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Sede do New York Times | Pixabay
Sede do New York Times| Foto: Pixabay

A ex-editora-executiva do New York Times, Jill Abramson, postula em um novo livro que o jornal decidiu abandonar a objetividade na cobertura sobre o governo de Donald Trump em um esforço para agradar leitores progressistas.

Em ‘Merchants of Truth’ (“Mercadores da verdade”, em tradução livre), a ser lançado nos Estados Unidos em 5 de fevereiro, Abramson – a primeira mulher a desempenhar o cargo de editora-executiva do jornal, até a sua demissão em 2014 – acusa seu sucessor, Dean Baquet, de permitir que a cobertura supostamente objetiva do jornal se infectasse com um viés anti-Trump, segundo a Fox News. 

“Embora Baquet tenha dito publicamente que não queria que o New York Times se tornasse um partido de oposição, as páginas do seu noticiário são inequivocamente anti-Trump. Algumas manchetes contêm opinião pura, assim como alguns dos conteúdos que são categorizados como análises”, escreve Abramson. Ela sugere ainda que essa cobertura enviesada é conduzida por colaboradores jovens que sentem as implicações negativas do governo de Trump ter tornado o status quo jornalístico obsoleto. 

“A parte mais ‘engajada’ da equipe pensava que tempos urgentes exigem medidas urgentes; os perigos do governo de Trump eliminaram os velhos padrões”, escreve ela. 

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Se, porém, Abramson acredita que a pressão interna dos colaboradores mais jovens explica em parte o que ela vê como uma mudança partidária na cobertura do jornal, ela também aponta que a mudança foi primariamente motivada pelo desejo de atingir a “audiência progressista”. 

“Dada a sua audiência predominantemente progressista, havia uma recompensa financeira implícita para o jornal ao publicar páginas e páginas de conteúdo sobre Trump, quase todas negativas: eles atingiram um tráfego alto de leitores e, apesar do pequeno pico de cancelamentos após as eleições, aumentaram as assinaturas a níveis que ninguém tinha previsto”, escreve Abramson. 

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Ela é uma jornalista veterana que desempenhou cargos como o de chefe de equipe na redação de Washington do New York Times e repórter investigativa no Wall Street Journal. Por isso, suas críticas ao jornal dão uma credibilidade adicional aos críticos conservadores que há muito tempo alegam que o New York Times tem um viés contrário ao Partido Republicano.

No entanto, ela não poupa o próprio Trump, escrevendo que a sua categorização de boa parte da imprensa como “fake news” constitui uma “maneira barata de tentar minar a credibilidade das reportagens do New York Times, rotulando-as como algo a ser aceito como verdade apenas por progressistas em áreas urbanas e cosmopolitas”. 

Tradução: Felipe Sérgio Koller

©2018 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês
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