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Van do Serviço Postal dos EUA
Van do Serviço Postal dos EUA| Foto: Pixabay

O Serviço Postal dos Estados Unidos (United States Postal Service - USPS) divulgou nesta sexta-feira (9) receita total de pouco mais de US$ 17 bilhões no terceiro trimestre do ano fiscal de 2019 (o ano fiscal de 2019 nos EUA começou em 1 de outubro de 2018 e termina no dia 30 de setembro deste ano). As despesas operacionais totais atingiram US$ 19,3 bilhões.

A perda líquida de quase US$ 2,3 bilhões (equivalente a mais de R$ 9 bilhões) vem na esteira de um ano fiscal já sombrio que registrou uma perda combinada de US$ 3,6 bilhões — US$ 2,1 bilhões no segundo trimestre e US $ 1,5 bilhão no primeiro trimestre.

Ao longo de três trimestres, o prejuízo total de US$ 5,9 bilhões já supera as perdas anuais dos seis anos anteriores e colocam os Correios americanos a ponto de ultrapassar pela primeira vez desde 2012, um prejuízo de US$ 7 bilhões.

Naquele ano, os Correios deram um calote totalizando US$ 11,1 bilhões, levando o chefe da empresa, Patrick Donahoe, a convocar membros do Congresso para aprovar uma legislação que ajudasse a saneá-la.

A legislação subsequente que reestruturou os planos de aposentadoria dos funcionários e determinou um plano de contribuição para os futuros funcionários diminuiu as perdas. No entanto, os Correios não conseguiram sair do vermelho, registrando prejuízo de US$ 27,6 bilhões nos últimos seis anos.

Desde 2007, as perdas totalizaram mais de US $ 70 bilhões.

Como isso aconteceu?

Os Correios americanos, como qualquer organização, enfrentam obstáculos comuns a qualquer negócio. Isso inclui queda na demanda das entregas de correspondências, altos custos com funcionários e aumento de benefícios. Seu produto mais popular, o correio de primeira classe (uma espécie de Sedex), despencou 45% desde 2000.

No entanto, os Correios também têm vantagens, como Chris Edwards, do Instituto Cato, apontou. Tem um monopólio legal e, como uma entidade governamental, não paga impostos. (A FedEx, por outro lado, pagou mais de US$ 10 bilhões em impostos entre os anos fiscais de 2013 a 2017.)

A verdade é que as despesas operacionais dos Correios estão fora de controle e não podem competir com seus concorrentes privados na entrega de pacotes.

No ano passado, uma força-tarefa do governo Trump concluiu que o modelo de negócios “é insustentável e deve ser fundamentalmente modificado para que o USPS evite um colapso financeiro e um resgate financiado pelo contribuinte”.

Aqui está a verdade: só a privatização salvará os Correios. É exatamente isso que Edwards defendeu em depoimento ao Congresso no início deste ano.

"A privatização daria ao USPS a flexibilidade para se salvar, permitindo o acesso a capital para investimentos — uma tábua de salvação para uma empresa que há muito está sem dinheiro e adiando a compra de novos veículos e tecnologias vitais", disse Edwards.

Na ausência de tal reforma, é de se esperar que os Correios continuem acumulando perdas.

*Jonathan Miltimore é editor da FEE.org. Já escreveu para a revista TIME, The Wall Street Journal, CNN, Forbes, Fox News e Washington Times.

©2019 Foundation for Economic Education. Publicado com permissão. Original em inglês
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