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Humor

Frases da semana: “Banqueiro não vota em mim”

(Foto: EFE/Phrase.it)

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“Se nós, homens, engravidássemos, interromper a gravidez de uma pessoa com apenas 11 anos de idade seria a coisa mais natural, mais civilizada e justa deste mundo” — Carlos Ayres Britto, jurista. Quem diria que um ministro do Supremo Tribunal Federal, com fama de poeta e gênio, seria figurinha recorrente nesta seção que reúne patuscadas de celebridades, hein?

“Que se dane a Suprema Corte. Nós a enfrentaremos” — Maxine Waters, deputada democrata norte-americana, revoltada com a decisão que reverteu o caso Roe v Wade, que havia legalizado o aborto em todo os Estados Unidos. Para a sorte da “deputada Zé Trovão”, a Suprema Corte dos EUA não tem um Alexandre de Moraes.

“Nenhum governo, político ou homem deveria dizer a uma mulher o que ela pode ou não fazer com seu corpo. Quero que as mulheres no Canadá saibam que sempre defenderemos o direito delas ao aborto” — Justin Trudeau, primeiro-ministro e colecionador de meias coloridas, exalando masculinidade atóxica. No caso das vacinas contra Covid-19 ele não saiu em defesa do corpo alheio. Mas é a tal coisa: os tiranos contam também com a amnésia do homem comum.

“Folgamos em saber que, agora, relação sexual consensual de criança de 13 anos é criticada e considerada ‘estupro’” — tuíte do site Senso Incomum. Será que a esquerda que está criticando sexo aos 13 anos de idade não tem medo de ser cancelada pelo Caetano Veloso?

“Esse é um dos problemas que estamos enfrentando no Brasil: um déficit imenso de civilidade” — Luís Roberto Barroso, ministro do STF, ao ser interrompido quando falava groselha sobre o processo eleitoral brasileiro no exterior. Parece que o problema do país é mesmo um superávit de mentiras, ministro. E egos.

“Estava assistindo ao jogo no meu camarote. Um segurança da empresa Blindados abordou meu motorista na porta e perguntou: ‘de quem é esse camarote?’ Ao ouvir que era meu, respondeu: ‘pff, tinha que botar uma bomba aí pra explodir e não sobrar nada’” — Felipe Neto, aquele, preferindo se fazer de vítima no Twitter a ir a uma delegacia e prestar queixa da suposta ameaça. Ou vai ver é uma propaganda viral da empresa de segurança. No caso de Felipe Neto, nunca se sabe.

“Essa vaca tresloucada mentiu para o Congresso sobre suas intenções de reverter o caso Roe v Wade. Ela é uma fascista cristã que odeia seu próprio gênero. Mas tenho certeza de que, se ela fosse estuprada por um parente, seria a primeira na fila do aborto.” — Ethan Klein, webcelebridade norte-americana, exercitando a famosa tolerância esquerdista contra a juíza Amy Conney Barrett. A reversão do Roe v Wade, maior vitória pró-vida em 50 anos, realmente fez a esquerda perder as poucas estribeiras que tinha.

“Criança não é mãe. E usarei minha voz para repetir isso quantas vezes for preciso” — Luciano Huck, apresentador, lacrando em cima do caso da menina de Santa Catarina cujo bebê de sete meses em gestação foi assassinado pela pressão de setores da mídia e do judiciário. Sim, Huck, criança não deve ser mãe, mas reduzir um problema extremamente complexo a um slogan só mostra que você não entendeu ainda nada do que estava e está em jogo. E pensar que esse homem, que reza pela cartilha progressista, já quis ser presidente do Brasil.

“Queria que ela fosse um homem” — Maitê Proença, atriz, sobre a namorada, a cantora Adriana Calcanhoto. Acusada de lesbofobia, a atriz deu uma explicação qualquer. Não importa qual; o que importa é que ela conseguiu chamar a atenção.

“Meu nome é Aline Luppi Grossi, tenho 28 anos, sou performer e ganho a vida mostrando a bunda e a banha” — Aline Luppi Grossi, atriz. Até aí, tudo bem. Ela mostra o que quer para quem tem estômago para ver isso. O problema é que as performances dela contam com o apoio dos maringaenses, já que são financiadas por meio da lei municipal de incentivo à cultura.

“Gestação forçada é um crime contra a humanidade” — Alexandria Ocasio-Cortez, deputada democrata norte-americana. O pessoal do Partido Democrata não pode ver um bebê em gestação sem que lhe despertem os instintos mais assassinos.

“São raríssimos os casos de ativismo judicial no Brasil” - Luís Roberto Barroso, ministro do STF. A alergia à cadeia e a intolerância à tornozeleira eletrônica nos impedem de rirmos de tamanho despautério.

“A prática do aborto era comum na Antiguidade — e foi uma mistura de avanço científico com domínio religioso cristão em sociedades de patriarcado consolidado que fez com que a interrupção da gravidez passasse a ser estigmatizada e proibida” — trecho de reportagem do site G1, esquecendo de outras práticas comuns na Antiguidade que a Civilização (coisa que o G1 chama de “sociedades de patriarcado”) achou por bem eliminar ou criminalizar, como a escravidão, a pedofilia e sacrifícios humanos.

“A Amazônia deve ser internacionalizada e ter gestão global” — Leonardo Boff, "conselheiro espiritual" de Lula, vocalizando em público aquilo que os globalistas gostariam que fosse tratado somente em segredo.

