“Inflação dará alívio a pobres e pesará mais na classe média, dizem especialistas” — manchete do jornal Folha de S. Paulo. Talvez seja melhor consultar outros “especialistas”, pois até a turma da USP sabe que a inflação penaliza justamente os mais pobres.
“Em 2020, a Nature endossou Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Uma pesquisa descobriu que o endosso não mudou a opinião das pessoas sobre os candidatos, mas fez com que alguns perdessem a confiança na Nature e nos cientistas americanos em geral.” — manchete da própria revista científica Nature, a mais importante do mundo nesse segmento. Ora, ora, quem diria que daria errado uma revista científica se meter em política, hein?
“As pessoas de cor precisam se afastar dos brancos e criar comunidades umas com as outras” — Robin DiAngelo, autora do livro “White Fragility” [Fragilidade Branca], propondo nada mais nada menos que segregação racial. O ativismo antirracismo chegou ao ponto de proferir sentenças racistas indistinguíveis das de um membro da Ku Klux Klan. Inacreditável.
“Eu defendo responsabilizar criminalmente os neoliberais e liberais desse país por toda a miséria que estão fazendo nos últimos 30 anos. Quebrar pedra na Paraíba seria uma boa.” — Jones Manoel, candidato do PCdoB derrotado ao governo de Pernambuco, sugerindo um gulaguinho tropical para os inimigos da revolução.
“Existem dois sexos. Como biólogo, existem dois sexos e isso é tudo.” — Richard Dawkins, biólogo britânico, e um dos cientistas mais importantes da atualidade. Ele costumava ser adorado pela turma progressista por suas declarações ateístas. Será que o amor continua depois dessa?
"É inaceitável quando grupos utilizam violência extrema para agredir parlamentares porque não estão contentes com alguma coisa. Assim como foi inaceitável o que aconteceu nos EUA com a invasão do Capitólio e o que se passou no Brasil" — Emmanuel Macron, presidente da França, comparando os protestos contra a previdência em seu país com os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro. A declaração de Macron indica que a própria esquerda (principal articuladora dos protestos na França) pode sofrer quando o direito de protestar é tratado como "ataque à democracia".
“Há, ali, crise real e, também, crise fruto da visão excludente, opressiva e da negação do papel da mulher na condução das políticas públicas do Brasil.” — Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, dizendo que a crise de segurança no Rio Grande do Norte envolve misoginia. Então é só convencer a bandidagem a ser menos preconceituosa que a crise acaba.
“Os livros de economia estão superados” — Lula, presidente. Esta demonstração de terraplanismo econômico, que acomete a esquerda mundial, em especial a brasileira, é somente a primeira das asneiras proferidas por Lula na semana que passou. Segure-se aí na cadeira que vem mais, muito mais.
“Alvo de polêmica após fala de Lula sobre Flávio Dino, obesidade é fator de risco para outras doenças” — outra manchete da Folha de S. Paulo. Quando Lula diz que Flávio Dino é gordo, a Folha diz que é “alvo de polêmica”. Agora observe a notícia da mesma Folha quando Bolsonaro salientou a obesidade do atual ministro da Justiça: “Bolsonaro chama Flávio Dino de ‘gordo’ em nova declaração preconceituosa”. Quando Lula fala, é “polêmica”. Quando Bolsonaro fala, é preconceito.
“Só vou ficar bem quando f*der com o Moro.” — Lula, durante uma entrevista dada a áulicos da imprensa, sobre a ideia que tomava conta de sua cabeça enquanto estava preso em Curitiba. Sim, caro leitor, essa frase baixíssima, chula e grosseira saiu da boca do Presidente da República. Ficaria mais adequada na boca de um presidiário. Ops...
“A vítima é Lula, não Moro.” — Reinaldo Azevedo, jornalista e recém-convertido à seita petralha, comentando a frase anterior do presidente diretamente do mundo invertido.
“Esse plano do PCC contra autoridades só comprova a falência das políticas de segurança. São criminosos que a direita criou ao lotar presídios.” — Ricardo Noblat, jornalista. Então a solução seria deixá-los soltos?
“Timing de frase infeliz de Lula sobre Moro esquenta teorias da conspiração” — Leonardo Sakamoto, jornalista esquerdista, professor de jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (coitados dos pais que pagam a mensalidade de R$ 3 mil...), e soldado da tropa de passadores de pano para as asnices ditas por Lula. Sakamoto é da turma que fazia um escândalo danado quando Bolsonaro dizia um “a”, mas qualifica as atrocidades que saem da boca do Painho apenas como “uma frase infeliz” com o “timing” errado.
“A maior dor do Sergio Moro vai ter que ser conviver com o fato de que hoje ele só está vivo e seguro graças ao trabalho das pessoas que ele perseguiu e tentou arruinar de todas as formas possíveis” — Felipe Neto, soldado da mesma tropa do Sakamoto, sugerindo que Moro deveria agradecer ao governo Lula por não deixar o PCC sequestrá-lo e matá-lo. Finalmente Felipe Neto fez algo mais degradante que imitar focas.
“Moro aproveita novos 15 minutos de fama para desinformar” — Ricardo Kotscho, jornalista, em sua coluna no UOL. Kotscho ataca Moro e defende Lula com a imparcialidade desinteressada de quem foi Secretário de Imprensa e Divulgação de... Lula. Só pode ser coincidência.
“O Senador Moro tinha conhecimento das investigações da Polícia Federal. Tentar politizar esse tema é mau-caratismo. A PF, sob o comando do Presidente Lula, atuou de forma republicana para proteger a vida de um opositor que o levou ilegalmente e injustamente à prisão.” — Randolfe Rodrigues, senador da República. Na tentativa de bajular Lula, acabou dando a entender que o presidente interferiu na Polícia Federal, o que é crime.
“Protegemos a vida do nosso adversário” — Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança. Aparentemente o ministro queria aplausos e confetes por evitar que uma facção criminosa assassinasse um senador da República. Que tempos!
“Acho que é mais uma armação do Moro. Eu vou descobrir o que aconteceu porque é visível que é uma armação do Moro”
— Lula, presidente, afirmando que a operação da Polícia Federal para desarticular o plano do PCC contra autoridades pode ter sido uma armação do ex-juiz e senador Sergio Moro. Pelo jeito, o prócer da nação (danação?) foi acometido pela variante Covid-51.
“A PF de Lula salvou a vida de Moro E essa operação prova por A mais B que Lula governa para todos. FIZ O L PRA ISSO!” — tuíte do senador Humberto Costa, mais um sugerindo que deveríamos todos nos prostrar em agradecimento ao Guia Genial dos Povos por ter poupado a vida de Moro.
“A pergunta que começa a rondar Brasília: o que está acontecendo com Lula?” — Eliane Cantanhêde, em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo. Cantanhêde, agora chocada com Lula, foi a autora do seguinte tuíte no início do governo: ““O Brasil voltou! Lula montou uma equipe que traz competência, segurança, diversidade e o necessário equilíbrio de forças políticas. Um viva especial para as onze ótimas ministras! É animador”.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião