Bill Ford, executivo da Ford Motor Company, durante apresentação dos novos modelos da empresa no North American International Auto Show (NAIAS) realizado em Detroit, Michigan, Estados Unidos, em 8 de janeiro de 2017.| Foto: EFE/Tannen Maury
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Duas empresas icônicas americanas, Lowe’s [Nota da Tradução: empresa americana do ramo de materiais de construção] e Ford, tornaram-se as mais recentes corporações a recuarem em sua participação em programas de diversidade de esquerda, enquanto conservadores continuam a pressionar as empresas americanas a se desvincularem do ativismo político.

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A Lowe’s está reduzindo suas iniciativas corporativas de diversidade e inclusão [DEI, na sigla em inglês: diversity, equity and inclusion] em resposta à decisão da Suprema Corte no ano passado que derrubou a ação afirmativa baseada em raça nas admissões universitárias. A Ford está tomando medidas semelhantes para melhor acomodar a ampla gama de opiniões entre funcionários e clientes, e devido às mudanças no ambiente político e legal.

"Como muitas outras empresas, em julho de 2023, após a decisão da Suprema Corte nos casos de Harvard/UNC, começamos a revisar nossos programas de diversidade e inclusão para garantir que sejam legais e alinhados com nosso compromisso de incluir todos nas incríveis oportunidades aqui na Lowe’s e garantir que ninguém seja excluído", disse a Lowe’s em um memorando interno obtido pela National Review.

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A Lowe’s está fundindo todos os seus grupos de recursos empresariais em uma organização única, em vez de separar as pessoas com base em raça e gênero, e encerrando sua participação no Índice de Igualdade Corporativa da Human Rights Campaign, a classificação do grupo sobre o quão bem as empresas aderem à ideologia progressista em torno da sexualidade e do gênero.

A Suprema Corte determinou que as políticas de admissões baseadas em raça de Harvard e da Universidade da Carolina do Norte violaram a Cláusula de Proteção Igualitária da 14ª Emenda. O sistema de ação afirmativa que prioriza a raça nas admissões universitárias se assemelha a programas de diversidade corporativa que também levam em consideração a raça nas decisões de contratação.

O memorando interno da Lowe’s foi revelado pela primeira vez em uma postagem nas redes sociais na terça-feira pelo ativista conservador Robby Starbuck, que reivindicou o crédito pela mudança de política da Lowe’s.

Starbuck, um defensor contra iniciativas de diversidade de esquerda, disse que planejava lançar uma campanha nas redes sociais contra a empresa – como já fez contra outras corporações de alto perfil com clientela em estados conservadores. Na quarta-feira, Starbuck compartilhou um memorando interno da Ford explicando por que a empresa está mudando suas políticas de diversidade.

"Estamos cientes de que nossos funcionários e clientes têm uma ampla gama de crenças", disse o CEO da Ford, Jim Farley, aos funcionários. "O ambiente externo e legal relacionado a questões políticas e sociais continua a evoluir."

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Assim como a Lowe’s, a Ford está encerrando sua participação no Índice de Igualdade Corporativa e ajustou seus grupos de recursos de funcionários para garantir que permaneçam profissionais. A Ford não utilizará cotas de diversidade para concessionárias e fornecedores, e confirmou sua decisão de não estabelecer cotas de contratação ou compensação executiva para alcançar metas de diversidade. Sem entrar em detalhes, as mudanças de política da Ford sugerem que os esforços filantrópicos da empresa não serão direcionados ao ativismo social ou a campanhas políticas.

Um porta-voz da Ford se recusou a comentar mais e encaminhou a National Review o memorando interno.

"Isso não é tudo o que queremos, mas é um ótimo começo. Agora estamos forçando organizações multibilionárias a mudarem suas políticas sem nem mesmo postar, apenas pelo medo que têm de serem a próxima empresa que expomos", escreveu Starbuck no X em resposta ao memorando da Ford.

Nas últimas semanas, Tractor Supply, John Deere, Harley-Davidson, a empresa-mãe da Jack Daniel’s, e outras corporações encerraram seus programas de diversidade, em parte devido ao ativismo de Starbuck e ao seu grande número de seguidores online.

Organizações conservadoras, ativistas e políticos tornaram a redução das iniciativas de diversidade de esquerda na América corporativa uma prioridade importante, seja por meio de campanhas de pressão, atividade legislativa ou processos judiciais por supostas violações da lei antidiscriminação.

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A campanha de pressão mais sustentada ocorreu no ano passado, quando conservadores começaram a boicotar a Bud Light por causa de sua parceria nas redes sociais com a influenciadora Dylan Mulvaney. Mulvaney tem milhões de seguidores em grandes plataformas de redes sociais e ficou famosa no TikTok por postar sobre ser transgênero. O boicote impactou visivelmente os números de vendas da Bud Light, e a marca de cerveja subsequentemente tentou reconquistar os conservadores por meio de patrocínios direcionados e campanhas publicitárias com celebridades.

"A América corporativa está finalmente percebendo que a reação contra suas políticas preconceituosas e fora de sintonia não vai desaparecer", disse Will Hild, diretor executivo da Consumers’ Research, uma organização de defesa do consumidor que se opõe às políticas corporativas de esquerda.

"O rápido recuo que estamos vendo de empresas como Lowe’s, Harley-Davidson e Tractor Supply mostra que essas decisões de implementar políticas ‘woke’ como DEI não são sobre melhorar as coisas para os consumidores, mas sim sobre agendas políticas."

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

©2024 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês: Ford and Lowe’s Join Growing List of Major American Brands Walking Back DEI Programs

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