Jair Bolsonaro: “A única baleia que não gosta de mim está no ministério”| Foto: Modificado de EFE/ Sebastiao Moreira
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“Nem tomei uma decisão, foi puro instinto e acabou em segundos. Eu tenho dois filhos, eu tinha que fazer alguma coisa” – Caio Benicio, brasileiro que migrou para a República da Irlanda, onde trabalha como entregador. Ao ver uma menina de cinco anos sendo esfaqueada, ele pulou da moto e usou o capacete como arma contra o agressor. Alguns imigrantes são melhores que outros.

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“Quero sensibilizar nosso presidente, que passou pelo sistema, a Janja que já visitou [prisão]... Queria que olhassem a mim como a esposa de uma pessoa que errou, mas não como uma criminosa” – Luciane Farias, a Dama do Tráfico que visitou o Ministério da Justiça, traçando um paralelo entre a própria vida e a experiência do casal do Planalto.

“Não é o Judiciário que administra o sistema penitenciário” – Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, tentando amenizar a responsabilidade de sua corte pela morte de Cleriston da Cunha, acusado do 8 de janeiro, cuja defesa pediu repetidamente libertação por motivos de saúde. Foi o Judiciário, especificamente o relator do caso, Alexandre de Moraes, que decidiu ignorar os pedidos.

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“A única baleia que não gosta de mim é aquela que está no ministério”

Jair Bolsonaro, ex-presidente, reagindo a uma nova investigação do MPF e da PF contra ele por suposta “importunação” de uma baleia jubarte.

“A pedra lançada não volta à mão que apedreja. A imprensa oligárquica brasileira (...) sabe dos danos que causaram às imagens de Flávio Dino e do governo Lula” – Jean Wyllys, ex-deputado, soando como o poeta Augusto dos Anjos. Escarra nessa mão que te apedreja! De escarrar ele entende.

“Quem financia a Dama das Fake News?” – Felipe Neto, youtuber e palpiteiro, tentando bajular o governo atacando a editora de política do Estadão, Andreza Matais, por causa da reportagem sobre a visita da Dama do Tráfico. Em mais uma felipenetice, ele apagou a publicação e depois fez sinalização de virtudes por ter apagado.

“Corinthians iria ganhar de presente da Odebrecht um estádio de futebol. Isso dito pelo dono da Odebrecht: 'é um presente para o presidente Lula'. (...) Houve a operação Lava Jato no meio do caminho” – Juca Kfouri, comentarista, falando com a maior naturalidade sobre as antigas relações do presidente com empreiteiras.

“Eu acredito que não seja meu ponto forte, porém eu faço gols” – Gabriel Jesus, atacante da Seleção Brasileira. Inspirou confiança.

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“Motorista que atropelou Kayky Brito vira influenciador e faz harmonização facial” – manchete da CNN Brasil. Ele também harmoniza faces alheias com o uso criativo de veículos e asfalto.

“A gente achou que era brincadeira, que era boato, só que a gente entrou no Instagram da meliante e realmente ela tinha cancelado o show por causa das temperaturas extremas” – Fã da Taylor Swift, dando entrevista sobre sua decepção com a artista. ‘Meliante’ daria um bom nome para o próximo álbum.

“É difícil conseguir um ingresso para o tour da Britney [Spears], está meio quente no Brasil agora” – Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, descrevendo com sua característica lucidez a sina dos fãs da Taylor Swift.

“O fogo não é municipal, não é estadual, o fogo é responsabilidade de todos nós” – Marina Silva, ministra do Meio Ambiente. Poucos anos atrás, a responsabilidade era só do Ricardo Salles ou do Bolsonaro. Mas agora ela foi socializada.

“Exército de Israel divulga vídeo de suposto túnel do Hamas embaixo do hospital em Gaza” – UOL Notícias, fazendo suposto jornalismo.

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Cantinho da rinha de instituições

“Não me permito fazer um debate político, tampouco receber agressões que gratuitamente eu recebi por membros do Supremo Tribunal Federal. (...) Nenhuma instituição tem o monopólio da defesa da democracia no Brasil” – Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Se o mineiro deixou de ficar quieto, é porque a coisa está feia mesmo.

“Esta casa não é composta por covardes, esta casa não é composta por medrosos” – Gilmar Mendes, ministro do STF. Ele chamou a maioria de senadores que aprovaram a PEC que limita decisões individuais de ministros do STF de “pseudo-representação” e lançou outra diatribe contra a “República de Curitiba”. Como disse o editorial da Gazeta do Povo: jus sperneandi.

“Ou o Jaques Wagner sai, ou não tem mais papo do STF com o Planalto e o governo” – Ministros anônimos do STF, descontentes com o voto do senador petista, líder do governo, a favor da PEC que limita suas decisões monocráticas, em fala resumida pela jornalista Eliane Catanhêde. Que papo seria esse? Seria mais um diálogo cabuloso?

“Honesta e sinceramente, considero uma instituição que vem funcionando bem” – Barroso, presidente do STF, sobre o tribunal.

“A OAB vai lançar outra nota contra mim, vão falar que eu não gosto do direito de defesa, vai dar mais uns quatro mil tweets dos meus inimigos” – Alexandre de Moraes, ao usar o Regimento Interno do TSE, não a Constituição, para rejeitar sustentação oral de advogado em processo. Quer dizer que os tweets incomodam? Fica a dica para o leitor.

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“Uma PEC para encabrestar o STF, com a ajudinha decisiva do líder do governo” – Vera Magalhães, jornalista. Ela está gostando das decisões monocráticas que censuram jornais e jornalistas. Fazer o STF decidir em colegiado agora é encabrestá-lo.

Cantinho libertário anarcocapitalista

“A prosperidade está adiante para a Argentina” – Elon Musk, bilionário, reagindo à vitória do libertário Javier Milei na presidência da Argentina.

“Ganhou a extrema-direita na Argentina, é a decisão de sua sociedade. Triste para a América Latina e já veremos que o neoliberalismo não tem proposta, não pode responder aos atuais problemas da humanidade” – Gustavo Petro, presidente da Colômbia.

“Agora diga sem chorar” – Nayib Bukele, presidente de El Salvador, respondendo a Petro.

“Ele ofendeu de forma gratuita o presidente Lula. Seria um gesto dele como presidente eleito, de ligar para se desculpar. Depois que acontecesse isso eu pensaria na possibilidade de conversar” – Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, já colocando condições para as relações com Milei, que chamou Lula de comunista.

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“Trio da antidemocracia: Trump, Bolsonaro e agora Milei” – Eliane Catanhêde, jornalista. Quando o povo não vota como querem alguns, não é mais democracia.

Memória

“Eles nos acusam de comunistas, como se nós ficássemos ofendidos com isso” – Luiz Inácio Lula da Silva, ao abrir o 26º Encontro do Foro de São Paulo, em 29 de junho de 2023.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]