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“Por que tantos robôs são brancos?” – Mark Paterson, professor de Sociologia da Universidade de Pittsburgh (EUA), em um artigo sobre o preconceito racial na robótica e na inteligência artificial. E a gente achando que “racismo ambiental” era o fim da picada...
“Hoje lançamos um importante movimento pela segurança na Bahia. Assinamos o decreto que proíbe o uso de pistolas de água nas festas de rua. A lei chega para garantir a segurança e o bem-estar de todas as pessoas, coibindo atos machistas e misóginos” – Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia, estado administrado pelo PT desde 2007 e número 1 do ranking de mortes violentas no Brasil.
“Meu namorado é um ‘golden retriever’: conheça termo que viralizou nas redes” – Título de matéria do site progressista Universa, do portal UOL, sobre “homens com o comportamento muito semelhante ao pet: carinhoso, companheiro, simpático e com muita energia”. Quem tem namorado chihuahua morreu de inveja.
“A dita tragédia de Maceió não existiu. Graças a Deus não morreu ninguém. A ação coordenada de todos e a liderança da Braskem evitaram a tragédia” – João Pinheiro Nogueira Batista, CEO das lojas Marisa e membro do conselho de administração da petroquímica, em um post na rede social LinkedIn. Lembrando que as minas de sal-gema da empresa provocaram o afundamento de cinco bairros da capital alagoana e deixaram mais de 57 mil pessoas desabrigadas. Mas, para Nogueira, isso não é uma tragédia.
“A filha do Carluxo, eu tenho certeza, é do Jair, gente. A filha não é do Carluxo. Está cada vez mais óbvio isso. Sempre esteve óbvio. Mas com o passar dos meses, a gente vai vendo que o Carluxo não apareceu com essa criança. Ela não existe na família Bolsonaro, que é uma ‘família-família’” – Bruno Torturra, jornalista e editor-chefe do programa de Gregório Duvivier na HBO, em uma live no canal do YouTube TV Fórum (mas poderia ser um post da Choquei).
“Punição não é igual à prisão” – Flávio Dino, futuro ministro do STF, em sua despedida do Ministério da Justiça, defendendo a prisão apenas para os casos de crimes hediondos e medidas alternativas para outros delitos.
“A gente quer ver se consegue humanizar o combate ao pequeno crime, às pessoas mais humildes, e jogar muito pesado. Eu não sei como é que a gente vai jogar pesado para enfrentar a chamada indústria internacional do crime organizado. Essa tem avião, navio, iate, indústria. Ela tem tudo. Poderes em muitas decisões de governo, partido, países, e essa que nós temos que enfrentar” – Lula, no mesmo evento.
“Eu acho bom que tenha polarização. Nas capitais deve acontecer quem é o candidato bolsonarista e quem não é o candidato bolsonarista. Em São Paulo será muito visível isso” – Lula, em entrevista à rádio CBN Recife. Mas não foi ele que pediu “paz e união” aos brasileiros em sua mensagem de Natal?
“Vamos lutar para que a gente seja uma sociedade mediana (...) A gente nasce pobre porque tem alguns gananciosos que roubaram o direito da gente pelo menos melhorar de vida” – Lula, no encerramento da Conferência Nacional de Educação, se embananando todo em mais uma fala de improviso.
“A Justiça brasileira bem que poderia seguir a do Paquistão. O ex-primeiro-ministro Imran Khan foi condenado por corrupção e preso por vender presentes dados ao país durante seu mandato. Sua mulher também foi considerada culpada. O caso lembra algo?”
Jandira Feghali, deputada federal (PcdoB-RJ), na rede social X. Um bom exemplo de como funciona a justiça do Paquistão: um estuprador foi solto da prisão depois que aceitou se casar com a vítima, uma deficiente auditiva.
“A vasta maioria dos casos de paralisia pode ser tratada com interfaces não invasivas, como nós demonstramos nos últimos dez anos. Eles [a Neuralink] estão vivendo de hype [moda] e bad sci-fi [ficção científica ruim]. É só fumaça” – Miguel Nicolelis, neurocientista de esquerda, criticando o implante cerebral da Neuralink (uma das empresas de Elon Musk) em entrevista à Folha de S. Paulo. Nicolelis também pesquisa soluções para ajudar pessoas com deficiência de mobilidade, porém por meio de exoesqueletos – e, segundo as más línguas, está se mordendo de ciúmes.
