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Há dois anos, Päivi Räsänen tuitou a imagem de uma Bíblia aberta em Romanos 1:24-27 e agora está sendo acusada de “crime de ódio”.
Há dois anos, Päivi Räsänen tuitou a imagem de uma Bíblia aberta em Romanos 1:24-27 e agora está sendo acusada de “crime de ódio”.| Foto: Reprodução/ Twitter

Citar a Bíblia não é algo que possa colocá-lo numa cadeia norte-americana (ainda), mas em Helsinki a situação é bem diferente.

Num caso que surpreendeu o Ocidente, a ex-ministra do Interior e líder do Partido Democrata Cristão da Finlândia foi indiciada criminalmente por publicar uma foto da Bíblia aberta em Romanos 1:24-27. Ela ficou incomodada com o fato de a Igreja Luterana ter se juntado à parada do orgulho gay e decidiu mostrar o que consta na Bíblia sobre homossexualidade. Agora, depois de uma investigação que demorou dois anos, o tuíte pode colocá-la atrás das grades.

A saga, que contou com três interrogatórios policiais desde 2019, chegou ao auge em abril, quando a ex-ministra foi oficialmente acusada de “discurso de ódio”. A Procuradoria da Finlândia considerou as ações ofensivas e discriminatórias.

Päivi Räsänen reagiu: “Não entendo por que teria de qualquer maneira difamado os homossexuais cuja dignidade humana respeito e defendo”. Como ex-ministra, ela se diz “chocada” com o fato de a situação chegar a esse ponto.

“Enfrentarei os tribunais tranquila e com coragem, confiando no fato de a Finlândia ser um Estado constitucional onde a liberdade de expressão e religião, ambas garantidas por tratados internacionais e na nossa Constituição, serão respeitadas”, disse Räsänen. “Uma convicção baseada na fé cristã é mais do que uma opinião superficial. Os primeiros cristãos não renunciaram à fé na cova dos leões, então por que eu deveria renunciar à minha fé no tribunal?”

Quanto ao que ela disse sobre os ensinamentos bíblicos, ela insiste: “Não recuarei da minha convicção nem do que escrevi. Tampouco pedirei desculpas pelos textos do Apóstolo Paulo. Estou preparada para defender a liberdade de expressão e religião”.

Em sua resposta dura, ela ainda disse que “os ensinamentos do Apóstolo Paulo não tratam apenas da defesa do casamento entre homem e mulher, mas também de como o ser humano é salvo na vida eterna. Se os ensinamentos da Palavra de Deus sobre o pecado foram rejeitados, a essência da fé cristã perde o sentido”.

A milhares de quilômetros dali, em Washington, D.C., esse tipo de perseguição parece distante. Mas o deputado Greg Steube sabe, por experiência própria, como os Estados Unidos estão próximos desse clima de hostilidade explícita. Ao falar no Congresso no final de fevereiro e ler uma passagem de Deuteronômio sobre as diferenças entre homens e mulheres, ele foi atacado por seus colegas democratas.

“O que a tradição religiosa descreve como a vontade de Deus não tem lugar neste Congresso”, disse o deputado Jerrold Nadler.

Para algumas pessoas, é surpreendente ouvir um democrata dizer isso em voz alta. Para outras, contudo, isso só confirma o que sabemos há tempos: Deus não é uma preocupação dos democratas. E, se os norte-americanos não continuarem pressionando e exigindo respeito pela Primeira Emenda, não demorará para que o clima de hostilidade em Helsinki chegue até os EUA.

Tony Perkins é presidente do Family Research Council.

©2021 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês
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