, especialmente em meio à temporada de eleições.”
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