"Ser politicamente conservador, ou seja, ser contrário a políticas públicas que melhorem a vida dos mais pobres, é uma escolha pessoal. Vivemos em uma democracia e cada indivíduo tem o direito de escolher o futuro que prefere para o seu país - Lula, ex-presidiário, espalhando fake news (o que não chega a ser lá uma novidade). Sabe o que foi difícil conservar no governo Lula? O dinheiro dos cofres públicos longe do bolso dele. Por isso é tão difícil ser conservador com Lula no poder.

“Grosso e obsceno, Bolsonaro é o falo que sua eleitora gostaria de ter” — Marcelo Coelho, colunista da Folha de S. Paulo, escrevendo naquela linguagem pseudo-intelectual típica da "intelligentsia" (garçom, traz mais uma dúzia de aspas aí) tupiniquim. Freud chamaria isso de “projeção”. 

“Eu comecei trabalhando em uma locadora de videogame. Na época era muito criminalizada pela cultura de games. Era onde você alugava e tinha as lan houses onde você podia marcar para jogar. Isso democratizou muito os jogos. Daí, o preconceito com as lan houses” — David Miranda, deputado e marido do jornalista Glenn Greenwald, inventando um preconceito fictício contra as extintas lan houses, a lanhousefobia. Vai que cola, né? 

“AGORA É LEI! O PL 001/2021, de minha autoria, que dispõe sobre a proibição da linguagem neutra no município de Londrina foi aprovado, sancionado e convertido na Lei Municipal n° 13.419/2022. Linguagem neutra NÃO!” — Vereadora Jessicão, que parece piada, mas não é, aderindo à velha cultura política nacional do “tudo tem que ser obrigatório ou proibido”.

“Aborto é um direito humano” — site da Anistia Internacional. Os bebês em gestação discordam veementemente. 

"No aeroporto comecei a sentir uma dor horrível e fui até atendida de cadeira de rodas e eram gases" — Viih Tube, influenciadora que o leitor está de parabéns se não souber quem é, mostrando toda a resiliência de uma geração que precisa de cadeira de rodas depois de se fartar de feijoada.

"Pesquisadores e estudiosos defendem que a indevida utilização de artefatos e vestimentas de outros povos é uma forma de apropriação cultural." — Valmir Moratelli, jornalista, sobre o cocar que Bolsonaro deu ao jornalista norte-americano Tucker Carlson. Lacradores agora viraram “pesquisadores e estudiosos”? E a pergunta que não quer calar: será que Carlson retribuiu o presente com espelhinhos e miçangas?

“Se Putin fosse mulher, não teria invadido a Ucrânia” — Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, sobre a “masculinidade tóxica” de Putin. Sinto muito, Boris, mas uma pesquisa feita pelo Escritório Nacional de Pesquisa Econômica dos Estados Unidos analisou os reinados de rainhas e imperatrizes de países europeus entre 1480 e 1913. Resultado: as mulheres iniciaram 27% mais guerras que seus pares masculinos. 

“Danuza Leão é mitificada por privilégio que reproduz a barbárie” - Tiago Ferro, escritor que criou uma modalidade inédita no jornalismo brasileiro: a réplica ao obituário (repetindo: réplica a obituário). O trecho acima está no texto que Ferro escreveu na Folha de S. Paulo criticando o obituário da colunista social cujo maior pecado foi ter sido milionária e vivido 88 anos felizes.

“O único pré-candidato que já esteve com um fuzil na mão trocando tiro sou eu. Essa experiência ninguém teve. Eu passei por isso no Haiti. Vi como a tomada de decisão em fração de segundos pode ser decisiva para a sua vida.” - Tarcísio Gomes de Freiras, ex-ministro e candidato ao governo de São Paulo. Quando até o mais elogiado dos tecnocratas apela para o "argumento do fuzil" é porque a coisa tá feia.

“Bem-vinda à trincheira em defesa da democracia e do Estado de Direito, Vera Magalhães” — Jean Wyllys, ex-vencedor do BBB. Já não se fazem mais trincheiras como antigamente. Antes, um lugar fedido e insalubre de onde se livrar de balas. Agora é um sofá confortável na Europa, de onde se resiste ao fascismo degustando queijos e vinhos finos, ao som dos Beatles.

“Em visita ao gabinete, o vidente Rodrigo Tudor, famoso em todo o país por prever fatos históricos e de celebridades, destacou que o senador Alvaro Dias ‘é uma luz, um ser iluminado, um exemplo para a nossa classe política que precisa ser seguido’” — perfil do senador Álvaro Dias no Twitter. Sempre é bom saber que nossos senadores se consultam com videntes populares que lhes fazem longos elogios sinceros. Continue gastando bem o nosso dinheiro, senador!

“Banqueiro não vota em mim. Eles olham para mim e falam 'esse cara é nordestino, vai querer aumentar o salário do trabalhador, o povo vai viajar de avião'. Eles querem alguém que não cheira nem fede. Mas o Brasil precisa de governo para todos, com prioridade para os mais pobres” - Lula, ex-presidiário e ex-pobre, insistindo na cansativa narrativa de que uma "classe média formada por banqueiros" não gosta de pobres. E, de quebra, tropeçando no idioma para sugerir que pobre fede.

CANTINHO DA TIBURI

"Quem vota em Lula só no segundo turno não tem dignidade" — Márcia Tiburi, filósofa, em uma demonstração explícita de tolerância e apreço pela democracia.

MEMÓRIA

"Além de fortalecer o curso do processo neocolonial, o PIX aprofunda a lógica da financeirização rentista que não se preocupa com a produção, mas com a circulação do dinheiro. A nova operação bancária reduz o tempo de circulação do dinheiro e aumenta  mais a movimentação bancária." — Márcio Pochmann, terraplanista econômico. Depois reclamam quando circula por WhatsApp a notícia de que o PT pretende acabar com o Pix.


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