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“Fico pedindo a Deus que a democracia prevaleça na Argentina. Que vença a democracia. Que vença o candidato que tem mais perspectiva de falar de inclusão social” – Luiz Inácio Lula da Silva, presidente, explicando por acidente o que exatamente significa ‘democracia’ no vocabulário da esquerda, quando não é relativa.
“Tem gente que fala que o Lula tem sorte. Se é por causa de sorte, me elejam sempre, porque esse país precisa de sorte” – Lula. São vários talismãs: pé de coelho, dedo do STF...
“São os homens que decidem ir para a guerra, e são as mulheres que sofrem as piores consequências” – Janja da Silva, primeira-dama, tendo um momento Hillary Clinton, que disse em 1998, quando também primeira-dama, que ‘as mulheres sempre foram as principais vítimas da guerra’. Na Guerra do Vietnã, morreram 58 mil homens entre os americanos e oito mulheres. Não oito mil: oito.
“A mudança climática está aqui. É aterrorizante. E é apenas o começo. A era da ebulição global chegou”
– António Guterres, secretário-geral da ONU, mais uma vez incentivando o alarmismo climático, que pouco tem a ver com ciência climática.
“Não são ‘hostilidades’ pessoais, são agressões contra a Constituição” – Flávio Dino, ministro da Justiça, sobre quantas vezes os ministros do STF foram xingados na rua. Luís XIV, rei da França, teria dito ‘o Estado sou eu’. A frase virou o símbolo da monarquia absoluta.
“O que pesa contra a escolha de Flávio Dino para o STF” – manchete do jornal O Globo. Olha, realmente este é um assunto muito pesado. Mas o ministro é maior que isso tudo.
“Já pedi até para minha assessoria contactar o Guinness Book: é a maior prisão da história do mundo. Nós prendemos 2 mil pessoas em flagrante” – Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, sobre presos do 8 de janeiro. Dadas as irregularidades e potenciais ilegalidades em várias das prisões, o livro de recordes apropriado é o Stalin Book.
“Vestir a camisa da seleção nesta Copa é uma insurreição contra um sistema que asfixia e promove o controle político, social e sexual do corpo feminino. Um corpo que desde a infância é obrigado a driblar pelo simples fato de ser mulher” – Jamil Chade, colunista do UOL. Vai que cola. Ainda é melhor que ‘seu cachorrinho tem telefone?’ e ‘você se machucou quando caiu do céu, anjo?’
“Lula não foi ao evento e aniversário de Raoni, maior líder indígena no Brasil, alegando o problema no quadril, mas foi ao casamento de Randolfe Rodrigues” – Eliane Brum, jornalista conhecida por seus textos looooooooongos. Ela nos obriga a defender Lula: ninguém merece programa de índio. O casamento foi melhor, perguntem ao Athayde Petreyze.
“Gilmar Mendes dá dicas culturais: série alemã ‘Uma morte vermelha’ e ‘Pica do 7’” – manchete do jornal Estadão. ‘Pica do 7’ é uma música de António Zambujo, não sacanagem.
“Esporte levado a sério: equitação com cavalos de pau tem até campeonato mundial” – manchete do DW Brasil, com direito a vídeo das competidoras saltitando com os cavalinhos de cabo de vassoura igual ao Quico do Chaves.
“Drauzio Varella diz que foi ameaçado de morte por abraçar presa no Fantástico” – Folha de S. Paulo, jornal. Sabem quem não ficou na ameaça? A presa que ele abraçou.
“Nós, da esquerda radical, acreditamos que há pessoas que não têm o direito de se expressar” – Ian Neves, youtuber comunista (mais um). Obrigado pela informação, eu não sabia disso.
“Parte da elite, que não usa hospital público, diz que o Estado
é inchado. Mas o Ipea aponta que só 12,4% da força de trabalho do Brasil está
no setor público. Reduzir o Estado para os pobres ajuda a manter gordos
subsídios aos ricos” – Leonardo Sakamoto, jornalista, no Twitter X
Xwitter. Ele levou uma checada das Notas da Comunidade, que explicou que o
inchaço não vem do número de funcionários públicos, mas do quanto eles custam. Imagine
achar que a solução para o Brasil é aumentar o número de funcionários públicos.
“... per capta” – Jean Wyllys, ex-deputado federal cheio de afiliações acadêmicas, suposto ex-ilado. Poupamos vocês da frase completa, só realçamos a erudição do douto intelectual ao usar a expressão latina per capita (por cabeça).
“Fica Vossa Senhoria ciente que a autorização para o uso do Teatro Municipal poderá ser suspensa se o espetáculo ou a conduta dos usuários forem contrários à moral, à ordem pública, assim como piadas jocosas” – Notificação da Prefeitura de Marília (SP) contra o humorista Léo Lins. Se piadas jocosas estão vetadas, as permitidas são as piadas sem graça. Tudo normal na República Federativa do Calaboquistão.
“Um dos grandes intelectuais desse país” – Lula, sobre seu indicado para comandar o IGBE, Marcio Pochmann.
Memória
“O PIB brasileiro seria 11% maior, caso contabilizasse o tempo de trabalho exercido pelas mulheres, porém não pagas, com afazeres domésticos (cuidados em casa, com crianças, idosos, doentes e outros) que representam, em média, jornada média adicional de 22 horas por semana” – Marcio Pochmann, economista petista, em 18 de junho de 2019. Entendeu? Se o sacrifício da sua mãe ou esposa em casa for contabilizado, você fica instantaneamente mais rico! Meu banco me negou um empréstimo, meu gerente precisa saber do quanto eu me esforço trocando a areia do gato.
“Além de fortalecer o curso do processo neocolonial, o Pix aprofunda a lógica da financeirização rentista” – Marcio Pochmann, criticando uma das melhores inovações bancárias do Brasil em décadas, em 13 de outubro de 2020.
“Vai à p... que pariu, Gilbertinho. Vai trabalhar, vai. Vou dar porrada em quem?” – Lula, a seu assessor Gilberto Carvalho, no auge das denúncias de corrupção da Lava Jato, segundo livro póstumo da jornalista Cristiana Lôbo. Credo! Lulão dos bastidores é bem diferente do Lulinha Paz e Amor.
Cantinho do Calvário do Calvo
“É um ministro hoje que vive de privações. Ele sai pouquíssimo, ele não vai a Shopping Center, não vai a restaurante, mal frequenta o clube” – Cesar Tralli, jornalista, sobre os sofrimentos do ministro Alexandre de Moraes.
“Não é vida, né? Não é vida” – Natuza Nery, jornalista, se solidarizando.
“Ministro Alexandre de Moraes multa Monark em 300 mil reais. Imprensa, por medo ou conivência, não se levanta contra as medidas de caráter ditatorial da Suprema Corte brasileira” – Partido da Causa Operária (PCO). É isso mesmo: um partido comunista, que também já sofreu censura, defende mais a liberdade de expressão que muitos jornalistas. Pare o mundo, que eu quero descer.
“Nós somos um país corredor, o maior consumidor de maconha, o segundo maior consumidor de cocaína, e ainda de baixa qualidade, com mais riscos ainda ao usuário” – Alexandre de Moraes, ministro do STF, em voto a favor de descriminalizar porte de drogas para consumo pessoal. Uma ‘erva natural’ é inofensiva comparada ao vício em drogas piores: inquéritos ilegais, poder, censura.