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FBI usa fontes de esquerda e rotula grupo católico tradicionalista como “radical”

J. Edgar Hoover FBI Building, em Washington DC, EUA, sede do FBI
J. Edgar Hoover FBI Building, em Washington DC, EUA, sede do FBI: O FBI se retratou depois de um de seus escritórios regionais ter ligado a "ideologia tradicionalista radical Católica" ao extremismo racial e à violência. (Foto: Bigstock)

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O FBI se retratou depois de um de seus escritórios regionais ter ligado a "ideologia tradicionalista radical Católica" ao extremismo racial e à violência.

A acusação fazia parte do relatório interno publicado em 23 de janeiro pela unidade do FBI sediada em Richmond, na Virgínia. O documento recebeu o título de “O interesse de extremistas violentos com motivação racial ou étnica na ideologia católica radical-tradicionalista quase certamente apresenta novas oportunidades de mitigação". O objetivo do material era instruir os investigadores a respeito da conexão entre grupos extremistas e organizações católicas conservadoras. A redação do texto sugere que os agentes possam conduzir atividades de investigação dentro desses grupos católicos.

Segundo o relatório, os grupos radicais tradicionalistas — que supostamente representariam um risco — rejeitam o Concílio Vaticano Segundo e, dentre outras coisas, aderem com frequência a ideologias "anti-imigrantes, anti-LGBQT e supremacistas brancas"

O documento afirma ainda que grupos racistas têm buscado criar conexões com organizações católicas tradicionalistas. "Ao fazer essa avaliação, o FBI Richmond se baseou na presunção principal de que grupos extremistas violentos com motivação racial ou étnica vão continuar sendo atraídos pela ideologia radical tradicionalista católica (RTC) e vão continuar tentando se conectar com aderentes da RTC, tanto virtualmente por meio das redes sociais quanto em pessoa em locais de culto”, diz o material.

O documento, datado de 23 de janeiro, foi divulgado nesta quarta (8) por Kyle Seraphin, um agente do FBI que está suspenso do cargo desde junho do ano passado.

O material menciona especificamente nove grupos católicos espalhados pelo território americano. O relatório se baseia em alegações do Southern Povery Law Center (SPLC) um grupo de esquerda que divulga uma lista de grupos extremistas e é frequentemente criticado por adotar critérios inconsistentes. Ao Daily Signal, Seraphin afirmou que o SPLC costumava ser tratado como uma fonte não-confiável dentro do FBI.

Em comunicado à National Review, o FBI afirmou que o relatório "não cumpre os padrões de precisão do FBI". O órgão acrescentou que o documento foi rapidamente removido do sistema interno e será objeto de uma apuração.

O FBI afirmou ainda ter um compromisso com a prevenção de atos de violência ao mesmo tempo em que protege os direitos constitucionais, e que "jamais vai conduzir atividades de investigação ou dar início a uma investigação com base apenas em atividades protegidas pela Primeira Emenda." A Primeira Emenda à Constituição assegura, dentre outras coisas, a liberdade religiosa.

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