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Aborto

A descoberta de restos fetais na casa de um médico mostra a crueldade do aborto

Médico teria realizado mais de 30 mil abortos em Indiana. Não se sabe ao certo por que ele levava os restos mortais para sua casa.
Médico teria realizado mais de 30 mil abortos em Indiana. Não se sabe ao certo por que ele levava os restos mortais para sua casa. (Foto: Reprodução/ WSTB)

Os norte-americanos estão enojados diante da descoberta de mais de 2.000 restos fetais na casa de um médico que realizava abortos.

Semana passada, em Illinois, a família do dr. Ulrich Klopfer encontrou restos fetais e entrou em contato com o Instituto Médico Legal do Condado de Will, que abriu uma investigação sobre o caso. De acordo com o departamento de polícia, a família está cooperando com a investigação e não há provas de que os abortos foram realizados na propriedade de Klopfer.

Os legistas encontraram 2.246 restos fetais preservados. Dois mil, duzentos e quarenta e seis.

Klopfer morreu no dia 3 de setembro. Apesar de estar morando em Illinois quando de sua morte, ele trabalhou em várias clínicas de Indiana por muitos anos. O jornal South Bend Tribune o descreveu como “provavelmente o médico abortista mais produtivo de Indiana”.

Ninguém sabe ao certo por que ele guardava os corpos de milhares de bebês abortados em sua própria casa. O que se sabe, contudo, é que Klopfer realizava os abortos numa escala industrial impressionante, “com os números chegando a dezenas de milhares de procedimentos em vários condados nas últimas décadas”.

Em 2016, Klopfer teve sua licença médica suspensa por ter ignorado várias notificações e não ter apresentado documentos exigidos. Em certo momento de sua vida profissional, ele teria realizado um aborto numa menina de 10 anos que fora estuprada pelo tio, de acordo com o South Bend Tribune.

Klopfer não reportou o estupro à polícia e devolveu a criança aos pais, que sabiam do estupro, mas não tomaram providências legais.

Um investigador que esteve numa das clínicas do médico a descreveu como “decadente, sem manutenção”, e com vários problemas, entre eles “equipamentos sem manutenção adequada, medicamentos vencidos num kit de emergência, falta de práticas para evitar a infecção, falta de registro de limpeza das salas e ausência de políticas de recursos humanos”.

Quando da suspenção de sua licença médica, um membro do Conselho Médico de Indiana mencionou a “incompetência profissional” de Klopfer.

Bom, essa é uma forma de ver as coisas.

A perigosa incompetência de Klopfer dá ênfase à necessidade de leis estaduais que garantam padrões de saúde e segurança nas instalações que realizam abortos.

Além disso, a descoberta nos lembra que as vítimas de aborto raramente recebem um tratamento digno e humano depois do procedimento que encerra suas vidas.

Nos últimos anos, vários estados, entre eles Alabama, Arkansas, Idaho, Indiana, Louisiana, Carolina do Norte, Dakota do Norte, Ohio, Oklahoma e Texas criaram leis de sepultamento que reconhecem que os fetos são realmente humanos e devem ser tratados de acordo – não jogados fora juntamente com agulhas, produtos cirúrgicos e carcaças de animais (ou, como no caso de Klopfer, preservados na casa do abortista).

Há menos de quatro meses, a Suprema Corte de manteve uma lei que exige o sepultamento adequado das vítimas de aborto. Parece que Klopfer, cuja licença foi suspensa em 2016, tinha deixado de praticar abortos antes que essa exigência fosse posta em prática.

É muito triste saber que, até mesmo na morte, depois de terem sofrido a violência do aborto, as vítimas ainda não são tratadas com dignidade e carinhos.

Os legisladores de todo o país deveriam seguir o exemplo de Indiana e outros estados e garantir no mínimo o tratamento humano dos restos mortais de fetos cujas vidas forma interrompidas pelo aborto.

Melanie Israel é pesquisadora do DeVos Center for Religion & Civil Society da Heritage Foundation.

© 2019 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês

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