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TALENTO

Estudante nigeriana cria aplicativo para localizar crianças perdidas e inspira outros alunos

Tomisin Ogunnubi, jovem programadora nigeriana | Reprodução/ BBC
Tomisin Ogunnubi, jovem programadora nigeriana (Foto: Reprodução/ BBC)

As habilidades de programação de uma estudante nigeriana de 15 anos têm impressionado a indústria de tecnologia de seu país. Quando tinha apenas 12 anos, Tomisin Ogunnubi identificou um problema na sua região e criou uma solução para ele. Ela desenvolveu um aplicativo para ajudar crianças que se perdem a encontrarem o caminho de casa, ou serem encontradas por um responsável. 

O aplicativo “My Locator”, para Android, já foi baixado mais de mil vezes desde o lançamento em 2016. O seu funcionamento é simples: o app liga o Google Maps e mostra o caminho da localização atual para um local previamente salvo pelo usuário, como a sua casa. Ele também permite que a pessoa clique um botão de alerta, que vai mandar uma mensagem de texto e uma ligação para um número de emergência ou para outro telefone designado pelo usuário previamente. 

Assim, em caso de emergência, a localização da criança é enviada imediatamente para que o um responsável possa encontrá-la. 

A criação do aplicativo veio em um momento crucial em que o número de pessoas desaparecidas crescia na Nigéria, de acordo com o site de notícias nigeriano The Sheet.

“Eu estava muito preocupada com a segurança, pensando: existem muitas pessoas perigosas, então acho que a ideia de poder sair em segurança foi o que estimulou a ideia para o aplicativo”, contou a estudante à BBC

“Era eu com 12 anos pensando ‘Eu acabei de aprender como criar aplicativos. Que tal usar o que eu aprendi para criar algo que pode ser útil para outras pessoas?’”, disse Tomisin. 

Na época, ela estudava em uma escola da cidade de Lagos e aprendeu a programar aplicativos para Android em um programa para estudantes chamado New Horizons Nigeria. 

Em maio deste ano, ela recebeu um prêmio de “estrela em ascensão” para mulheres da Sociedade de Tecnologia da Informação da Nigéria. 

Aniedi Udo-Obong, gerente de programação do Google, disse à BBC que existem poucos modelos a serem seguidos nessa indústria na Nigéria, e que a maioria ainda olha apenas para figuras como Elon Musk e Mark Zuckerberg. Ainda assim, mais estudantes de pós-graduação estão vendo o setor como um área viável e fundando empresas de tecnologia.

Tomisin é vista como modelo pelos alunos mais novos e sua história inspirou uma mudança no currículo de sua escola. A professora de ciência de computação da jovem programadora, Kofoworola Cole, disse à BBC que as conquistas de Tomisin encorajaram a escola a começar o ensino da programação com os alunos mais novos. “Normalmente o nosso foco é nos alunos mais velhos. Mas quando Tomisin conseguiu realizar isso, percebemos que, sim, existem talentos no ensino básico”, afirmou.

Nossas convicções: Os responsáveis pelo bem comum

“A tecnologia é o futuro e ser capaz de conhecer a tecnologia é ser capaz de resolver problemas. Eu sou apaixonada por isso, porque fazer a diferença é algo que eu realmente gosto de fazer”, disse Tomisin.

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