“É um comunista assassino que está afundando a Colômbia” – Javier Milei, presidente da Argentina, falando sobre seu colega colombiano, Gustavo Petro (ex-guerrilheiro da milícia armada M-19).
“Correção: computador da Abin não foi apreendido com Carlos Bolsonaro” – Daniela Lima, jornalista da GloboNews. Na manhã do dia 29 de janeiro, ela informou que um computador da Agência Brasileira de Inteligência havia sido encontrado entre os pertences do vereador carioca do Republicanos. Mas o equipamento foi recolhido na casa do militar Giancarlo Gomes Rodrigues, alvo da mesma operação da PF que investiga um suposto esquema de espionagem ilegal na Abin.
“Erro não intencional não é fake news e a correção está feita. Vamos ao mais importante: quem são as milhares de pessoas espionadas pela Abin paralela?” – Carla Vilhena, jornalista, no X, prestando socorro à colega e passando o pano para a primeira grande “barrigada” (informação incorreta, no jargão jornalístico) de 2024.
“A informação principal está correta, o resto é detalhe. Você é ótima” – Eliane Cantanhêde, também da GloboNews, no X. “O resto”, no caso, poderia levar uma pessoa para a cadeia.
“Acho que foi um erro o Lula ter se mobilizado para nomear o Mantega na Vale” – Reinaldo Azevedo, jornalista da rádio BandNews e atual defensor do presidente, depois que ele recuou, temendo a reação negativa do mercado, da indicação do ex-ministro Guido Mantega para o cargo de CEO da empresa. Uma ideia tão terrível que até os maiores puxa-sacos foram contra.
“É uma insegurança dos homens quando você tem essa diferença tão grande. Eu diria mais: são homens que querem a manutenção do machismo, porque a gente nunca saiu desse ambiente. O que a gente tem são avanços. Como mulher que comanda o programa, posso dizer: que bom que a gente tem homens como vocês lutando para que a gente saia de uma sociedade machista” – Andrea Sadi, jornalista da GloboNews, comentando com colegas homens uma pesquisa do jornal Financial Times sobre o comportamento da Geração Z. Segundo o estudo, os homens com menos de 30 anos são mais conservadores, enquanto as mulheres pendem para o progressismo.
“No Brasil, a coisa mais comum que acontece é rotular. Se alguém é homem, branco, heterossexual e bem-sucedido, pronto, ele é rotulado de carrasco” – Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, no lançamento de um programa de atendimento a vítimas de crimes sexuais durante o Carnaval.
“Não quero ser corna de novo” – Luiza Sonza, cantora pop, em entrevista à revista Marie Claire, refletindo sobre a possibilidade de viver um novo relacionamento monogâmico. Em setembro do ano passado, ela revelou para o Brasil que foi traída pelo namorado, o influencer Chico Moedas, para quem escreveu a música ‘Chico’. Sonza é uma das agenciadas da empresa Mynd8 (aquela que também já foi parceira da Choquei), por isso está sempre em evidência.
“Bob Dylan é um artista de alta qualidade e, merecidamente, ganhou um prêmio Nobel. Mas, sem nenhuma pretensão nacionalista, se a língua não fosse uma barreira, Chico Buarque teria recebido o prêmio muito antes, pelo fato de que também tem uma obra artística e poética notável, só que mais sofisticada e abrangente” – Luís Roberto Barroso, presidente do STF, durante a conferência de abertura da Corte Interamericana de Direitos Humanos, na Costa Rica. Se a língua realmente é uma barreira, por que então seis autores de língua russa foram laureados?
“Não se resolve as coisas no grito, na guerra. Eu não sou o Bolsonaro, velho. O maior mau exemplo para a política é o Bolsonaro. Entregou a Presidência da República para o Lula porque quis desse jeito” – Zé Trovão, deputado federal (PL-SC) que tem mais fotos ao lado do ex-presidente do que sozinho, sem saber que estava sendo gravado.
“Parece até que quando o Lula vai dormir, já que ele está recém-casado, em vez de falar ‘Eu te amo’, ele fala ‘Bolsonaro!’” – Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, imitando a voz, digamos, áspera de seu sucessor durante uma live com os três filhos políticos.